Ainda há esperança?

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Uma semana já se passou desde que eu descobri que esse tempo todo fui enganado por minha mãe e Jimin. 
Ainda não consigo acreditar que ela mentiu para mim esse tempo todo. Porque ela não me disse que meu pai havia sido assassinado? Sou o filho dele, eu tinha todo o direito de saber. E porque o culpado tinha que ser justo o pai do Jimin? Como se já não bastasse eu ter descoberto que esse tempo inteiro ele mentiu para mim. Eu ainda tenho que suportar o fato de que ele é filho do psicopata que acabou com a vida do meu pai.

O que mais me irrita é não conseguir lembrar de nada do meu passado. Sei que é normal esquecer algumas lembranças durante a maior idade, mas não lembrar de alguém que aparentemente foi seu melhor amigo, é normal? Não. Isso não é nada normal. E não é só isso, eu também não tenho muitas lembranças dos meus pais durante a infância. Ao mesmo tempo em que isso me deixa intrigado, isso me assusta. Afinal, o que aconteceu comigo? 

Eu não conversei com minha mãe desde o dia do jantar, aquela noite dormi na casa do meu primo e quando voltei para a minha casa, não quis ouvir nada do que ela tinha a me dizer. Ainda assim, ela ficou chorando do lado de fora do meu quarto dizendo que na época em que o acidente aconteceu ela não conseguia acreditar que havia sido realmente um acidente, e tentou encontrar provas que provasse o que ela acreditava, porém, o local não tinha câmeras e nada parecia suspeito, mas minha mãe afirma com toda a certeza de que foi um assassinato, porque meu pai e o pai de Jimin não estavam se dando bem, e tudo por conta do negócio em que trabalhavam juntos. 

No dia seguinte fiquei sabendo do que aconteceu com Jimin, eu quis correr até o hospital para saber como ele estava, mas algo dentro de mim me impedia que eu o fizesse. Sabia que não conseguiria olhar em seu rosto e ver o mesmo Jimin por quem eu me apaixonei, não conseguiria olhar em seus olhos sabendo agora de quem ele era filho. Me pergunto se ele também já sabia sobre isso, assim como escondeu sobre o nosso passado juntos, mesmo sabendo o quanto eu prezava pela confiança na nossa relação. 
A única parte dessa história que me deixou contente foi saber que aquele homem foi preso, porque se ele não fosse, eu mesmo faria de tudo para colocá-lo na prisão! Um assassino precisa viver atrás das grades. 

Finalmente chego ao estacionamento, de longe parado em frente ao ônibus, avisto Yoongi conversando com Jimin. Me aproximo de ambos, não para falar com Jimin, mas sim com Yoongi, mais cedo antes de eu sair de casa, a mãe dele me mandou uma mensagem pedindo que eu dissesse para ele olhar suas mensagens perdidas em seu celular. 

— Yoongi, sua mãe mandou avisar que é pra você checar suas mensagens. — Aviso e já me preparo para sair dali o mais rápido possível. Nos poucos segundos em que vi o rosto de Jimin o meu coração já doeu em ver as cicatrizes de hematomas em seu rosto. O pai dele é mesmo um monstro. 

— Jungkook, eu poss- — Ouço a voz rouca de Jimin me chamar, conheço muito bem o porquê de a voz dele estar assim, ele com certeza estava chorando. A voz dele sempre muda depois que ele chora. Ele não vê,  porque estou de costas, mas fecho os meus olhos com força e puxo o ar pelos pulmões me segurando ao máximo para não me deixar levar pelos meus sentimentos irracionais. E então entro no ônibus à procura de um lugar vazio para sentar. 

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