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»-- Sophie Miller --«

Infelizmente, chegou o dia em que vou ter que me despedir da minha família. Eles já estavam todos no aeroporto, só faltava eu chegar para me despedir deles

Estaciono meu carro no estacionamento do aeroporto e entro no mesmo, indo até a sala de embarque. Assim que chego lá, avisto minha mãe, meu pai, Nath, Emma, Pedro, Ethan, Aurora e a mãe dela

Me aproximo deles e vejo que os mesmos notaram minha presença e olham para mim

— Acharam que eu não iria vir me despedir? - pergunto e eles sorriem. Minha mãe levanta, deixando seu celular na cadeira em que estava sentada, e vem até mim me abraçando

— Ai meu amor, eu vou morrer de saudades de você - ela fala com sua voz doce e suave ainda no nosso abraço

— Eu também, mãe - falo calma

— E eu não ganho um abraço? - meu pai pergunta e vou até ele, abraçando o mesmo — Promete nos ligar quando precisar?

— Prometo, pai - falo, beijando a bochecha do mesmo — Aproveitem a viagem, tá?

— Sem a nossa loira, vai ser sem graça - Emma fala. Eu olho para ela e sorrio

— Ali, uma loira - aponto para Aurora e vou até ela, dando um abraço na mesma e em seguida na minha tia Samantha, mãe da Aurora — Quanto tempo não vejo vocês duas

— Pois é - minha tia sorri. Elas são parecidas demais, parecem gêmeas! E são um amor as duas — Passei o ano praticamente todo viajando a trabalho e só voltei pra Los Angeles agora - ela fala e concordo

— Olha, vocês nem vão sentir minha falta, tem três loiras indo - falo, me referindo à minha mãe, Aurora e minha tia

— Impossível não sentir falta da única filha dos meus sogros que tem um mínimo de paciência - Ethan fala brincando e Emma lhe dá um murro fraco no ombro

Escutamos o anúncio de que o voo deles sai em 5 minutos e todos se levantam

— Me liga quando precisar, tá? - Nath me abraça e eu retribuo — Vou pedir pro Dylan cuidar muito bem de você - ela fala em um sussurro no meu ouvido e eu reviro os olhos

Me despeço de todos e espero eles sumirem do meu campo de vista. Assim que não avisto mais eles, saio do aeroporto e vou até o meu carro

Abro o porta-luvas do meu carro, tiro um cigarro e meu isqueiro de lá, acendo o cigarro e abro a janela do meu carro para a fumaça sair

Ligo o meu carro e dou partida em direção à minha casa

Minha mãe fica tão triste todas as vezes que nos despedimos no aeroporto. Me culpo tanto por isso, odeio ver alguém que amo triste por minha causa. Sinto tanta vontade de contar tudo pra ela, mas não quero que ela sofra por isso também

Meus pais não sabendo de nada é melhor. Se eles soubessem, tenho certeza que nunca mais me olhariam da mesma forma. Seria um olhar de pena por tudo que passei e não contei pra eles. Por isso, é melhor eu não contar

Assim que chego na minha casa, me jogo no sofá e olho a hora no relógio do meu pulso. Vejo que são 09:00. O dia hoje está bastante nublado, talvez vá chover mais tarde. Fecho meus olhos e acabo pegando no sono

The architectWhere stories live. Discover now