»-- Sophie Miller --«
Hoje é 13 de julho, e eu e Dylan estamos a caminho do aeroporto. Minha família foi há três dias atrás, porque tivemos alguns imprevistos no trabalho, então tivemos que adiar nosso voo.
Chegamos no aeroporto e fizemos tudo o que era necessário. Em seguida, entramos no avião e fomos para os nossos assentos. Eu sentei perto da janela.
— Está ansioso para conhecer o Brasil? - pergunto para Dylan, que estava sentado ao meu lado.
— Acho que sim - ele sorri de canto e eu sorrio concordando.
Estar indo para o Brasil é algo que não estava nos meus planos por agora, por conta de tudo que passei. Eu achei que não estava pronta ainda, mas estou indo com a minha família e sei que vamos nos divertir bastante lá.
E o mais importante, estou indo com o homem que me traz confiança.
É loucura falar isso, mas pô, eu acho que ter sofrido aquele acidente foi a melhor coisa que já me aconteceu, porque eu conheci alguém que eu não esperava conhecer. Mas o destino nos uniu, e hoje estamos aqui, quase casados. Hahah.
— Tá tão pensativa, tá tudo bem? - Dylan me pergunta, tirando-me dos meus pensamentos.
— Tudo bem - sorrio — só estava pensando no quanto tudo mudou desde que te conheci - falo, e ele entrelaça nossas mãos.
— Você foi a melhor coisa que já me aconteceu, amor - ele fala, acariciando minha mão.
— É muita loucura da minha parte pensar que o meu acidente foi a melhor coisa que já me aconteceu também? - pergunto em um tom brincalhão, e Dylan sorri.
— Talvez seja - ele fala sorrindo — mas é melhor pensar que "o destino nos uniu".
Ele fala uma frase que eu repito com frequência quando estamos conversando sobre nós, porque foi exatamente isso: "o destino nos uniu" naquela noite em que nos conhecemos.
...
Chegamos no Brasil. Eu até poderia ligar para o meu pai vir nos buscar no aeroporto, mas são 12:00 da tarde e pelo que eu conheço, provavelmente está todo mundo na praia, então prefiro não atrapalhar e chamo um Uber mesmo.
O Uber dirige em direção à casa dos meus pais e quando chegamos lá, eu coloco a senha na porta e entramos em casa.
Eu e Dylan procuramos um quarto vazio no andar de baixo e não achamos, então subimos. Quando encontramos um vazio, entramos e organizamos nossas coisas.
Me jogo na cama e fecho os olhos.
— Está com fome? - sinto Dylan deitar em cima de mim sem soltar todo o seu peso.
— Não, você está? - ele nega — Estou enjoada - falo, e ele sai de cima de mim, me fazendo abrir os olhos e olhar para ele, que estava com uma cara preocupada.
— Aqui tem remédio para enjoo? Se não tiver, eu posso ir comprar pra você.
— Dylan, relaxa, deve ser porque faz algum tempo que eu não viajo de avião - falo despreocupada — o que você iria falar quando chegasse na farmácia? - falo me referindo a ele não saber falar quase nada em português. Dylan coça a cabeça, me fazendo sorrir.
— Sei lá, daria um jeito. Talvez a atendente saberia falar inglês - ele fala, e eu sorrio negando.
— De noite vamos na praia? - pergunto mudando de assunto, e ele concorda deitando ao meu lado.
Dylan me puxa para mais perto dele e me abraça. Não demorou muito e nós dois pegamos no sono.
ŞİMDİ OKUDUĞUN
The architect
Hayran KurguSophie é uma agricultora que acaba sofrendo um acidente e um arquiteto ajuda ela. Eles acabam se reencontrando algumas vezes por coincidência. Depois de um tempo, eles vão se aproximando cada vez mais...