S-SOLTE! — vociferou com dificuldade, voltando a tentar arrancar as correntes da parede como fez outra vez, falhando miseravelmente. Percebendo, somente então, a grossura dos equipamentos e o material novo usado.

— Como estão os outros dois? — Lee questionou ao genro, que sorria em direção ao experimento, se sentindo melhor após conseguir capturá-lo de volta.

— Kim não fala uma palavra, a não ser perguntar sobre eles. Jimin ainda tenta resistir pateticamente. Perdi a conta de quantas vezes ele xingou toda a geração da minha família — riu, achando o cara uma figura. — Sério, ele tem uma coragem estupenda!

— Para serem viados, todos os três tem. — Cuspiu palavras rudes, voltando a encarar o Alpha. — Eu disse que se Kim contribuísse, não matariamos o inútil. Poderíamos injetar nele alguma de suas novas pesquisas. Soube que está sem voluntários.

— O outro país está de olho em nós. Não moveria um dedo sabendo que estamos sendo vigiados. Não quero perder o maior dos nossos aliados, deve imaginar como é — respirou fundo e estufou o peito, voltando a ficar sério. — Pode fazer o que bem pretende com ele. Sei que o senhor sempre quis participar da operação. Tem a minha permissão para liderar uma.

— Muito obrigado, senhor. — Curvou-se, sorrindo em gratidão pelo genro.

— Mas lembre-se: não faça nada que interfira em nossa negociação com o Kim. Ainda preciso daquele cara trabalhando para mim.

— Sim senhor. — Após dizer, saiu da sala e penetrou os corredores frios e sem cor, seguindo rumo à sala onde Taehyung estava sendo mantido preso, sendo oferecido negociações ou torturas até o que ele se rendesse. — Como estamos aqui? — perguntou ao adentrar o cômodo, observando Taehyung gritar do outro lado ao levar uma voltagem moderada de eletricidade para chocar o corpo humano ao ponto que não o machucasse tanto.

— Nada ainda, senhor — respondeu um de seus subordinados. — O Kim ainda continua perguntando sobre o Alpha e Park.

— Bom, podemos dar a ele uma visita de quem ele tanto almeja — sorriu sádico, experiente sobre as piores torturas às pessoas que se submetem à emoções demais, como no caso de Taehyung. Podia se perceber que não era um amor normal, afinal, nada disto teria sentido se os trio não contivessem sentimentos mais profundos e intensos. — Tragam o Park.

— Sim senhor.

Taehyung bufou ao ver Lee ultrapassar a porta, de olho em si. Continuou com a respiração rápida, estendendo os dedos e sentindo seus músculos rígidos, derrubando lágrimas ao ter alguns pontos torcidos que continuavam doloridos.

— Eu sempre lhe proponho caminhos melhores, Kim. No entanto, você continua resistindo e me obrigando a forçar as coisas... — manipulou com uma voz doce, dando à volta na cadeira elétrica e parando para observar o antigo quadro de pesquisas do preso. Ao pegar uma folha com anotações, sorriu orgulhoso. — Às vezes, nossas próprias habilidades podem ser o nosso infortúnio. Eu sei disso. Também fui um garoto destaque quando mais novo. Era ótimo nas notas, na obediência, na socialização... contudo, de longe, nos esportes. Não é atoa que fui para o exército na intenção de me estabelecer ali e crescer. Eu consegui.

— Mphm! — Taehyung tentou falar enquanto se remexia, com os olhos transbordando ódio sobre o outro.

— No entanto, quando vi uma guerra real acontecendo, fui submetido a coisas inimagináveis! Vi amigos e parceiros morrerem. Alguns tiveram a sorte de terem uma morte rápida, já outros... — Cessou suas palavras, com a intenção de não continuar a delongar muito sobre suas memórias traumatizantes. — Inclusive, fui ferido em uma das operações. Sobretudo, o pior foi perder o direito de estar na área ativa, pilotando aviões e bombardeando áreas inimigas, espreitando através das nuvens... Ainda assim, me contive e tentei crescer atrás das telas, na base onde toda a elaboração acontece e as grandes cabeças se mantém escondidas, enquanto seus peões lutam sob suas ordens, arriscando suas jovens vidas. Foi ali que percebi, Taehyung, que nunca há limite para o poder e a frieza humana. Foi onde me encontrei definitivamente e permaneço até agora, mesmo após minha aposentadoria.

Sorriu e se virou para sentar-se em uma das cadeiras disponibilizadas do outro lado da sala, sentindo o par de orbes negras sobre si, continuando a lhe encarar com pavor e raiva.

— Você tem que aprender que sacrifícios sempre serão feitos para um bem maior. E está tudo bem arriscar algumas vidas pelo que você almeja. — Ao terminar, a porta foi aberta. Dois militares bem armados traziam Jimin carregado, que mal tinha forças para se manter em pé.

Taehyung se agitou, começando a gritar abafado ao ver o amado sendo jogado no chão com as mãos presas atrás de suas costas.

— Eu disse que poderíamos ter resolvido isso de um jeito mais fácil. — Olhou para o preso através de seus cílios pesados, inclinando a cabeça para baixo e pisando no crânio que insistia em se levantar para entender o que estava acontecendo. Park gemeu, ficando desesperado ao encontrar Taehyung naquele estado, com tantas queimaduras pelo corpo.

— TAEHYUNG!

— Tirem a mordaça dele — ordenou o comandante, vendo os demais libertarem a boca do Kim que começou a respirar forte e gritar enquanto se sacudia. — Não abuse da liberdade. Ainda podemos te queimar vivo, se quisermos.

— V-Vocês não farão isso, m-mesmo se quisessem! — Ele riu, quase perdendo o controle. — Não poderão fazer isso!!

— Como tem tanta certeza? — Tentou não demonstrar fraqueza, observando o outro olhar bem em seus olhos antes de sorrir.

— N-Não teriam feito isso tudo e me mantido vivo para nada, não é mesmo? — ameaçou, deixando o outro sem palavras. — Você mesmo deixou claro que precisam de mim! Somente eu — enfatizou. — consegui sucesso com a mutação biológica! Sem mim, nunca mais terão outro como Jungkook.

— Você tem razão, Kim. Mas, seguindo sua lógica, não precisamos deste aqui. — Tirou a arma de seu cinto e apontou para a cabeça de Jimin, calando o mencionado por si e encerrando com o seu breve momento de poder. — Lembre-se de que está em desvantagem aqui, Kim Taehyung. Ainda tenho um dos seus amigos sob minhas mãos. Sou eu quem decidirá se ele irá viver ou não.

— ME MATA LOGO SEU VELHO DESGRAÇADO! — xingou, gemendo ao ter a cabeça mais pressionada no chão. Taehyung voltou a se mexer, enfurecido.

— Você tem coragem, seu pedaço de merda... — murmurou perto do ouvido dele após se agachar, continuando a pisar no crânio, ignorando seus gemidos de dor. — Você já tem opções, Kim. Basta escolhê-las.

Não foi preciso mais um aviso antes que o mencionado cedesse, não tirando os olhos temerosos sobre Jimin. Suas orbes tremiam, assim como o seu corpo. Segurava suas lágrimas, querendo se manter forte para se agarrar na esperança de que o teria vivo. Lutaria para proteger ele, assim como protegerá Jungkook.

Falhou uma vez, não falhará novamente.

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Oh! E agora, quem poderá nos socorrer?! :(:

Kkkkkk, brincadeiras a parte, eles realmente estão encrencados.

As atualizações ocorrem aos finais de semana, porém aproveitei meu dia de folga para estar postando o capítulo, afinal, sem contar com esse, faltam apenas mais dois para eu poder concluir a fanfic! Bom e ruim ao mesmo tempo, não é? Enfim, ainda há muita coisa para surpreender vocês nos próximos capítulos. Espero que aguardem ansiosamente!

Me sigam: SoloLunarC

Até amanhã! Se cuidem!

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