Capítulo 01👩🏻‍🌾

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Observo a paisagem enquanto me acomodo na carroça, rumo a uma nova fazenda, pelo menos é o que meus pais insistem em dizer

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Observo a paisagem enquanto me acomodo na carroça, rumo a uma nova fazenda, pelo menos é o que meus pais insistem em dizer. Meu pai guia o cavalo, e ao meu lado estão minha mãe e meu irmão mais novo. A mudança foi abrupta, forçada pela acusação de que meu pai matou outro empregado que havia agarrado minha mãe enquanto ela trabalhava na cozinha. Éramos caseiros, meu pai exercia a função de capataz na fazenda, enquanto minha mãe preparava as refeições para os patrões.

Meus pais estavam alheios ao que eu já sabia sobre aquele boato, mas eu ouvi as empregadas comentando sobre o assunto. Enquanto eles acreditavam que eu acreditava está mudando para um lugar melhor, sabia que não era por causa disso.

Já havia três dias de viagem, meu estômago protestava de fome, vendo a escassez de farinha e cuscuz. A farinha e o cuscuz estavam acabando, e eu estava mentindo, dizendo que não estava com fome ,para minha mãe e meu irmão de cinco anos terem algo para comer.

Meu pai dirigia-se à fazenda de um antigo conhecido, confiante de que receberíamos ajuda. Duas horas depois, avistamos um grande casarão, enorme e lindo. Papai decidiu entrar para verificar se seu conhecido estava presente. Ao chegarmos ao portão, havia dois capataz, um se aproximou e pergunta:

— O que querem aqui?

— Viemos de muito longe, senhor. Estamos em busca de Arthur Duarte, um grande amigo meu. — disse meu pai.

Os homens me encararam com olhares sombrios e sorrisos de canto. Isso me deixou nervosa. Nunca tinha experimentado esse tipo de atenção, pois minha mãe raramente permitia que eu saísse de casa e, quando o fazíamos, ela sempre me acompanhava. No entanto, nunca íamos muito longe.

— E ela trabalha? Tem alguma ocupação? — indagou um deles, fixando o olhar em mim.

— Ainda não. Ela é apenas uma menina. Não viemos a trabalho! — minha mãe se apressou a afirmar com firmeza.

Não viemos a trabalho? Fiquei confusa.

— Hum, o senhor Arthur está lá dentro. Vou conduzi-los até ele. — disse um deles, e seguimos.

Ao adentrarmos o imponente casarão, deparamo-nos com um homem de beleza marcante, cabelos escuros e um chapéu de couro. Apesar de sua aparência bonita, ele exibia uma expressão fechada e mal-humorada capaz de intimidar qualquer um.

— Santana? — questionou o homem assim que avistou meu pai.
— Senhor Arthur — cumprimentou meu pai.

— O que o traz aqui, Santana?
— Podemos ter um dedo de prosa em particular? — solicitou meu pai.

O senhor Arthur concorda e nos convida a adentrar sua casa. Meu queixo quase cai diante do interior da casa, superando em beleza o exterior. Tudo é espaçoso e impecavelmente arrumado. Não era nada comparado com nossa antiga casa, que era um barracão todo mal feito no fundo do quintal dos fazendeiros.

Propriedade Do fazendeiro  Where stories live. Discover now