CAP. 26

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Enquanto Jungkook dirigia, transmitia tranquilidade; parecia flutuar em um céu azul enquanto o sorriso rasgava seus lábios finos e macios, como se ele não conseguisse esconder a alegria que o preenchia

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Enquanto Jungkook dirigia, transmitia tranquilidade; parecia flutuar em um céu azul enquanto o sorriso rasgava seus lábios finos e macios, como se ele não conseguisse esconder a alegria que o preenchia. Eu, por outro lado, enquanto o olhava, tinha os pensamentos em outro mundo, lembrando do que eu conversei com Min-gyu. Amar é algo lindo, Jimin. Devemos nos orgulhar de amar alguém de forma tão sincera. E o fato de conseguirmos admitir, torna o sentimento ainda mais forte.

Apoiei o cotovelo no braço da porta e o queixo em minha mão, suspirando de forma profunda e atordoada. Que eu estava caidinho por Jungkook, era verdade. O sentimento era tão forte a ponto de eu amá-lo, como Min-gyu disse?

— O que passa pela sua cabeça? — por não termos conversado por quase uma hora, dado o tráfego intenso, a música no rádio e a minha timidez, já que Jungkook dirigia rumo à minha casa para que eu pegasse meus pertences, a voz do advogado estava arranhada e grave, sua voz parecia tão perto de mim que era como se ele estivesse sussurrando palavras sujas em meu ouvido, o que me trouxe calafrios dos pés à cabeça.

Diante de sua fala, respirei fundo e contorci os lábios, de forma a mudar o lado para o qual eu olhava, tornando a encarar o lado de fora. Jungkook deu uma risadinha, dando-se por vencido e, assim que o semáforo avermelhou, freou lentamente o carro. Meus dedos, que antes batucavam uma melodia bagunçada em minha coxa, porque era assim que Jungkook me deixava, logo tinham a mão de Jeon os sobrepondo. Assustado, olhei-o.

— Você está inquieto, o que houve? — indagou.

Com o congestionamento, era inevitável que eu não o desse uma resposta pois não havia para onde eu correr. Só que eu também não poderia dizer que estava pensando na hipótese de amá-lo. Então, mordi o lábio inferior e murmurei um "não aconteceu nada".

Jungkook, após dar um sorriso sem mostrar os dentes, aproximou seu rosto do meu, encarando-me como se desvendasse um mapa para o tesouro mais valioso; olhos quentes, ansiosos. Pouco a pouco, seus lábios se aproximavam dos meus. De forma tão lenta que eu fechei meus olhos na mesma velocidade, podendo sentir o momento de uma forma que nunca senti antes. Ao que seus lábios tocaram os meus, uma onda de choque eletrizou-me. O frio na barriga apareceu e, por um momento, eu não sabia o que fazer. Porque parei de movimentar meus lábios, Jungkook, segurou meu queixo e me olhou, de maneira terna, antes de me dar um selinho demorado. No meio do nosso momento, deixei escapar um sorriso, que fez com que o advogado também sorrisse, mesmo que eu ainda estivesse com os olhos fechados. E porque senti que ele sorriu, puxei-o pela gravata e tomei coragem para olhá-lo, curioso, com sua reação: Jungkook também tinha aberto os olhos, mas, ao invés de me olhar curioso como eu o olhava, ele me olhava como se estivesse hipnotizado e totalmente entregue a mim.

Devido à isso, puxei-o só mais um pouquinho, de forma que seu braço esquerdo, que antes estava apoiando ao volante, agora se encontrava em cima de minha coxa, carinhosamente a apertando. Seus dedos, entranhados em meus fios, os acariciavam me dando espasmos à medida em que o beijo tornava-se mais necessitado. Nem Jungkook e nem eu estávamos nos importando se alguém poderia ver o que fazíamos, e, o fato de as janelas serem extremamente escuras e não poder ver com clareza o que acontecia dentro do carro, me deu a coragem que eu precisava para tirar o cinto, ainda enquanto o beijava, para que eu, com cuidado, passasse para o outro banco e sentasse em seu colo.

𝗔 𝗟𝗲𝗶 𝗱𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿Where stories live. Discover now