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Giulie Cameron.

•| No mesmo dia a tarde...

A traidora já chegou. Ela veio com um dos meninos que trabalham na empresa,ela disse que eles só eram amigos,mas eles pareciam bem próximos. Bem mesmo.

Não acredito que ela deixou de vim comigo,só pra vim com ele. Fui trocando por homem. Que situação.

Está na hora do almoço.

Estão todos sentados na mesa almoçando,menos Sebastian. Falando nele,onde ele está? Não vejo ele desde manhã.

Gabi está sentada do meu lado,mas ela só tá conversando com o "amigo" dela.

Eu nem sabia que ela tava se envolvendo com alguém.

— O Gabriella — a chamo — Você vai dormir no mesmo quarto que eu né? — pergunto.

— Desculpa amiga,mas eu vou dormir no mesmo quarto que o Tom,ele me chamou primeiro — diz.

— Você tá brincando né? — pergunto brava — eu nem ia vim,eu só vim por que você me implorou,e quando chega aqui nem fala comigo direito,só fica atrás desse menino ae.

— Não é pra tanto Giulie — ela diz.

— Que sabe — digo levantando do meu lugar — Pode ficar com ele ae,finge que eu não estou aqui.

Assim que digo me viro para andar,só que eu esbarro em alguém. Merda.

— Eh... estresadinha,olha pra onde anda. — Sebastian diz.

— Desculpa Sebastian eu não vi você aí. — Digo ainda nervosa.

Ele não diz nada,apenas da um sorriso sem mostrar os dentes.

Saio de lá ainda brava,vou em direção ao campo. Lá tem umas árvores,e bom que fico sentada debaixo dela.

Chego e sento perto da árvore,encostando minhas costas no tronco.

Sei que vocês devem está pensando que eu estou brava atoa,que ela só está curtindo com o seu ficante. Mas não é bem assim.

Ontem de manhã eu tava decidida a não vim para esse sítio,eu disse que ia ficar em casa descansando,por quê estava muito carreganda.

Mas quando disse pra ela que não ia vim,ela surtou. Falou que não conseguiria vim pra cá sem mim,que não ia ter ninguém pra ela passa o dia colada. Disse que tínhamos que ter mais memórias juntas,sem ser a do trabalho.

Mas agora ela está me ignorando totalmente. Des da hora que ela chegou não falou direito comigo.

Quando ela chegou,fui correndo abraçar ela,mas assim que eu ia abraçá-la,ela se afatou e disse "não me abraça,ele vai achar que sou carente". E então o tom saio de dentro do carro. Ele pegou na mão dela e saio andando,e ela não disse nada.

Tentei puxar assunto com ela várias vezes,mas ela me ignorava ou falava pra eu esperar,porque ela estava conversando com o tom. E isso me deixou muito magoanda.

Eu nem queria vim,só vim porque ela implorou,e agora ela fica me ignorando só por conta daquele moleque.

Talvez pra você seja um motivo bobo,mas pra mim não. Pra mim que tem problemas com abandono e difícil.

Meu pai morreu em um acidente de avião quando eu ainda tinha onze anos. Depois da sua morte minha família foi se dividindo.

Meu irmão mais velho foi morar em outro país,para conseguir realizar seu sonho,depois de um tempo,perdemos contato. Eu sinto muita falta dele.

O nome dele é Gael,e hoje em dia ele tem seus vinte e oito anos.

Já minha mãe virou uma viciada. Por isso fuji do Brasil.

Minha mãe e viciada em drogas de todo tipo. De um tempo pra cá,ela ficou mais viciada e as vezes ela descontava em mim. Ela me batia direto,sem eu fazer absolutamente nada.

Não era um bater fraco,qualquer coisa que ela via pela frente,ela tacava em mim. Teve uma vez que ela chegou em casa tão drogada,mais tão drogada,que ela enfio uma faca na boca do meu estômago.

O pior é que não tinha ninguém pra me ajudar,eu tive que me virar para ir pro hospital. Passei dias internada,e ela nem foi me visitar,pra ver se eu estava bem.

Depois daquilo,só esperei ficar bem de novo e vim morar na italia,eu trabalhava,então eu juntava dinheiro. Com o dinheiro que eu juntei eu vim,comprei um apartamento e arrumei um trabalho.

Desde aí comecei uma nova vida.

Eu sinto tanta falta da minha família reunida. Sinto tanta falto do meu pai,ele era tão bom pra mim,me tratava com tanto amor e carinho.

Sem perceber,lágrimas escorrem dos meus olhos descontroladamente. Limpo,mais não adianta muita coisa,pois logo caem mais em seguida.

Merda.

Me encosto mais na árvore. Abraço meus próprios joelho e em seguida deposito minha cabeça neles.

Então choro,choro,choro. Até não aguentar mais.

Tem anos que estou segurando esse choro,dizendo pra mim mesma que sou forte,que não posso chorar por isso. Mas as vezes a dor é mais forte.

O vasio que sinto em mim é tão grande.

— Giulie?

A Obsessão do CEO - Sebastian Collins Onde histórias criam vida. Descubra agora