22

262 21 1
                                    

Era sábado estava ensolarado, segunda Héctor já retorna para o mar seu navio está pronto.
Eu estava preparando o café da manhã.

Héctor surge na cozinha após o banho, com seu peito nu a mostra e seus cabelos desalinhados molhados.

— Quer mais ? - ele diz com um sorriso ladino, Héctor me faz enlouquecer quando usa seu charme para me seduzir.

— Quem sabe mais tarde - pisco ele me puxa pela cintura e me beija.

Ouço baterem na porta Héctor desfaz o beijo em protestos e se vai para atender a porta.

Ainda na cozinha percebo que Héctor não retorna e não me diz quem era.

Vou até a sala e me deparo com a presença de uma mulher na porta, bem vestida ela percebe minha presença e solta um sorriso irônico.

— Sofie por favor pegue uma camisa para mim - Héctor pede nervoso enquanto passa as mãos nos cabelos desnorteado.

Obedeço pego a primeira que vejo e o entrego ele veste rápido e pálido.

— Não vai me convidar para entrar ? - A mulher diz, enquanto o analisa dos pés a cabeça, não preciso perguntar sei que é ela, Katarina.

Ela é jovem e muito bonita por sinal, engulo em seco com sua presença.

— O que quer aqui ?! - Héctor é ríspido e impaciente, eu observo tudo.

Katarina é elegante mas tem um deboche aflorado, ela revira os olhos e sorri ladino.

— Você?

Eu engasgo com suas palavras ela agora me observa e continua.

— Minha filha seu tolo, quero ver minha filha, onde ela está - ela diz firme

— Sua filha? Agora ela é sua filha? Você nos deixou não se lembra ?

A mulher respira fundo e aperta as sobrancelhas, ela agora olha para um lado e o outro.

— Se não quer resolver isto por bem, vamos lá, eu irei até a casa da sua mãezinha e verei minha filha.

— Sua ... - Héctor está alterado eu intervenho para que não faça loucura.

Seguro seu ombro.

— Acalme-se Héctor, vamos resolver, sim ? - eu o olho firme nos olhos, conheço aquele olhar ele está triste com medo.

Ele confirma com a cabeça e deixa Katarina entrar, ela me olha firme parece surpresa com algo.

Ela entra com sua postura imponente, observa tudo ao redor com calma e se senta cruzando as pernas.

A mulher insiste em dizer que está arrependida por não ter dado notícias a filha e que agora quer aproximação com Alicinha. Héctor está revoltado e não quer permitir nenhuma aproximação, afinal Alicinha pensa que sua mãe é falecida, como ele dirá a ela que sua mãe está viva e quer vê-la.

A mulher se levanta zangada a conversa não está fluindo Héctor sempre que pode a lembra que ela que os abandonou, não tiro sua razão mas temos que resolver pelo bem da Alicinha.

— Lhe darei dois dias para que conte a ela sobre mim, soube que a pobrezinha pensa que estou morta - ela sorri em tom de deboche — Morta eu? Não mesmo.

— E irá continuar - ele esbraveja

— Sei dos meus direitos Héctor e tenho influência necessária não me desafie - a mulher o ameaça.

Héctor abre a porta e não diz mais nada, a mulher vai até a porta e o analisa mais uma vez dos pés a cabeça e diz.

— O tempo lhe caiu bem - Ela passa pela porta e Héctor fecha com força, do lado de fora ela grita.

— Dois dias !

Héctor desaba na poltrona com as mãos na cabeça, eu o abraço e aliso seus cabelos com as mãos.

— Calma amor, vamos resolver esta situação.

— Desgraçada, como pude um dia me envolver com aquela mulher - ele desabafa

Héctor está furioso e desapontado.

Na casa de seus pais Héctor os conta a situação sua mãe realmente não sabia de nada.

— O céu está caindo sobre a minha cabeça - ela diz em desespero.

Seu pai está sério fuma seu charuto calado.

— Meu pai, gostaria de um conselho - Héctor diz e todos olham para o senhor Tuner.

Ele tira o charuto de sua boca e bafora.

— Não tem muito o que ser feito meu filho, diga a verdade a Alicinha e deixe que Katarina a veja.

Héctor suspira fundo e confirma com a cabeça já sua mãe coloca as mãos na cabeça.

— Meus dias de paz acabaram eu sei eu sinto.

Eu apoio minha mão no seu ombro.

— Não diga isso - digo baixinho ela me olha por alguns instantes e me abraça forte.

Héctor levou Alicinha junto da sua vó para seu quarto e lá contaram para a garota sobre sua mãe. Eu fiquei no jardim esperando aflita.

O senhor Tuner continuava a fumar seu charuto olhando para o horizonte.

— Sabe Sofie ? - ele diz me fazendo o encarar — Eu sabia que um dia isso iria acontecer - ele sorri fraco e continua — Héctor é um bom homem não deixe que Katarina acabe com a vida dele mais uma vez, certo.

O senhor Tuner me encara eu apenas confirmo com a cabeça, ali naquele momento percebo que Katarina é uma ameaça e devo está em alerta.

Alicinha parece ter reagido melhor do que pensávamos, ter de volta uma mãe que pensava está morta não foi tão ruim para a garota, já a mentira do seu pai a desapontou um pouco.

RaposaWhere stories live. Discover now