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Héctor iria retornar hoje para o mar com o maresia seu navio, mas com tudo que aconteceu, desistiu, resolveu dar um tempo em terras firmes, ele não sabe o que está por vim, ele parece apavorado mesmo que disfarce mas eu sei eu sinto.

Ele anda de um lado ao outro, hoje Katarina vem ver a filha como prometeu.

Da janela da sala vejo no horizonte uma carruagem pela estrada, acredito que seja ela. Héctor e eu vamos para a casa de seus pais aguardá-la.

Alicinha está animada e curiosa.

— Agora tenho duas mães - ela diz e me abraça eu retribuo sorrindo, ela não tem culpa nenhuma.

Logo batem à porta a senhora Tuner quem a recebe, a mulher tenta ser íntima mas a senhora Tuner está séria.

Alicinha fica ao lado do seu pai tímida, a mulher entra e logo abre os braços com um sorriso largo, Alicinha vai de encontro e as duas se abraçam, Katarina a beija por diversas vezes e chora emocionada, Héctor não consegue ver a cena e sai nos deixando a sós na sala, seu pai e sua mãe observa calados.

— Eu senti tanto a sua falta - ela insisti em dizer para Alicinha que apenas sorri.

Katarina pergunta sobre a escola o que tem aprendido, Alicinha faz questão de mostrar o quarto e seus brinquedos.

Héctor está no jardim sozinho eu vou até lá fazê-lo companhia.

— Ei... você está bem ?

— Não tenho escolha - diz baixo, eu o abraço e sinto seu beijo no topo da minha cabeça.

15 Dias depois...

Héctor não retornou a viajar não consegue ir e deixar sua filha aqui sozinha com as visitas frequentes de Katarina.

Alicinha já está apegada a mulher, afinal é sua mãe, Katarina sempre está a agradando com presentes.

A senhora Tuner já está mais conformada afinal não tem mais nada a ser feito apenas aceitar.

— Eu preciso retornar para o mar, os produtores não querem estender mais o prazo - ele diz sem ânimo enquanto beberica o café.

— Entendo... - digo

— Eu não posso ir, não com Katarina aqui.

Ver ele tornar sua vida de cabeça para baixo não me agrada por culpa daquela mulher.

— Vá Héctor, já está feito, ficar aqui assistindo tudo não mudará nada.

Ele respira fundo

— Tem razão...

No final da tarde Héctor adormeceu sobre a poltrona, eu o acordei com beijos e carícias, Héctor não é mais o mesmo, está sempre pensativo e nossas noites de amor estão mais curtas.

Ele abre os olhos sorrindo e sento no seu colo.

Ele me beija com necessidade e paixão, eu desabotoo sua camisa e acaricio seu peito, Héctor arranca meu vestido e o arremessa para o outro lado da sala, estou nua sobre seu colo. Seus olhos negros percorrem por todo meu corpo estão semi serrados com desejo.

Ele abocanha meio seio enquanto aperta firme minha cintura eu gemo com satisfação, ele agora se levanta parece querer me levar para o quarto mas eu o impeço, desabotoo sua calça ele me observa com um sorriso ladino.

Seu membro logo fica a mostra eu mordo o lábio com desejo e o empurro de volta para a poltrona, Héctor senta com o corpo inclinado eu monto encima dele, ele parece surpreso e volta a me beijar com necessidade entrelaçando meus cabelos em sua mão.

Sem demora encaixo sobre ele e faço movimentos de vai e vem, me sentir no comando é prazeroso, Héctor está extasiado recebendo o prazer.

Os movimentos vão ficando mais intensos estou quase que galopando sobre seu corpo nu e gostoso, não consigo controlar meus gemidos de prazer, inclino minha cabeça para trás e apoio as mãos sobre seu peito, Héctor segura firme minha cintura.

— Isso minha gostosa, goza pra mim - pede quase rosnando se contorcendo de prazer.

Eu obedeço sentindo meu corpo todo estremecer não demora e ele também se entrega ao prazer.

Deitada sobre seu corpo nu brinco com a pelugem do seu peito com os dedos.

— Não demore, sentirei sua falta - peço

Ele segura minha mão e beija meus dedos.

— Serei o mais breve eu prometo - diz

Héctor viajou, pediu que eu tomasse conta de Alicinha junto da sua mãe ele não confia em Katarina.

Katarina estava em mais uma de suas visitas, ela quer levar Alicinha para a cidade para lhe comprar roupas novas, a senhora Tuner não quer deixar, a mulher é insistente e diz a todo momento que tem direitos sobre a menina, cansada da discussão me ofereço para ir junto, a mulher não parece gostar muito mas aceita.

No caminho para a cidade Alicinha diz a Katarina que também sou sua mãe a mulher disfarça um sorriso mas logo fecha a cara.

— Uma moça tão requintada, como foi parar neste lugar ? - ela pergunta eu sorrio ladino e continuo observar lá fora — Eu reconheço uma moça de família de longe, não seja má educada.

Eu agora a observo, Katarina o que tem de elegância tem de arrogância, não consigo imaginar que algum dia morou aqui com Héctor.

— O destino e uma pitada de amor, eu diria - brinco com as palavras.

— Amor... acredita mesmo nisto? Não passa de contos de fadas.

— Não só acredito como estou vivenciando - digo firme ela sorri e volta a olhar para fora.

— Eu já fui como você, achava que só o amor tudo me bastava, mas quando a necessidade entra pela porta minha querida o amor se vai pela janela.

— Não o verdadeiro - retruco ela sorri novamente.

— Espero que realmente tenha o encontrado. - seu tom de voz me aborrece eu poderia continuar a dizer mil coisas sobre o amor mas para que? Seria em vão, Katarina não passa de uma mulher amargurada.

RaposaWhere stories live. Discover now