Professor de Inglês / Imagine

Pedido de noivado?

Marcos

Estou sentado no sofá ao lado da minha mãe que dorme profundamente, apaguei todas as conversas do meu celular. Qualquer coisa que não vai me ser útil.

Organizei uma surpresa incrível para a Sn amanhã, já que será nosso último dia aqui em praia grande. Não tenho medo dela recusar meu pedido de casamento, mas sim de que nosso passado nos interfira futuramente.

- Cadê ela? - minha tia Margareth pergunta segurando um presente nas mãos.

- A Sn?

- É óbvio que estou falando dela Marquinhos. - tia Margareth sorri mostrando as lentes de seus dentes brilhantes.

- Está se arrumando para o jantar, é para mim esse presente? - desligo a tela do meu celular para poder dar atenção total a minha tia.

- Não, vou entregar a ela lá em cima então. - tia Margareth sai andando com seu vestido de crochê vermelho parecendo animada.

Todos da minha família estão sabendo do meu pedido de casamento, o rapaz mais cedo da praia quase estragou a surpresa que eu estava preparando.

A ideia de que eu finalmente vou "aquietar" minha vida deixou toda minha família surpresa mas eles estão bem animados.

Recebi ligações de parentes que eu não via a alguns anos, o apoio conta muito nesses momentos.

Tem algo que está me afligindo desde o momento que voltamos da orla da praia, o que a Sn poderia ter falado com a mãe de tão grave que eu nem poderia está sabendo.

Sn

Recebi um lindíssimo vestido de veludo vinho de uma das tias do Marcos.

Fico tão feliz por saber que a família dele gosta de mim mesmo que nós temos idades tão diferentes.

Me sentei ao lado do Marcos na enorme mesa retangular, junto aos outros 20 membros da família, improvisaram outra mesa e cadeiras.

Do início ao fim do jantar tentei ao máximo me interagir com os outros. Ele ofereceu sua mão para eu segurar e eu segurei.

- Não quer comer mais? - o professor me pergunta olhando a mesa com panelas posicionadas aleatoriamente.

- Comi bastante, e você? - olho para ele.

Um brilho de malícia aparace em seus olhos, seus lábios se contraem roubando minha atenção.

O professor Marcos olha para a família antes de soltar a minha mão e se levantar.

Ele se ajoelha no chão mostrando uma caixinha vermelha, de onde ele tira um anel e me olha ansioso.

- Você quer casar noivar comigo? - meu sistema emocional sumiu nesse momento.

Eu não sei como reagir e muito menos o que falar para o Marcos, eu balanço a cabeça de forma positiva.

- Sim! - a família do professor vibra de alegria enquanto ele coloca o anel em meu dedo anelar.

Em seguida nos beijamos de forma rápida, observo como todos estão alegres ao redor da mesa enquanto jantamos. Não sei se estou realmente feliz com esse noivado.

[...]

𝑴𝑨𝑹𝑪𝑶𝑺

Assim que todos vão se deitar eu e minha amada ficamos na sala assistindo o final do primeiro filme de senhor dos Anéis. A observo sob as luzes brilhantes da televisão que nos ilumina.

O decote da sua camiseta verde escura atrai meu olhar, seus seios pressionando um contra o outro me deixa cheio de pensamento maliciosos.

Sn abaixa a alça da blusa mostrando os seios para mim sem vergonha alguma, eu encontro seu olhar antes de ter certeza de que havia apenas nos dois na sala.

Me deito por cima dela pegando seu peito em uma das minhas mãos e passo a minha língua humida em cima do bico. Deixo vários beijos em sua pele quente até o seu pescoço.

Prendo as mãos dela contra o assento do sofá beijando seus lábios com fervo e tesão.

- Catarina não esqueça de pegar água para mim! - a voz da minha tia materna me faz levantar de cima da sn.

- Ta bom mãe! - os passos de cavalo da minha prima Catarina ecoa da escada.

A sn arruma a blusa disfarçando a pouca vergonha que nos estávamos prestes a fazer.

- Bateu meia noite eu vou pro discord... - a garota de 16 anos no mínimo canta enquanto se direciona para a cozinha.

- Isso não deveria virar um fetiche. - sn diz rindo baixinho.

Me inclino para mais perto dela.

- Como assim virar um fetiche? - afasto o cabelo do pescoço dela e beijo seu ombro.

- Sexo em público, já pensou em fazer? - nos olhamos e ela passa o dedo indicador por cima da minha calça.

- Você quer fazer? Um dia... Eu iria adorar, a ideia me agrada bastante. - deixo minha mão descansar na coxa volumosa dela.

Sn sorri igual a uma garota travessa que fez algo errado e esta se divertindo.

- Boa noite casal! - Catharina diz.

- Boa noite Cath. - eu falo deitando minha cabeça no ombro da sn.

- Quer transar na varanda? Lá esta correndo um ventinho ótimo. - sn se levanta rindo.

Minha única reação foi me levantar também, não da para recusar um convite tão gostoso como esse.

Dormi tão bem durante a noite que foi cansativo quando cheguei na minha casa, na entrada havia uma enorme caixa de papelão com meu nome nela.

O cheiro de mofo esta tão forte aqui dentro por ter passado alguns dias com tudo fechado. Abri a caixa com muita curiosidade já que meus livros de chinês já deveriam ter chegado.

- Ué? - dentro da caixa tem várias roupas que mandei para a Eduarda minha filha.

A filha que não tenho contato, procuro no meio das conversas arquivadas o bate-papo com a Alessandra.

Em um único áudio que ela me mandou recentemente, deixou bem claro que a Duda esta passando por quimioterapia após a descoberta de um câncer em estágio avançado em seu cérebro.

Pego o endereço do hospital para que eu possa vê a minha filha, a Alessandra sempre tem que omitir as coisas mais importantes sobre minha filha.

SN

Enviei algumas mensagens para a minha mãe e não obtive nenhuma resposta de volta, amanhã quando eu chegar vou conversar com ela seriamente sobre a gente se mudar de casa ou de cidade.

Podemos recomeçar de novo, igual fizemos as outras vezes anteriores.

É o amanhã chegou.

Encontro roupas no varal desde a última vez que estive por aqui, pego a chave reserva do chão em baixo do tapete e entro em casa.

Tem um cheiro forte de lixo aqui dentro, procuro em todos os cômodos e não encontro mãe. As coisas ainda estão jogadas do pelo chão é o lixo não foi trocado e é exatamente por causa dele que tem várias baratas correndo por todos os cantos da casa.

- Onde você está mãe? - falo em voz alta.

Ligo para o telefone dela.

- Alô, mãe onde você está?

- Oi, sou uma enfermeira e atualmente sua mãe está incubada após ter sido encontrar gravemente ferida na rua.

- Estou indo para ai agora qual é o endereço?