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Lisa entrou na lanchonete e descobriu que sua antiga garçonete havia sido substituída por uma morena desarrumada que roncava suavemente no balcão.
"Ei."
Jennie permaneceu resolutamente de bruços. "Umf," ela conseguiu dizer, indistintamente.
"Sabe, estou surpresa que você não consiga mais clientes aqui, com sua disposição alegre e respostas rápidas."
"Estou acordada." Os braços de Jennie envolveram sua cabeça com ainda mais força.
"Então é autoatendimento agora ou devo voltar mais tarde?"
"Você se lembra", disse com uma voz abafada, "quando você me levou de carro pelo deserto a caminho da escola? E que você ia me matar com uma pá e me enterrar lá?"
"Bem, eu realmente não ia–"
"Podemos fazer isso agora, por favor?"
"Ah. Está com um pouco de ressaca, senhorita Kim?"
"Não, não estou com um pouco de ressaca", disse Jennie, severamente, afastando a bochecha da superfície de plástico e colocando-a novamente em um local mais fresco. "Estou com a pior ressaca já experimentada por qualquer ser vivo, desde o início dos tempos."
"Você sabe o que é bom para uma ressaca?"
"O que é? E se você disser 'não bebendo muito na noite anterior', vou esfaquear seu rosto com a ponta da minha caneta de pedidos." Um braço se desenrolou de sua cabeça e tateou o balcão. "Se eu ao menos conseguir encontrar a bendita caneta."
Lisa a viu e cuidadosamente a tirou do alcance. "Vamos", ela disse. "Não pode ser tão ruim assim. Estou me sentindo bem."
Houve um gorgolejo baixo vindo da pilha de cabelos e braços sobre o balcão que constituía os restos mortais de Jennie Kim.
"Eu te odeio, Lalisa Manoban", dizia. "Com uma paixão com a qual você só pode sonhar."
"Sim, eu escuto muito isso", disse Lisa, alegremente. "Vamos, vou pagar o almoço para Você."
"É hora do almoço?" Jennie finalmente tirou o rosto do balcão e ficou de pé, a expressão de horror em seu rosto era visível sob uma massa de cabelo emaranhado e maionese. "Ah, não! Eu deveria estar na faculdade!"
