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Chegando no cais vejo algumas embarcações atracadas e nada do maresia, bufo insatisfeita, Héctor evaporou.

Vejo alguns homens enrolando redes de pesca me aproximo e peço informação sobre o maresia, um deles me disse que viu ele a quinze dias atrás atracou e logo partiu novamente.

— Que pena - digo e volto a caminhar.

O homem começa gritar me chamando.

— Senhora ! Senhora - me viro

E ele acena para o mar, eu não acredito no que estou vendo, é ele o maresia está se aproximando, sorrio satisfeita e aguardo no cais.

Os homens descem do navio descarregam algumas caixas eu observo até que Jason me vê parada ali.

— Sofie ? - ele parece surpreso

— Oi Jason, onde ele está ? - pergunto

— Na cabine, vá até lá - pede eu confirmo com a cabeça e subo a rampa para dentro do navio.

Antes de chegar na cabine vejo Dexter seu cachorro ele me reconhece e corre em minha direção, eu inclino o corpo e faço carinho em sua cabeça.

— Oi garotão, eu também senti sua falta - digo de forma amável.

— O que está fazendo aqui - a sua voz rouca me faz estremecer me levanto e agora eu o encaro, está em pé bem a minha frente.

Deixou sua barba crescer novamente e seu olhar está frio, há como eu senti falta desse homem a minha vontade é de agarra-ló.

— Eu... eu preciso falar com você é urgente - digo, olho para o lado e vejo um balde com alguns peixes o cheiro me dá aversão e sinto um pouco de náuseas, faço uma careta e continuo — Só que em outro lugar este cheiro de peixe está me dando ânsia - digo

— Desde quando sente ânsia com peixes ? - Héctor parece surpreso.

— Por favor vamos a sua cabine é sobre Alicinha - Héctor arregala os olhos e me dá passagem para que eu vá até a cabine.

Tudo está igual da última vez que estive na cabine.

Héctor encosta sobre a escrivaninha e me aguarda dizer alguma coisa.

— Pegue - estendo a mão e Héctor pega o papel confuso, ele abre e agora olha para mim.

— o que é isso ?

— Onde Alicinha está, vá buscá-la, Katarina a colocará em um orfanato, Dalton seu atual marido não se importará se for busca-la - digo Héctor se levanta surpreso.

— Como soube disso ?

— Não importa agora, vá busca-la - digo

Ele me olha parece procurar algo em meus olhos e agora olha minhas mãos.

— Continua usando o anel que te dei - diz, eu olho para minha mão ele tem razão nunca tive coragem de tirar.

— Quer que eu devolva - digo baixinho enquanto brinco com o anel no dedo.

— Não, não quero o anel de volta - diz

— Eu preciso ir - digo e me viro para abrir a porta da cabine.

Héctor me surpreende segurando a porta com o abraço para que eu não vá.

Eu me viro e o encaro, sinto sua respiração próxima ao meu rosto.

— Eu quero você - Héctor diz com a voz rouca enquanto me perco em seus olhos negros.

Sinto seus lábios encostarem ao meu e suas mãos pousarem sobre minha cintura, desfaço o beijo e começo a lhe dar vários tapas no seu peito enquanto minhas lágrimas caem.

— Porque fez isso, porque sumiu de nossas vidas, eu e seus pais estávamos te esperando - digo chorando, Héctor me olha firme mas não solta a minha cintura recebe os tapas calado eu continuo a esbravejar — Eu te esperei Héctor todos os dias, todos os dias - digo

Héctor me abraça forte.

— Shiii... não chore, me desculpe eu fui um covarde - eu apoio minha cabeça sobre seu peito enquanto recebo seu carinho sobre meus cabelos — Eu te amo Sofie, perdi você e minha filha eu não suportaria voltar para onde eu tive tudo e perdi tudo - diz

— Seus pais Héctor e seus pais ?

— Eu sei... eu errei - admite.

Ele segura firme meu rosto e me beija agora com necessidade sinto sua língua percorrer sobre a minha e me entrego ao beijo, eu queria mais que tudo seu beijo, eu o amo e estava morrendo de saudades.

Héctor parece desesperado me beija com desejo enquanto sinto suas mãos percorrerem pelo meu corpo com necessidade, apoio minha mão sobre seu peito e gemo com satisfação.

Héctor morde meu lábio inferior e deliro com seu beijo, ele arranca meu vestido e fico nos seus braços apenas de roupas íntimas, de olhos fechados quero que ele me satisfaça ali mesmo na sua cabine na sua cama, mas percebo que ele para com as carícias, abro os olhos sem entender.

Héctor da um passo para atrás e me olha atento, seus olhos paralisam sobre minha barriga, é automático aliso minha barriga e sorrio ladino, Héctor se ajoelha logo a minha frente e segura firme meu quadril.

— Você está grávida, um filho meu ! - diz extasiado enquanto continua olhar minha barriga.

— Sim Héctor estou esperando um bebê - digo baixo

Héctor abraça forte minha barriga e a beija por diversas vezes.

— Eu não posso acreditar eu serei pai novamente, eu quase perdi isso - vejo se maltratar com suas palavras, eu seguro seus ombros e peço que se levante.

Em pé na minha frente eu seguro firme seu rosto e acaricio seu rosto.

— Vamos ter um bebê meu amor, não se torture mais... - digo ele fecha os olhos e volta a abrir seus olhos estão marejados, ele volta a me abraçar forte.

E voltamos a nos beijar, fazemos amor ali mesmo na sua cama na cabine, Héctor está tão necessitado quanto eu, parece ter um pouco de medo pelo bebê, mas digo a ele que não se preocupe, sentir ser amada por ele era a melhor coisa.

RaposaWhere stories live. Discover now