Depois da Chuva

Pré produção...

Ela vai me puxando para o banheiro, até que para em frente a pia, fica de frente para mim e olhando em meus olhos começa a abaixar minha calça e minha cueca. Respiro fundo, fecho meus olhos, tentando me concentrar apenas no fato de que o carinho da minha mulher pode me proporcionar prazer, quero esquecer a parte técnica e médica disso que estamos fazendo. Nicole acaricia meu pau por alguns segundos e estou começando a relaxar, quando volto subitamente a realidade de onde estamos e do que estamos fazendo.

— Caralho que água gelada. — Reclamo ao sentir a mão molhada de Nicole em meu pau.

— Desculpa! Quer que eu ligue o chuveiro?

— Não, deixa que eu faço isso, é brochante você lavar meu pau sendo que nem estamos pelados e fazendo preliminares. — Fico irritado e me viro para a pia, apoio a virilha nela e começo a ensaboar meu pau.

Nicole acaricia minhas costas e assim que termino me seco e saio do banheiro enquanto ela permanece lavando suas mãos. Me sento em uma poltrona, com a calça e a cueca um tanto abaixadas e meu pau de fora, mas ele não está nem perto de ficar duro depois de literalmente ter tomado um banho de água fria.

— Amor, não fica assim... Isso é para o nosso futuro, prometo que vou fazer você gozar com um carinho bem gostoso. — Ela se aproxima e se ajoelha em minha frente, leva novamente a mão ao meu pau.

— Isso tudo é uma merda! Não sei se vou conseguir...

— Relaxa amor, tenta esquecer onde estamos e o que estamos fazendo, fecha seus olhos e imagina que estamos no meu ou no seu escritório. — Ela me interrompe.

Mais uma vez respiro fundo, sinto a suavidade de sua mão deslizando sobre mim, cada toque já está me enviando ondas de prazer. Meus olhos se fecham automaticamente enquanto ela trabalha com maestria, Nicole conhece cada curva e sensação que pode provocar em mim e no meu pau. Aos poucos eu vou relaxando, e não demora, me contorço, lutando para manter o controle enquanto ela aumenta a intensidade já quase me levando à beira da loucura. Cada movimento é uma tortura deliciosa, até que eu me perco completamente no êxtase que ela está me proporcionando, acabo gemendo em gratidão e desejo.

— Porra meu amor... — Minha voz sai falha, misturada com a minha respiração ofegante quando gozo.

Ao abrir meus olhos, vejo Nicole sorrindo, relaxei tanto que realmente esqueci onde estamos e porque, nem ao menos percebi que ela havia pego o pote antes de se aproximar e se ajoelhar, muito menos senti ela o posicionando em meu pau para que eu gozasse dentro dele. Ela levanta tampando o pote e se aproxima me beijando.

— Eu disse que iria fazer um carinho gostoso em você, consegui? — Ela sorri enquanto pergunta me dando leves beijos.

— Você ainda tem dúvidas? É sempre uma delícia quando você me faz gozar. — Levo minhas mãos à cintura dela, a aproximando ainda mais de mim. — Mas quero muito gozar dentro de você, assim que chegarmos na nossa casa.

— Hoje não vai rolar amor, retirei o DIU pela manhã e estou com um pouco de sangramento, não é recomendando...

— Você está com dor?  Esse sangramento pode ser um problema? — A interrompo preocupado.

— Estou com um pouquinho de cólica, mas nada muito forte, e o sangramento é normal, é como se eu estivesse menstruando. Não faz essa carinha, nos próximos dias terá que se contentar com minhas mãos e minha boca.

— Não acho nada ruim, mas não acho justo apenas eu sentir prazer e gozar.— Dou um beijo nela — já podemos ir?

Nicole concorda, ela vai ao banheiro e eu a sigo, após nos ajeitarmos, saímos da sala, e a impressão que tenho é que todo mundo vai comentar sobre o que acabamos de fazer. Obviamente ninguém diz nada, o lugar é estritamente profissional e bem preparado, e os demais pacientes não sabem o que estávamos fazendo. Por fim, tive que concordar com Nicole, de que era apenas uma paranóia da minha cabeça, e logo estávamos indo para nossa casa.

Os próximos dias ficamos em casa, saímos apenas para ir a clínica realizar outra coleta de sêmen, Nicole novamente me tranquilizou e proporcionou um momento de prazer incrível. Voltei a sentir algumas dores no estômago, então aproveitamos e consultamos com o oncologista, que alterou a dosagem do medicamento para dor que eu já estava tomando.

Maitê também se habitou ao nosso novo esquema, Branca a leva para escola pela manhã e a busca no fim do dia, e ela só vem ao meu encontro após tomar banho e trocar de roupas. Nicole só sai de casa se realmente não tem outra opção e apesar de termos contratado uma senhora como cozinheira, minha sogra continuará conosco enquanto eu estiver em tratamento.

Minha esposa ficou bastante irritada e emotiva com as injeções de hormônios que ela não deixou eu aplicar, quem fez foi a mãe dela, e o fato de já estarmos usando preservativos porque precisamos que seja possível a coleta dos óvulos e não podemos correr o risco dela engravidar naturalmente nesses dias, a irritou mais ainda, criando um ciclo de irritação, que iniciava com um xingamento ou grosseria, seguido de choro e o pedido de desculpa porque ela está agindo assim num momento em que eu estou doente. Mas finalmente chegou o dia de realizarmos a coleta de óvulos, como também irei coletar o sêmen, estamos juntos na clínica. Entramos na sala de coleta, e ao fechar a porta Nicole diz.

— Vai de uma vez lavar esse pau.

— Calma amor, já estou indo.

Respondo indo em direção ao banheiro, sei que esse comentário, na verdade é a irritação por conta dos hormônios e dou graças a Deus porque está chegando ao fim. Segundos depois, sinto ela me envolver em seus braços e repousar a cabeça nas minhas costas.

— Desculpa, estou irritada, meus seios estão inchados e doloridos, mas sei que isso não é motivo para ser estúpida assim com você. — Percebo que ela está chorando enquanto fala, me viro para ela  e a abraço.

— Não precisa se desculpar, eu sei que tudo isso é por causa dos hormônios, e eu te amo e admiro mais ainda por estar enfrentando tudo isso pela nossa família, não esqueça o que você vem me dizendo todos esses dias: não se estresse ou fique constrangida, estamos na pré produção dos nossos filhotes.

Dou um beijo nela depois que consigo fazê-la sorrir, terminamos de nos higienizar e voltamos para a sala, novamente Nicole me faz explodir de tanto prazer, e eu nem lembro do potinho e que ela coletou meu sêmen ali. Vamos então para o consultório onde o médico irá realizar a coleta dos óvulos, para mim parece mais um centro cirúrgico, mas ele chama de consultório e eu permaneço em silêncio, agradecendo por ele permitir que eu fique ali segurando a mão da minha esposa.

Chegamos em casa e tentamos seguir nossa rotina normal, os próximos  dois dias passam de uma maneira tensa e arrastada, além de Nicole ainda estar com os efeitos de tanto hormônio, estamos ansiosos com o início da quimioterapia.

Após praticamente passarmos a noite toda em claro, apenas tomei um banho, não consegui comer, senti náuseas e sei que é por conta do nervosismo, pois estou tomando os remédios e não havia mais sentido. Nicole também não comeu e não consegui convencê-la. Chegamos ao hospital e antes de irmos para a ala da oncologia, meu médico nos chama para conversar...