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»-- Sophie Miller --«

— Nem assombração me aparece tanto igual você - Falo e vejo ele levantar a cabeça e passar a mão nos olhos, provavelmente estava chorando também

Vejo ele me olhar por um momento, provavelmente por meus olhos estarem vermelhos de chorar

— Oi - ele fala baixo voltando a olhar para o túmulo

Eu me aproximo e me abaixo ao lado do Dylan

— Stella Brown - leio o nome de uma mulher que talvez seja a mãe dele e olho para o outro túmulo ao lado — Jones brown, que nomes bonitos, quem são?

— Meus pais - ele responde com uma voz calma

— Vim visitar meu avô - aponto para o túmulo dele e vejo Dylan olhar em direção ao mesmo — Faleceu recentemente e eu era um grude com ele - falo e sorrio fraco e Dylan apenas concordo

— Eu também era o grude dela - ele aponta para a foto de sua mãe e sinto e vejo ele abaixar a cabeça e coçar os olhos

Passo a mão em suas costas

— Vocês homens acham que chorar faz de vocês uns fracotes - falo e ele ri negando

Ele concorda levantando a cabeça e olhando para mim, deve ser uma dor enorme perder os pais

— E se eu te contar que até os fortes choram? - falo olhando nos olhos dele

— Eu só não acho que deveria chorar o tempo todo - ele fala e da uma pausa acho que por conta da voz está falha — Quando o assunto é eles

— Deve ser algo que te traumatizou - falo e vejo ele logo concorda com a cabeça

— Os dois tomaram um tiro na cabeça - ele fala e engole em seco — Na minha frente

— Caramba - falo surpresa — Quantos anos você tinha?

— 15 anos - ele sussurra se levantando

Aquele assunto realmente mexe com ele então resolvo não perguntar mais nada

— Pode sentar aqui - bato no chão — Não vou te perguntar mais nada — Falo e pego no pulso dele e olha a hora no relógio - Eu preciso ir - ele concorda e volta a se sentar

Vi que no pulso dele tinha alguns cortes, e confesso que fiquei preocupada. Mas não temos intimidade para eu bancar a preocupada aqui.

— Não tenta fazer cagada com você não tá? - falo enquanto me levanto e vejo ele me olhar sem entender — Seu pulso - sussurro

Vejo ele molhar os lábios enquanto olha para seu pulso

— Tchau Dylan - Falo e ele olha para mim

— Tchau Sophie - vejo ele força um sorriso e eu retribui com um sorriso de canto

[...]

Estaciono meu carro na frente da casa da Nathasha e vejo que tem um carro que parece ser o da Emma aqui na frente também

Antes de descer do meu carro, pego o celular e mando mensagem para Lydia para saber da minha caminhonete

Depois de mandar a mensagem, desço do carro e coloco meu celular no bolso do meu shorts jeans e vou até a porta, tocando a campainha em seguida

A porta demora um pouco para ser aberta.

— Credo, que demora - falo em português, até porque nós duas somos brasileiras

Meu pai e a família dele são do Brasil. Já minha mãe é daqui de Los Angeles mesmo.

— Desculpa, eu não tinha escutado a campainha tocar - Nath fala e me dá espaço para entrar.

— Como você está? - pergunto e abraço ela depois de entrar em sua casa.

— Estou ótima, meu amor, e você? - ela pergunta.

— Estou bem também. Hoje fui ao cemitério - falo. — Tava morrendo de saudades de falar com o meu velhinho - ela sorri e beija minha bochecha.

— Mas você nem acredita em quem estava lá - falo sorrindo e sento no sofá.

— Humm, namoradinho novo, Sophie? - escuto a voz de Emma vindo da cozinha e olho para ela revirando os olhos enquanto sorrio e vou até ela para abraçá-la.

— Meu Deus, que saudade que eu tava de vocês - falo e vejo elas sorrirem de lado. — E não, dona Emma, não é namoradinho novo, não. Nem quero saber disso.

— Nathasha já me contou sobre o tal.. - ela fala e pensa, provavelmente porque esqueceu o nome do homem de terno.

— Dylan - falo e elas me olham com cara de quem quer saber mais.

Vejo Emma e Nathasha sentarem no sofá à minha frente e as duas cruzam as pernas com uma cara de quem diz "conta logo a fofoca". Reviro os olhos enquanto olho para elas.

Conto para elas sobre quando ele me devolveu a bolsa e quando o vi chorando no cemitério.

— O bom é que vocês dois perderam pessoas importantes e podem ficar juntos e se consolarem - Nathasha fala. Olho para ela repreendendo-a apenas com o olhar. — Ah, desculpa.

— Parem com essa loucura, vocês duas, porque não vai rolar nada, ok? Estou cheia de trabalho ultimamente e preciso focar somente nisso - falo e elas duas me olham.

— Mas, Soso, você tem que dar uma nova chance para o amor - agora é a vez da Emma falar. - Não é porque todos os seus relacionamentos foram ruins que significa que o próximo também será.

— Emma está certa - Nathasha fala, concordando com Emma.

Fico mais um bom tempo conversando com elas e depois saio indo para o shopping comprar algumas coisas para mim










Curti aí para me ajudar, pô. :)

The architectWhere stories live. Discover now