Uma Festa

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Abro a porta do banheiro dando de cara com meu professor, ele tem uma expressão neutra no rosto entretanto pelo maxilar rígido e os músculos tencionados ao cruzar os braços diz bastante.

— Oi. – falo me bancando de sonsa.

Não tem nada que eu faça melhor do que bancar a sonsa ingênua, tem várias borboletas voando na minha barriga agora.

— Oi? Só tem isso para me dizer?

— O que você quer que eu diga? – imploro mentalmente para ele acabar com essa tensão que esta se formando aqui.

Meu professor me olha de cima a baixo como se estivesse conferindo que estou inteira.

— O que foi? – meus olhos encontram os dele.

O Marcos suspira ainda impedindo a passagem, sinto que ele tem algo para me dizer mas esta se segurando ao máximo.

— Qual o seu problema, diga de uma vez. Eu não entendo você! – falo cruzando meus braços desviando o olhar dele para a porta ao meu lado.

— Nenhum problema.

— Não parece. – volto a olhar para ele. — Você não gosta que eu tenha relações com o Cris?

— Eu odeio pensar nisso, e odeio mais ainda em saber que ele sabe disso e mesmo assim transou com você. – Marcos cruza os braços com o semblante impaciente com a conversa.

— E agora você vai dar chilique com quem eu deixo ou não me tocar? – me aproximo dele.

— Não... Não vou. – o meu professor desvia a atenção de mim para o nada.

— Então esta tudo ok, isso não é um problema seu.

— Você pode transar, foder, dar, chame como quiser, poder fazer isso com qualquer pessoa menos com ele. – Marcos me olha sério.

— Por quê?

— Diga para ela Marcos, ou você também vai enrolar ela? – nos dois olhamos para trás dele.

Cris passa em direção da cozinha.

— O que você tem que me dizer?

— Não é nada. Vá dormir! – o professor sai de frente a porta do banheiro.

— Se você não fala o Cris vai dizer. – passo pelo professor Marcos e caminho com passos firmes determinada a entender o que esta acontecendo.

— Quer um lanchinho? – Cris pergunta ao me olha.

— Não, o que você estava dizendo?

— O Marcos não disse? – Cris ri ao me vê negar com a cabeça. — Brigamos quando eu propôs te levar a um de nossos eventos.

— Que evento?

— Isso não é importante, durante essa discussão o Marcos deixou bem óbvio que sente muito mais do que apenas tesão por você. – Cris sorri triste enquanto volta a preparar o sanduíche.

— Isso não é bom. – me sinto constrangida.

O que esta acontecendo é minha culpa, afinal se eu tivesse parado de flertar com o Marcos assim que vim pela primeira vez aqui nada disso aconteceria.

— Isso é, afinal eu e ele não temos nada. – falou o Cris. — Tem certeza que não quer um sanduíche?

— Tenho. Obrigada Cris por me esclarecer essa situação, vou dormir.

— Tudo bem, boa noite.

Quase sai correndo da cozinha para o andar de cima, caminhei até a porta do quarto em que o Marcos deve esta entretanto desisto e volto para o que eu estava inicialmente.

Professor de Inglês / ImagineWhere stories live. Discover now