Quase um funeral

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"Está nublado..." suspiro.

"...eles disseram que teria sol" digo isso olhando pro céu nublado.

Estou me balanço num balançado enferrujado, que range toda vez que me movimento, localizado numa praça antiga, não muito movimentada, perto da casa de Soph. Olho ao meu redor, observando os brinquedos destruídos (parece que o tempo não favoreceu ces...).

(Por que eu vim?! Não tem nada aqui, seria mais fácil ta em casa jogando... isso é tão frustrante)
Sinto como se o tempo estivesse lento, as únicas coisas que escuto é o barulho do vento passando pelos meus ouvidos e os gritos, distantes de minha mãe, chamando pelo meu nome.

"Joy!!" Voz da mãe de Joy distante.

Paro de me mover e fico olhando pros meus pés em silêncio, pensando o quão desconfortáveis as minhas roupas estão, a voz vai se aproximando cada vez mais, chamado por mim. Crio coragem, respiro fundo e saio do balanço.

"SIM MÃE!" Suspiro.

Olho em direção da voz de minha mãe e à vejo com uma expressão um pouco assustada com o meu grito. Mas reparando nela, normalmente é uma mulher fora do padrão... ela veste um vestido médio, até os joelhos, da cor branca, com uma trança frouxa de lado, sem maquiagem, calçando uma sapatilha preta. Ela é negra, tem um cabelo cacheado não muito volumoso e olhos escuros.

"O meu!! Joy... vamos falar com os pais de Soph, estamos indo embora agora" a mãe de Joy diz isso com um leve sorriso.

"Eu não quero fazer isso, nem conhecia ela" reviro a cara.

"Joy, minha flor, é rápido, eles precisam disso..." acaricia a minha cabeça, lentamente.

"Ok... só dessa vez" também sorrio.

Olhando pro rosto de minha mãe, ela pareceu satisfeita com a minha resposta, então ela me acompanhou até a casa deles, era visível ver as pessoas saindo da casa de Soph e indo embora. Quanto mais nós nos aproximamos da porta, mais arrepios sentia. Como se alguém estivesse me observando, minha mãe percebeu meu nervosismo;

"Tudo bem, eles só querem te ver" ela aperta minha mão com um sorriso gentil em seu rosto.

"Ok" aceno pra ela e devolvo o sorriso.
(Talvez seja coisa da minha cabeça)

Chegando na casa de Soph, vejo um portão de garagem da cor preta, aberta. A parede externa, da casa, é feita com revestimento, tendo uma tonalidade cinza. O interior, é visível ver pelo chão; grama e grama seca, formado pelos pneus de um carro e um pequeno jardim na parte direita da parede, aparentemente bem cuidado. O ambiente parece bem depressivo, não tendo muitas pessoas na casa mas consigo reconhecer um casal jovem, os pais de Soph, conversado com algumas pessoas.
O homem, com seus 1,80cm de altura aparenta ter um porte físico médio, pele parda, cabelos e olhos castanho e visivelmente cansado. A mulher teria 1,76cm de altura, 7cm a mais do que minha mãe, pele branca, cabelos pretos e olhos verdes, também cansada. Ambos vestiam blusas de manga  brancas e um jeans, tendo a imagem da Soph estampada nas blusas. Minha mãe olha para mim e acena com a cabeça, se aproximar mais um pouco daquele casal, logo em seguida aquele casal percebe a gente se aproximando e esperar por nós.
Quando chegamos, fico um tempo atrás da minha mãe até criar coragem para dizer alguma coisa, então ela começa, dizendo:

"Ola! novamente, Julia e Antônio... iremos embora agora, só queria apresentar Joy"

"Assim... é uma criança tão lindo, parecido com a nossa Sophie" Julia comenta, meio melancólica.

"Você deve ser o amigo do contato do celula da Sophie né?" Antônio questiona

"Huhum" só aceno meio tímida

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