Capítulo 03

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Narrador P.O.V

A semana havia começado tranquila, as coisas na fazenda estavam indo bem, Lauren estava manuseando sua colheitadeira em meio a enorme plantação de milho, era o mês da colheita e ela não era do tipo de pessoa que não gosta de colocar a mão na massa. Se bem que dentro de uma colheitadeira de 2 milhões de dólares e uma cabine cheia de recursos tecnológicos, qualquer um adoraria estar no seu lugar.

 Se bem que dentro de uma colheitadeira de 2 milhões de dólares e uma cabine cheia de recursos tecnológicos, qualquer um adoraria estar no seu lugar

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Na cidade estava Camila, começando o primeiro dia na clínica veterinária de seu pai. Ela estava animada para por em prática tudo que tinha aprendido nos longos anos de faculdade. Seu primeiro paciente naquela manhã tinha sido Billie, um cachorro de médio porte que havia quebrado a pata em uma queda de 5 metros.

Camila fez o procedimento necessário para o animal se recuperar corretamente ao decorrer dos dias, e passou alguns remédios antiinflamatórios

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Camila fez o procedimento necessário para o animal se recuperar corretamente ao decorrer dos dias, e passou alguns remédios antiinflamatórios. Tudo estava sendo supervisionado por Alejandro, seu pai, que a observava com orgulho o cuidado de sua filha. Ele não tinha dúvidas que ela se tornaria uma profissional impecável.

Camila fez faculdade durante 5 anos em Seattle, seus pais se separaram quando ela tinha 15 anos, seu pai queria que ela cursasse em São Francisco, sua mãe queria em Seattle. Camila optou pela cidade que teria polos mais especializados na medicina veterinária, então tinha escolhido Seattle, ela sempre teve amor por animais, desde muito cedo foi incentivada por seu pai a gostar da área, ele costumava a levar para sua clínica, aos 8 anos Camila assistiu ao parto de um potro, ela achou aquilo incrível e foi aí que ela decidiu o que queria ser quando chegasse na idade certa.

Até o final do dia Camila tinha atendido 5 animais, ela estava satisfeita consigo mesma por conseguir realizar com sucesso todos os atendimentos, Alejandro tinha saído para uma tarde de negócios com alguns fornecedores, ele também era dono de um pet shop que fornecia todo tipo de material agrícola e veterinário, ele atendia uma grande parte dos empresários do agronegócio da região. Lauren e George era um de seus clientes.

Camila estava se aprontando para fechar a clínica, a moça da recepção, Claire estava terminando de esterilizar o local e os equipamentos que Camila tinha utilizado naquele dia, era por volta das cinco e meia da tarde, a clínica já estava fechada e Camila tinha acabado de entrar dentro da picape que Alejandro havia emprestado a ela, era o que seria seu meio de transporte até conseguir comprar um carro próprio. Hoje Camila iria para casa do seu pai, onde passaria ser sua casa também. Porque ela planejava passar seus próximos 3 anos em São Francisco até adquirir experiência suficiente para abrir sua própria clínica, tinha planos de voltar para Seattle.
Aos finais de semana ela ficaria com Laura, porque era quando ela não estaria ocupada na fazenda.

Camila Cabello P.O.V

Hoje foi um bom dia para salvar cachorros, tirando o fato de eu quase ter sido mordida por um pincher nervoso, tudo correu melhor do que eu esperava. Cheguei em casa indo direto para debaixo do chuveiro, mudei a temperatura para morno, o clima estava agradável não parecia que iria chover e nem estava frio. Sai do banho e vesti algo confortável, um short moletom curto e uma camisa de banda, não foi um dia cheio comparado ao que meu pai diz ser o movimento de clientes na clínica por aqui. Mas tudo bem, eu me acostumaria com todas essas mudanças em minha vida, São Francisco me parece ser um lugar que me trará muitas surpresas e descobertas.

Desci para cozinha e preparei uma tapioca doce, sim, eu tenho paladar infantil, escolhi o sabor brigadeiro com morango. Para minha sorte tinha um suco de abacaxi na geladeira o que eu usei de acompanhamento. Peguei meu celular e abri as mensagens, tinha uma de Lauren, um monossílabo "Oi", a moça da fazenda para quem minha tia trabalha, eu ainda não havia salvado o número dela.
Minhas primeiras impressões foram mais evidentes no dia seguinte, quando ela acordou e veio para cozinha. Não achei estranho o fato dela ter um pênis, na verdade isso me parece ser interessante, levando em consideração que eu tenho 22 anos e ainda sou virgem, isso sim que é estranho. Bem, ela não precisaria saber disso.

Eu não namorei muitos caras no decorrer da minha vida, sempre fui uma garota focada em meus objetivos e estudos, a ideia de ter alguém me parecia um pouco complicada, não que eu não já houvesse tentado. Namorei por 2 anos com um colega de faculdade, ele era muito legal e me tratava bem, nosso relacionamento não era dos piores, muito pelo contrário, mas pareceu ser quando me neguei abrir as pernas para ele. Optei por terminar, para o meu bem.

Desde então eu não me envolvi sentimentalmente com mais ninguém, apenas casos de uma noite e alguns beijos. E não penso em arrumar alguém nem tão cedo, bem, não sei o que me espera mas isso definitivamente não está nos meus planos. Não agora. Respondi brevemente a mensagem de Lauren e salvei seu contato, ela era engraçada e tinha um papo legal. Minha tia não perde a oportunidade de rasgar elogios a ela, é como se fosse alguém da família.

Já são nove e meia da noite, meu pai me mandou mensagem dizendo que chegaria mais tarde. Eu subi para meu novo quarto, sentia minhas pálpebras pesadas, minha rotina seria acordar às 5 da manhã para estar na clínica as 6, eu ainda precisava me acostumar com isso. Não que eu não acordasse cedo quando fazia faculdade em Seattle, eu levantava as 7, e fazia horário integral, mas 5 horas da manhã não é para amadores.

Resolvi ligar para minha mãe e contar como tinha sido meu primeiro dia sendo oficialmente médica veterinária, ela praticamente surtou com tudo que eu disse. Não contive meu sorriso, ela foi quem acompanhou de perto todas as minhas noites sem dormir, meus esforços dobrados em cursos extracurriculares, estudando para passar nas provas, toda pressão psicológica que é estar na faculdade. Nunca me faltou apoio e suporte de meus pais em relação a isso, e eu sou muito grata aos dois. Encerramos a chamada e eu finalmente fui dormir.

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