Piloto de Fuga - Alvorada

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19 de abril de 2021

 Dirigir pelo trânsito da cidade de São Paulo, não estava nos planos de Renata quando o assunto se tratava de combater criminosos, mas ali estava ela, dirigindo um Uno vermelho alugado com uma garota no banco do carona.

— Então... Você é a mulher do telefone, certo? Você já se encontrou com o Sombrio?

Pergunta Amanda, olhando admirada para os braços musculosos de Renata, enquanto mexia na entrada do ar condicionado do carro.

— Isso mesmo, Renata. E sim nos encontramos faz pouco tempo e ele me contou resumidamente o que está acontecendo. Agora, ele deve estar indo esperar o garoto Pedro em um dos terminais rodoviários.

Renata, observa Amanda acenar com a cabeça e se questiona mentalmente se Dominique havia feito o certo em recrutar aqueles jovens, eles eram praticamente crianças e não tinham quase experiência nenhuma em lidar com situações como aquela e ela definitivamente não se achava a pessoa mais qualificada para instruir novos heróis ou tomar conta deles.

— E com o que exatamente estamos lidando? Quero saber no que minha mãe está envolvida.

Amanda olha para a janela e Renata respira fundo.

— Como disse, eu não sei muito, só que algum político fechou contrato com uma empresa farmacêutica para a distribuição de uma espécie de nova arma biológica e parece que vai usar isso de alguma forma.

— Então nossa missão é impedir o uso dessa nova arma?

— Afirmativo, mas ao que aparenta, eles já sabem de nós e estão querendo nos deter, como a sua mãe ou a mulher elástica que encontrei.

—   Pelo visto isso não vai ser nada fácil.

— Não mesmo, garota.

Renata continua dirigindo conforme o trânsito da avenida principal se reduz e logo ela percebe uma moto se aproximar do seu carro, onde uma mulher dirigia, era Luísa.

— Sentiu minha falta, amor?

A mulher elástica estica um dos braços, socando a janela do carro a quebrando.

— Estava fácil demais essa fuga.

Renata respira fundo e olha  para Amanda.

— Se segura firme.

A loira, vira o volante do carro fechando a Luísa contra uns cavaletes que davam para o canteiro, tentando a derrubar, mas a mulher freia a moto, ficando para trás e volta a seguir o carro.

— A mulher elástica é sua ex maluca?

Pergunta Amanda olhando para trás.

— Um beijo de uma noite.

— Acho que para ela não foi só um beijo.

Luísa segura as laterais do carro com ambas as mãos e salta de sua moto, indo parar em cima do carro, então ela estica seu pescoço até a janela do motorista.

— Pare agora mesmo, vocês não tem chances contra nós.

Renata soca a cara da mulher, sentindo que o nariz da mesma havia se quebrado ou ao menos saído do local e então olha para Amanda.
— Você sabe dirigir?

— Que? Eu nunca...

— Para tudo tem uma primeira vez... Segura o volante em posição neutra e pisa no acelerador sem pisar muito fundo e se for freiar, pisa no freio e na embreagem.

— Tá, mas qual pedal é o...

Renata tira o cinto de Amanda e coloca as mãos da garota no volante, logo pulando para cima do carro.

— Descobre aí.

Grita para que Amanda pudesse ouvir e já  na parte de cima do veículo ela se encontra com Luísa que estava de pé.

— Um espaço muito pequeno para uma luta, não acha?

— Na verdade, não.

Alvorada chuta a barriga da mulher elástica que se afunda completamente para trás, mas a mulher apenas dá risada.

— Vai ter que fazer mais do que isso para me deter.

— Estou sabendo.

A heroína se desvia de um soco que a vilã tenta dar e se aproxima da mesma, socando o queixo dela e a agarra, mas a mulher a abraça com seus braços, como se fosse uma cobra, prestes a devorar sua presa.

— vamos ver o quão invulnerável você é. 

A vilã começa a apertar o seus braços ao redor de Alvorada que tenta se livrar daquilo, até que o carro para abruptamente, lançando as duas para o asfalto na frente do carro.

— Foi mal aí! 

Grita Fúria de dentro do carro e Renata aproveita o momento para sair dos braços de Luísa e segura a mesma pela camisa a rodando em círculos para pegar impulso e a jogar o mais longe possível sem ver onde ela iria atingir.

— Depressa vamos sair daqui!

Alvorada volta a entrar no carro no banco do motorista e saí dirigindo em toda velocidade, estacionando o carro, alguns quilômetros do destino final e pega um táxi junto com a Amanda que as levam para uma pequena lanchonete na Av. Paulista que estava fechada.

— Esse é o endereço que o Sombrio deu?

Pergunta Amanda e Renata assente.

— Aparentemente sim...

As duas entram na lanchonete e como instruído por Dominique, ela mostra um cartão de visita todo preto com apenas um relógio amarelo no meio para o senhor atrás do balcão e esse faz um gesto para que elas o seguissem até a cozinha, onde ele arrasta uma geladeira do lugar, revelando uma porta revestida de aço que o senhor abre com uma chave especial.

— O senhor Dominique encontrará vocês lá embaixo mais tarde.

Diz o senhor com uma voz falha devido aos anos vividos e então Renata, seguida de Amanda descem as escadas abaixo da porta.

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