Ajuda-me

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Me levanto do colo do Cristian por causa do olhar que o Marcos no da assim que se senta ao nosso lado.

— Você não precisa se sentir retraída por causa do Marcos, afinal a gente nem namora de verdade. – Cristian troca farpa.

— Sem problema Cristian. – me sento no meio dos dois homens que estão em silêncio.

Presos em seus próprios pensamentos, já os meus são sórdidos e paranóicos.

A tensão que ficou entre eles me fez repensar se foi mesmo uma boa ideia vir para cá. O professor Marcos está sentado ao meu lado direito assistindo um documentário sobre os monumentos da Roma Antiga, o Cristian do meu lado esquerdo está assistindo Game of Thones em seu celular.

— Devo ir embora? Sinto que estou incomodando vocês dois. – falo massageando meus joelhos desconfortável com o silêncio que esta na sala.

— Você pode ficar aqui S/N, afinal já passa das... – o professor Marcos olha em seu relógio de pulso antes de virar o rosto na minha direção. — São 11 horas da noite, você pode ficar aqui.

— Ele sempre muda de opinião no final. – Cris disse rindo.

— Não por sua causa Cristin. – o professor Marcos olha o Cristian.

Ambos trocam um olhar significativo, como se eles soubessem de algo do qual eu não sei. A relação parece está turbulenta essa noite.

Por gentileza ou uma maneira sutil de se livrar de mim por hora o professor Marcos me levou até um quarto vago no andar de cima. Eu expliquei para ele a situação caótica da minha casa, e como meu padrasto está fodendo o psicológico da minha mãe.

— Quando precisa e só me ligar. – observo ele arrumar o pano de cama tranquilamente.

— Obrigada professor.

— Me chamar de professor fora dos muros da escola é estranho. Ainda mais quando me lembro daquele dia... – ele me olha rapidamente antes de terminar de fazer o que estava fazendo.

Claro que é estranho, mas eu não ligo. Já estou acostumada com isso.

— Eu já vou. – ele se aproximada da porta da qual eu entro na frente.

Os olhos dele observa meu rosto com atenção, da para sentir a atração que a gente tem mas que ele está evitando.

— Por que está agindo como se não sentisse vontade de me beijar? – pergunto olhando os lábios dele.

O bigode bem cortado e a barba que combina com o rosto dele, elevo minha mão até sua bochecha e a toco. Em resposta o Marcos fecha os olhos segurando meu pulso.

— Vai dormir. – murmurou relutante em acredita em suas próprias palavras.

— Você quer que eu vá dormir?

Marcos suspira deixando um selinho nos meus lábios.

— Você é minha alunas, temos 18 anos de diferença e eu sei como isso termina. – os lábios dele se curvam em sorriso melancólico.

— Você está preocupado com seu trabalho, não é? – puxo minha mão para perto do meu corpo.

Não devo ficar entre a decisão dele, o trabalho ou a mim. Quão egoísta eu poderia ser para fazer isso? Afinal é exatamente isso que se passa pela minha cabeça.

— Sempre estarei. Afinal sem um trabalho eu não como, não sobrevivo, não tenho dinheiro. – ele diz com sarcasmo.

— Pois bem, eu não virei mais aqui.

Professor de Inglês / ImagineWhere stories live. Discover now