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»-- Sophie Miller --«

📍Los Angeles, California

— Ei? - eu vou até ela e a abraço. — Não vai acontecer nada, Lili. Para de pensar essas coisas estranhas. Deus vai me proteger até a cidade, ok? - falo

— E não inventa de ligar para minha mãe. Hoje Já passei raiva demais com aquela máquina e minha mãe iria brigar comigo e me fazer realmente ficar aqui. Só relaxa, tá? Quando eu chegar em casa, eu te telefono — continuo.

Ela fecha os olhos e faz uma oração baixinha. Eu fecho os olhos também acompanhando ela. Ela termina de fazer a oração em mim e, por último, faz o sinal da cruz em mim e puxa minha cabeça para me dar um beijo na testa. Eu amo o fato dela ser baixinha, porque toda vez que ela beija minha testa, eu tenho que me abaixar um pouco. Sorrio olhando para Lili e deixo um beijo em sua testa também

— Te amo, dona Liliana - Sorrio e ela revira os olhos porque odeia que eu a chame de dona Liliana

— A patroa aqui é você - ela fala com um sorriso no rosto

— Mas você é mais velha que eu, tá quase uma senhorinha - sorri dando as costas porque sabia que ela iria ficar bravinha. Ela só tem 37 anos e não gosta de ser chamada de velha.

Quando dei as costas, senti ela bater em minha bunda. Sorri e olhei para Liliana.

— Ai! - faço drama. — Doeu, viu? - Falo sorrindo enquanto ando até meu carro para ir embora.

— Toma cuidado, Sophie. Me liga quando chegar em casa e não esquece que eu te amo.

— Pode deixar, e eu também te amo, meu amor - falo entrando no meu carro e buzino antes de dar partida em direção à cidade.

[...]

Já se passaram quase duas horas desde que saí da fazenda. Isso me tranquiliza, pois estou quase chegando em casa.

Confesso que fico com um leve medo quando a Liliana fala desses sonhos ruins. Quase sempre que ela tem esses sonhos, algo de ruim acontece. Pego meu terço no bolso da calça e olho rapidamente para ele. Logo em seguida, volto minha atenção para a estrada.

A estrada estava praticamente sem carros passando. Hora ou outra, passava um carro, caminhão ou até mesmo algumas  motos

Sinto uma leve dor na cabeça, junto com uma tontura, fazendo minha vista escurecer. E então sinto algo bater na traseira do meu carro e acabo batendo a cabeça no volante, o que me faz desmaiar

[...]

Escuto várias batidas no vidro do meu carro, do lado do motorista. Meus pensamentos estavam longe, mas acabo abrindo os olhos e vejo que ainda tinha um cara batendo no vidro ao meu lado.

Respiro fundo e passo a mão na testa, vendo o sangue em minha mão. Olho no espelho de dentro do carro e vejo meus cabelos loiros com bastante sangue.

— Puta merda! - falo ainda dentro do carro, mas logo abro a porta nem me dando conta de que esse estranho poderia me matar aqui mesmo.

— Moça, tá tudo bem? - o homem que está de terno me pergunta porque estou com a mão na cabeça. Minha cabeça dói tanto que não consigo explicar, além da dor, tem o sangue escorrendo pelo meu rosto. Minha cabeça está quase explodindo de tanta dor.

The architectWhere stories live. Discover now