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Já tava virando rotina.
Eu,Mônica e Luke,discutindo simplesmente por que eu não queria trocar minha noite de estudos pra ir numa balada. Sério,parece clichê. Mas meus pais ralaram muito pra conseguirem pagar meus estudos,e se hoje tenho "o bem bom" é graças ao suor deles,e chegou a hora de eu retribuir o esforço me esforçando o dobro né?.
Infelizmente,Luke e Mônica acham que eu estou viciada em trabalho e estudo,um puta exagero na minha humilde opinião,minha última folga foi esses dias...acho que foi até no natal do ano retrasado.

—É sério Bruna. Você levanta essa sua bunda gorda e vai se arrumar.—

—Querida eu sou interna de cirurgia,minha bunda não é gorda, é gostosa—olhei pra ela maliciosa—Se quiser pegar,você pode—
Ela revirou os olhos e jogou um conjunto de roupa na minha cara,me fez algumas ameaças mais eu nem liguei.
Mais não vou desafiar também ne? A bixa tem um monte de tipo de luta,e eu não sei nem segurar um bisturi sem tremer.

Me arrumei e fiquei linda pra alegria de uns e para tristeza de outros.
Fomos pra balada e até que eu estava um pouco animada. Mônica fazia seu discurso de como o cara que ela estava saindo era um babaca que já pegou na bunda dela de cara,mas eu e Luke nem ligamos,nenhum cara agrada ela.

Começamos com as boas e tradicionais doses de tequila pra cada,e Lucas já veio todo sorridente puxando papo com a gente. E quando falo com a gente,quero dizer com o Luke. Cara,quem diria que Lucas seria tão descarado dando em cima de Luke? Infelizmente o querido do meu melhor amigo era mais hétero que os incas e os maias,nem prestou atenção no coitado do Lucas.

Hoje eu estava pro crime. É,eu sei que eu nem queria ir pra começo de conversa,mais quem está na chuva é pra se molhar né?.
Dançava coladinha com Mônica,desciamos até o chão juntas e viravamos doses de tequila como se fosse água,o que com certeza não faria bem amanhã.

Enquanto ela dançava de costas pra mim,senti duas mãos pela lateral do meu corpo,eu ia me virar pronta pá dar um soco bem dado. Porém minhas mãos estavam coladas no meu corpo pela força que a pessoa estava usando. Senti seu corpo se chocar com o meu e a respiração quente no meu pescoço me fez arrepiar. Pisquei algumas vezes nervosa e minha barriga estava gelada. Mônica já havia sumido do meu campo de visão,era uma cachorra sem consideração quando esta bêbada,só quer saber de sexo e muita cachaça.
Quando tentei me virar novamente pra ver o rosto do ser humano que não me soltava de jeito nenhum,porém só fui apertada com mais força. Sua respiração foi chegando perto da minha orelha,e a voz rouca e safada sussurou em meu ouvido:
—Calminha Doutora,por que senhor se esfregar ainda mais em mim eu não me responsabilizo.—
Abri meio sorriso ao reconhecer a voz da paciente do 1612,mais fechei rapidamente ainda tentando me soltar do aperto dela,até que ela finalmente cedeu. Me virei com toda a minha postura  que se desmanchou quando peguei seus lábios se mordendo enquanto olhava pro meu decote.
—Se liga ta Duarte. Quem gosta de mulher é a Mônica,não eu. Por que não vai atrás dela?—Ela ia dizer algo. Mais eu me retirei dali indo pro banheiro. Entrei na cabine de forma desesperada. Respirei fundo tentando controlar minha respiração descompassada. Coloquei a mão entre os seios e tirei de lá um saquinho de pó,mais do que rápido,quando eu vi já tinha mandando duas carreiras pra dentro. Passei alguns instantes ainda me recompondo,mas decidi que não ia ficar em desespero por ela. Sai do banheiro e fui direto pro bar pedindo mais algumas doses.
—Nunca te vi beber tanto—disse Lucas se sentando ao meu lado e eu estranhei.—Acabei meu expediente mais cedo pra aproveitar a festa.—

—Só tô com vontade de beber hoje ué.—dei de ombros enquanto virava a quarta dose.

Passamos o resto da noite conversando e bebendo. Nunca tinha reparado como ele era engraçado,na verdade eu me xinguei quando reparei isso. Com os engraçado é sempre um dilema, você começa rindo,depois tá na cama dele com ele te xingando de vagabunda,é quase uma feitiçaria.

E se eu falar pra vocês,que eu mal me lembro do final da noite,vão acreditar? Pois é. A última coisa que me lembro é de estamos indo embora e Lucas me oferecendo carona pra casa da Mônica,não que eu estivesse muito em condições de explicar a casa dela né,mais ele de um jeito e eu só sei que deu certo.
Mais foi aí que as parada começou a dar errado. Quando ele veio me dar um beijo na bochecha pra se despedir de mim,eu sem querer virei e acabou acontecendo um selinho. Ele me olhava assustado,e eu pus a mão na boca pelo espanto. Ficamos alguns minutos nos olhando quando caímos na gargalhada,foi só um selinho acidental. Qual o problema nisso?
O problema foi quando a risada parou e o álcool subiu. A curiosidade bateu e a falta de vergonha na cara tomou o controle. Ele pôs a mão na minha perna e me olhou nos olhos,e logo depois pra minha boca,eu sorri de lado agarrei a gola da camiseta dele e o beijei. Ele sorriu,ajeitou o banco dele e me puxou pro seu colo,o que fez meu vestido subir-alias não foi só o meu vestido que subiu naquele momento né.
As mãos dele desceram pelas minhas costas e pararam na minha cintura me apertando contra ele,me fazendo soltar um leve gemido contra a boca dele,o mesmo pareceu gostar da reação que causou,pois desceu as mãos pela minha coxa procurando permissão pra subir outra vez,que foi concedida após eu rebolar de leve em cima do volume do meio das minhas pernas. Suas mãos subiram sem pressa pelas minhas coxas,pareciam querer memorizar cada parte do meu corpo. Até que pararam quando chegaram em minha bunda,acariciando a barra da calcinha.
O beijo se sessou pela falta de ar,nos olhavamos ofegantes e novamente caímos na gargalhada.
—Acho melhor eu ir..—murmurei assim que parei de rir e ele assentiu finalmente conseguindo respirar também.
Deixei um beijo e uma leve mordida em seus lábios como forma de despedida. Ele sorriu e ficou me observando sair do carro e entrar escondida na casa dos Lemes.
Encontrei Luke novamente jogado no chão e Mônica novamente semi nua na cama,só que cheia de marcas de chupões pelo corpo,eu ri e me joguei na cama,deixando o álcool me dominar e me dar sono.

Cartas Para Uma Traficante Where stories live. Discover now