CONTO XI

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“Domesticando a Brat”

Ela nunca gostou de facilitar as coisas, sempre que tinha a oportunidade de mostrar seu comportamento malcriado, ela assim o fazia.

Mesmo nas conversas e passeios comigo, seu Tamer.  

Em viagens muito longas ela conseguia me irritar tanto, que se não fossem as duas mãos no volante, eu a espancaria o percurso inteiro. Que filha da puta atrevida, e digo mais, provocativa e abusada.

A levei em um lugar distante, que necessitou pegar uma trilha de aproximadamente dois quilômetros, e ao chegarmos no meio da trilha ela literalmente empacou.

— Estou cansada, não quero mais andar. 

Porra! Custa ela me dar um descanso por alguns minutos desta birra toda?

Tentei convencê-la, prometendo recompensas se ela continuasse andando, mas vi uma expressão sombria e provocativa escondida em seu olhar que mudou completamente a minha análise da situação, saquei tudo!

— Não me digas que estás reclamando só para me provar que és uma brat?

— Ora,ora, ora temos um Sherlock Holmes aqui… Me disse com um olhar de desafio, o qual eu adorava.

A peguei pelo pescoço e a conduzi até a primeira árvore que encontrei de tronco largo e pressionei suas costas com tanta força que pude ouvir o estalar dos ossos de suas costas.

— Escute aqui mocinha — a olhei fixamente. — Eu sei que esta é uma trilha longa e popular, mas isso não me impede de te amarrar e te mostrar, como que tens que se comportar.

A vadia me desafiava e se deliciava com a minha mão em sua garganta. Suas bochechas estavam coradas e ela olhava em meus olhos e depois meus lábios e sorria com os olhos brilhantes.

— Tu sabes o que esperar, se tu continuar se comportando desse jeito.

Foi perceptível o arrepio que percorreu seu corpo com as minhas palavras. Sempre que eu dizia algo do tipo, ela se preparava para o castigo, dizendo que não sentia medo de quando eu estava irritado, ou quando alterava a voz, mas eu percebia o quanto a assustava, quando entonava a voz com firmeza. Eu conseguia sentir o cheiro do medo, e no melhor eu conseguia vê-lo estampado naquele olhar filho da puta.  Mas seu comportamento interior de criança malcriada venceu.

— Eu não me importo. Revirando os olhos, e nem conseguiu prever o tapa que recebeu em seu lindo rostinho suado. Automaticamente levou a mão à bochecha, agora, marcada com os meus dedos.

— Eu tenho que te lembrar a todo o instante quem controla a tua boca suja?

Ainda a segurando pelo pescoço força, com a outra mão apertei suas bochechas, a deixando com um bico delicioso e então cuspi.

Senti a adrenalina subir por suas veias e aquele olhar petulante, agora, exibia derrota.

— Não Senhor. A soltei.

— Já descansamos um pouco, hora de irmos.

— Nem a pau! 

Na mesma hora, ela moveu as duas patinhas até a boca, assustada com a resposta involuntária, e seus olhos marejaram.

— Brat, brat, brat morrendo pela boca. Sorri e ela pode ver o fogo dos meus olhos. — Corra em linha reta A.G. O. R. A.

Contos IndecentesWhere stories live. Discover now