— É que o senhor tava olhando pro céu como se tivesse perdido alguém. Seu rosto tava assim, ô — Ele faz um biquinho e junta as mãos na frente dos olhos para fingir que está triste. 

Achando a cena engraçada, acabo sorrindo outra vez.

 — Então essa era a minha expressão?

— O senhor não deveria ficar triste tio, o senhor é bonito, e minha mãe sempre diz que gente bonita não sofre, então alguma coisa tá errada. Porque o senhor pode ter certeza, minha mamãe nunca mente. — Ele fala cada palavra com tanta convicção que com mais um pouco de conversa, eu acreditaria. 

— Mas eu não tô triste, olha. Tô até sorrindo. 

Ele aponta para Sirius que vem correndo na minha direção. — Olha ali o au, au. — Sirius fica animado pulando nas minhas pernas.

 — Qual o nome dele, tio? 

— Sirius. 

— Que nome estranho, porque o senhor colocou um nome tão estranho assim nele? — Pergunta enquanto ajeita seu óculos no rosto. 

— Não fala assim, é um bom nome, você sabia que esse é o nome de uma estrela muito, muito, brilhante? 

— Ata. Olha tio ele tá querendo vir pro meu colo. — Ele sorri apontando para Sirius. 

— Eu posso segurar ele só um pouquinho? 

— Onde sua mãe tá? Ela deixa você brincar com cachorros? — Olho em volta para ver se encontro alguém que aparenta ser o responsável por ele.

— Ela tá ali, olha. — Ele aponta para uma mulher de coque no cabelo, e vestido branco que vem se aproximando com uma lancheira na mão. 

— Olá. — Ela me cumprimenta e eu retribuo. — Beom, eu falei pra você brincar com seus amigos não ficar incomodando as pessoas. 

— Mas o tio aqui é meu amigo, mãe. Não é, tio? — Olha para mim esperançoso com minha resposta.

— Ah, não se preocupe senhora, ele não estava incomodando não. 

Ela pega ele pelo braço pedindo que levante. — Certo, se despede do moço, temos que ir para casa. 

— Tchau. — Ele fala com a voz triste, seu olhar varia entre eu e Sirius. 

— Ele pode brincar com cachorros? — Pergunto à mãe. — Ela faz que sim com a cabeça, então deixo que ele se aproxime para fazer carinho em Sirius. Depois de alguns minutos sorrindo ele vai embora com sua mãe. 

Percebo que Sirius está cansado e com sede, então pego ele no colo e sigo caminho até a loja de conveniência mais próxima.  

Entro no local procurando água e um sorvete de menta para mim. Quando estou na seção dos sorvetes avisto o rosto de alguém familiar, me aproximo para verificar e percebo que estava certo. 

— Namjoon? — Ele me olha e dá um sorriso evidenciando suas covinhas. 

— Ah! Jimin! Que coincidência encontrar você aqui. Veio sozinho? 

Com o queixo aponto para Sirius em meus braços. — Não. 

— Claro, tem o Sirius Black aqui com você. — Ele brinca fazendo carinho na cabeça de Sirius, este que fica todo animado para descer, porém, não permito porque o conheço o suficiente para saber que se o deixá-lo solto aqui, vai fazer o maior estrago na loja. — O Seokjin estava comentando sobre você ontem. 

— O que ele falou de mim?

— Estava contando sobre você ter assumido a empresa do seu pai. Ele também disse que estava pensando em chamar você pra um jantar lá em casa qualquer dia desses. 

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