Imagines Diversos {Concluído}

Maricruz

Onde você reencontra  Maricruz

Pov: s/n
"Eu estava no barranco, procurando Maricruz, ela tem o costume de sumir como uma brincadeira toda vez que sabe que eu vou vir.

- Maricruz!- chamei e nada foi ouvido- Maricruz, por favor, aparece. Eu te trouxe algumas coisas- mais uma vez, nada!- ta bom, já que você não quer me ver, eu vou deixar isso aqui.
quando coloquei as bolsas no chão senti alguém me dando um abraço bem forte por trás.
- quem disse que eu não quero te ver?
- por que estava se escondendo então?
Me virei pra ela assim que me soltou
- eu estava brincando sua boba.
Ela me deu outro abraço e eu devolvi
- o vovô quer ver você.
- eu, por que?
- é que eu falo muito de você pra ele, bom, não só de você mas do seu irmão também.
- o que tem meu irmão?
- o Otávio tem vindo aqui me ver, ele me salvou do Álvaro, eu sem querer pisei nas suas terras e ele quase me tirou de lá a balas.
- a tiros, Maricruz. Esse Álvaro é um desgraçado, age como se as terras fosse dele, mas você tá bem?
- tô sim, não se preocupa, enfim, vamos?
- vamos, eu vou levar essas coisas que eu trouxe lá de casa pra vocês.
- o que são essas coisas?
- bom, aqui são comidas quentinhas que eu pedi pras empregadas fazerem pra vocês e aqui são roupas que eu não uso mais e nem a Lúcia, nem muito menos os rapazes, aí eu trouxe pra ver se vocês vão querer,
- eu não queria ter dado esse trabalho pra você.
- não é trabalho nenhum, é de coração, além do mais seria um desperdiço jogar isso fora.
- tá bom, então vamos.
peguei a bolsas e fomos em direção a cabana dela,
não era tão longe
- gostaria de aprender a montar, Maricruz?
- adoraria, mas tenho medo.
- eu te ensino.
- você é um anjo que caiu do céu, s/n.
- tá me chamando de lúcifer?
- não, não, nunca. Então você é só um anjo, um anjo não caído.
- obrigada, Maricruz.

******(Cinco anos depois)******

Eu estava no cassino Mendonça, jogando a roleta, parece que hoje é meu dia de sorte, pois estou ganhando, engraçado é que eu sou a única mulher no meio de vários homens, se formou uma em volta de nós todos impressionados com minha sorte.
- olha só, ganhei de novo.
- senhorita, devo dizer que é uma mulher de muita sorte.
Um homem desconhecido falou
- muito obrigado senhor.
- outra rodada?
- não, é melhor parar enquanto ganho.
- ah, por que não, é bom pra nos conhecermos, hum?
Ele disse se aproximando.
- não obrigada.
Disse saindo mas ele segurou.
- rapaz, não ouviu a moça? Não é não.-Uma voz familiar por mim se aproximou- se o senhor não se comportar direitinho, vou pedir aos seguranças pra te tirarem daqui a ponta pés.
Vi Maricruz ao meu lado, só que diferente, parecia uma mulher da auto-classe.
- desculpe, senhorita Mendonça.
O homem disse assim que soltou.
- Maricruz...
Eu disse
- Maria Alessandra Mendonça!

Ela disse com um leve sorriso no rosto e passou por mim, eu olhei pra ela, ela olhou pra mim de novo e voltou a andar pro lado de fora, foi como se pedisse pra eu a seguir, eu fui, cheguei até a ela. Ela estava olhando pro mar encostada na barra que tem no navio, fiquei na mesma posição que ela.
- a quanto tempo... Não te vejo dês de...
- desde que casei com o Otávio.
- também.
- onde você estava, s/n, esse tempo todo onde se enfiou?
- eu... Fui estudar no exterior.
- por que fez isso, sabe, naquela manhã eu acordei e fui te procurar no seu quarto como sempre pra tomarmos café juntas, e você não estava lá, logo depois me disseram que você foi pros Estados Unidos e dês de então, nunca mais te vi.
- você se casou com meu irmão, não precisava mais de mim, então decidi que iria estudar fora.
- eu sempre iria precisar de você, depois que você se foi eu....me senti sozinha, toda vez que o Otávio não estava, eu era maltratada pela Lúcia e precisei de você.
- eu sinto muito.... Mas você parece estar bem, quer dizer, mudou até de nome.
- aqui eles me conhecem assim, eu sou a filha do dono daqui e descobri a pouco tempo, foi muito por acaso.
- eu fico feliz por você, e você e meu irmão, como vão?
- eu não quero ver seu irmão nem pintado de ouro, nunca mais mencione o nome desse homem na minha frente.
Ela se virou pra mim e disse
- ele te magoou.
- não só isso, ele me humilhou, ele, a Lúcia e o Miguel são todos desgraçados, mas eu vou me vingar deles.
- eu sinto muito que a minha família tenha tenha feito isso com você  tenha te magoado tanto.
- ao contrário deles você nunca me nunca me magoou e sim me protegeu, não tenho que me vingar de você.
- só toma cuidado, tá? E por favor pense bem no que vai fazer, eu sei que de baixo de toda essa mágoa, ainda tem a garota que eu conheci perto do rio.
Sorri pra ela.
- quem dera.
- eu sei que sim, bom, até a próxima. Maria Alessandra Mendonça.
Passei por ela.
- s/n, pera aí- ela segurou meu braço- você foi embora por ficou com ciúmes de mim com seu irmão? Por favor me responde, eu tenho essa dúvida a tanto tempo.
Eu suspirei.
- sim, acho que gostei de você além da amizade e agora deu nisso, e eu meio que sabia que o Otávio era um babaca cheio de caprichos e tentei te avisar, mas você não me ouviu.
- por que não me contou?
- por que você era apaixonada pelo meu irmão, ou não?
- eu era, quer dizer, eu acho... Não sei bem o que sentia pelo Otávio, talvez gostava do jeito que ele me tratava mas...
- mas?
Ela se aproximou
- eu sempre gostei de passar mais tempo com você.
Eu apenas fiquei observando ela tentando digerir o que ela disse, ela se aproximou e me beijou, pegou na minha cintura me aproximando mais ele seu corpo, eu segurei em seus ombros.
Ela se afastou com um rubor nas bochechas
- eu...
Ela me soltou de pressa quando ia eu falar algo
- eu preciso ir.
Ela disse e saiu quase que correndo de mim, eu fiquei estática no lugar, nem acredito que isso aconteceu.

Agora, eu tenho que entender o que eu sinto e o que ela sente....