Capítulo 23 - último

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Dul: Estou tentando parar de pensar nele. Relacionamentos a distância não funcionam. — Sam riu.

Sam: O Blake está na Europa. Ele vai ficar fora por duas semanas.

Dul: Você é casada, é diferente. — O ar na sala ficou pesado, e a atenção se voltou de Eliza para mim.

Judy: Você não vai saber se o Chris é um cara para casar se não passarem mais tempo juntos.

Só que eu sabia que ele era o cara perfeito para casar. O amava, mas tinha medo de dizer a ele. Infelizmente, estava no grupo de mulheres que queriam ouvir essas palavras primeiro. Talvez então acreditasse que poderíamos ter um relacionamento a distância... ou fazer um arranjo diferente. Gabi apertou minha mão:

Gabi: Desde que nos conhecemos, você me deu muitos conselhos que eu precisava ouvir, então vou lhe dar um também. O meu irmão te ama. E você também o ama. — bufei, tentando negar. As mulheres na sala balançaram a cabeça e reviraram os olhos. — Nada mais importa.

Dul: Você importa. O meu trabalho importa. — O sorriso triste de Gabi me fez parar.

Gabi: Eu estou bem, Dul. Agradeço sua disposição de me ajudar, mas como você acha que eu me sentiria sabendo que destruí sua chance de viver o amor? — Ah, Deus... Ela estava certa.

Sam: Quanto ao trabalho, a Eliza conseguiu captar clientes e ajudou a gerenciar a empresa morando em Sacramento. A Gwen continua buscando clientes quando estamos na Europa e nos eventos sociais — Sam observou. Karen tomou um gole de seu ponche com álcool.

Karen: Eu fiz contatos por telefone e ajudei com os clientes durante o tempo todo que você esteve na Flórida.

Sam: A questão — Sam falou — é que a Alliance pode ter a sede aqui, mas estamos em todos os lugares. Um segundo escritório em Keys me parece ótimo. Eu adoro aquela parte do país. — Judy cutucou meu braço.

Judy: Então, você tem outra desculpa, ou posso começar a ligar para as companhias aéreas? — Meus dedos formigaram, e meu coração bateu algumas vezes no peito.

Dul: E-eu preciso fazer as malas.

Gwen: Na verdade, não. Só lingerie, talvez.

Eliza: E camisinha... a menos que você queira isso. — Eliza deu um tapinha na barriga. Me levantei, cercada de dúvidas.

Dul: E se for um erro?

Judy: E se não for? Você nunca vai saber se não tentar. Desde quando você é covarde? — O tom desafiador de Judy fez eu me mexer. Vinte minutos depois, o motorista de Eliza jogava a mala na parte de trás da limusine, e me despedia das amigas com um forte abraço.

P.O.V. Narradora

Gabi viu Dul ir embora e foi a última a voltar para dentro da casa. Suas novas amigas se reuniram para comer bolo e ajudar Eliza a arrumar os presentes. Elas se divertiram, compartilharam histórias e aconselharam Gabi acerca do bairro. O mais importante era que, nas últimas horas, ela não havia pensado em Alonzo nem uma vez. Estavam arrumando a cozinha quando uma batida soou na porta da frente. Gabi ouviu a porta se abrir e alguém falar:

Judy: Ah, meu Deus.

Ucker: Desculpe interromper. — Gabi largou o copo ensaboado e pegou um pano de prato. Virou no corredor e sorriu.

Gabi: Chris! — Ela abraçou o irmão, os movimentos dificultados pelo buquê de rosas que ele segurava.

Ucker: Você está linda, tesoro. — Ele beijou suas bochechas.

Gabi: O que você está fazendo aqui? — Como se ela não soubesse. Ele olhou por cima da cabeça da irmã e franziu a testa.

Ucker: Procurando a Dulce. — Judy começou a rir primeiro, depois o som se espalhou até a sala se encher de gargalhadas. Elas riram ainda mais. Sam olhou pela janela da frente.

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