Capítulo 8

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Simona: Chega! — Algumas pessoas podiam saber o que era ter o peso do mundo nas costas, mas nunca o sentira antes. A determinação na voz da sra. Uckermann, suas palavras e a angústia que pairava no rosto de Gabi me fizeram me contorcer. — Amanhã você vem me encontrar aqui, na cozinha do Chris. Vou ensinar a você. — comecei a balançar a cabeça. A senhora estreitou os olhos e acenou com a mão no ar. — Jimmy! — Jim Lewis acenou com a cabeça e se moveu em direção a nós, com Chris ao lado. Quando estavam do lado da sra. Uckermann, ela relaxou em sua cadeira e lhes ofereceu um sorriso casual.

Jim: Sim, senhora?

Simona: Você vai cantar hoje à noite, certo?

Jim: O Chris me perguntou se eu gostaria.

Simona: Você vai cantar algo com a srta. Saviñon. 

Minha boca se abriu:

Simona: Você disse que canta.

Dul: Mas...

Simona: Você vai cantar com o sr. Lewis e amanhã vai voltar aqui para eu te ensinar a fazer um prato.

Ucker: Mamma, se a Dulce Maria não quiser... — Ergui a mão.

Dul: Shhh, Uckermann. — A oportunidade de cantar com Jim Lewis era simplesmente maravilhosa demais para deixar passar. Só que queria uma pequena mudança no contrato. — Mas com uma condição. — Todos os olhares estavam pregados em mim. — Vamos gravar nossa apresentação. — Jim ergueu a sobrancelha. — Só entre nós. Se formos ruins, você fica com o vídeo. Se não, fico com ele para mostrar aos meus netos.

Jim: Você não quer dizer nossos netos? — Jim perguntou, rindo. Chris revirou os olhos, Gabi riu e a sra. Uckermann esperou. — Temos um acordo?

P.O.V. Ucker

Quem era aquela mulher que tomara o corpo de Dulce Maria? A mulher divertida que estava rindo e flertando não se parecia em nada com a pessoa que havia pintado quando li o primeiro e-mail dela, pedindo para ir para a ilha. Minha mãe e irmã foram arrebatadas antes do término do almoço. Além disso, havia Jim. Se o homem não tivesse trinta anos a mais que Dulce Maria, eu poderia ficar preocupado.

O sol estava brilhando após o meio-dia, e a maioria dos hóspedes havia ido embora quando senti o celular vibrar. Carol sabia que não deveria perturbar durante a tarde. Não que alguma vez já tivesse me sentido realmente de folga. Ser dono de um resort sempre foi um trabalho em tempo integral. Chequei o identificador de chamadas e pedi licença para atender a ligação.

Carol: Desculpe incomodá-lo, sr. Uckermann.

Ucker: Meu palpite é que você teria evitado se pudesse. O que aconteceu?

Carol: Temos um pequeno problema. — instantaneamente pensei nas fotos que vira em meu e-mail nos últimos dois dias e prendi a respiração.

Ucker: O que houve?

Carol: Parece que o sr. Wolfe está solicitando que um convidado se junte a ele e à srta. Saviñon.

Ucker: Solicitando? — Carol limpou a garganta.

Carol: Ele está vindo de Key West com um tal Ryder Gerard. Eles estão a caminho agora. O capitão Stephan está aguardando suas ordens. — Havia momentos em que seus hóspedes faziam adições "inesperadas" ao grupo. E, sim, vários deles arrumavam um acompanhante em Key West. Mas Michael Wolfe? E com as fotos que estavam aparecendo diariamente em minha caixa de e-mail? Desviei o olhar para Dulce Maria e a ouvi rir de algo que Jim estava dizendo. O que ela sabia sobre esse Ryder Gerard? Como ela podia ter almoçado comigo e com minha família e não ter contado nada sobre esse novo hóspede?

Te Vi VenirWhere stories live. Discover now