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Lisa hesitou diante da porta do apartamento. Última chance, Manoban. Última chance de desistir agora, volte para o hotel e beba essa belezinha direto da garrafa. Uma mensagem rápida para dizer a ela que você pegou... não sei, raiva.
Mas seu cérebro estava determinado a ir até o fim e ela encontrou sua mão batendo na porta. Alguns segundos depois, Jennie abriu e a puxou para um abraço antes que ela tivesse tempo de protestar. "Você veio!"
"Não, só estou sem fôlego por causa das escadas", disse ela. "Agora saia de cima de mim, você está amassando o vestido."
Jennie recuou e a admirou de uma forma que a fez sentir-se como uma criança de seis anos. "Você está adorável."
"Er, obrigada. Você também."
"Entre."
Jennie praticamente a arrastou para dentro do apartamento, dando-lhe menos tempo para se preparar do que ela gostaria, e ela se viu parada no meio da sala, segurando a garrafa como se fosse um ursinho de pelúcia à sua frente, enquanto Jennie fazia as introduções.
"Nana, esta é a Lisa..." ela disse, acenando com as mãos para indicar a localização precisa de Lisa, caso fosse difícil localizá-la no tapete, "... e Lisa, esta é a Nana." Ela sorriu, como se tivesse realizado um truque de mágica particularmente hábil, e por um momento Lisa pensou que ela fosse fazer uma reverência.
Lisa deu sua primeira olhada adequada em Nana. Parecia que Nana não era do tipo que se vestia para o jantar.
Botas de combate pretas, meia-calça preta, jeans cortados e uma camiseta de banda provavelmente mais velha do que ela. Até agora, tão familiar. Bastou apenas olhar para o seu rosto. Ela começou a entender de onde vinha a confusão bêbada de Jennie.
O nariz era mais estreito, a boca mais severa, e ela claramente tinha alguns anos de vantagem sobre Lisa, mas não havia dúvida para o que ela estava olhando. Ou melhor, quem.
Ela iria ter uma conversa com Jennie. Uma conversa, séria.
"Nana", ela apresentou novamente.
O repertório de Lisa nunca incluiu muitas habilidades sociais, um fato que passou a assombrá-la durante o ano passado. Caras são fáceis. Os caras apenas apertam as mãos em qualquer situação. Mas mesmo isso não iria funcionar, não daquela distância, e ela não se sentia disposta a se aproximar. Então ela apenas ficou parada e esperou que Nana diminuísse a distância.
