18.

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Bakugou Katsuki — freefall

Que se dane o que aconteceu de manhã.
Eu não sou uma pessoa ruim. Eu não fiz aquilo.
Eu não sou culpado!

Passei o dia sem fazer praticamente nada. O que foi um saco.
Também não é como se eu quisesse estar em casa...

Talvez eu precisasse lembrar que Todoroki deveria limpar o machucado, mas isso é responsabilidade dele.

Amanhã teríamos aula prática.
O trabalho voluntário não aconteceria até que toda a papelada fosse resolvida e Todoroki se recuperasse.

Todoroki, Todoroki e Todoroki!
Porra!

Cobri a visão do teto do quarto com o braço, eu preferia estar dormindo, mas não consigo.
Voltei a ver a claridade do corredor passando pela fresta da porta após ouvir batidas.

-Bakugou? —Era a voz de Kirishima.

-O que é?

-Se eu to te chamando, é pra você abrir a porta, jumento.

Levantei da cama e abri a porta com brutalidade, já com o dedo do meio levantado.

-Jumento é você.

Kirishima entrou e se jogou na minha cama. Pegou o travesseiro e agarrou.

-Você me da medo, Bakugou. —Franzi as sobrancelhas.

-Do que tá falando? —Cruzei o braço e fui me aproximando aos poucos.

-Hoje de manhã, você deu medo até em mim, mas mesmo assim, o Todoroki foi lá, se levantou da cadeira de rodas em um ato heroico e pediu pra você soltar o Midoriya. —Ele apoiou os pulsos na bochecha. -Sabe o que é mais impressionante? Você ter obedecido.

-Mas eu não- —Tentei falar, mas Kirishima interrompeu.

-Bakugou, eu não sei o que rolou ali mas foi bizarro. E que história é essa de você ser culpado? —Ele mudou de assunto.

-Mano, eu não sei como isso aconteceu. Aquele rato estúpido acha que a culpa é minha e eu nem sei o porque.

-Se ele soubesse o quanto você ficou desesperado imaginando que poderia perder, nas suas palavras, o principezinho mimado.

-Vai se foder, Kirishima. —Joguei uma almofada nele.

Continuamos conversando por mais um bom tempo.

-Ouvi dizer que tinha um garoto da 1-C interessado no Todoroki.

Arqueei uma das sobrancelhas. Pigarreei, quando percebi que não falei nada por longos segundos e fingi normalidade.

-Hm, boa sorte pra ele.

Kirishima me analisou, enquanto eu evitada contato visual com ele.

-Iiiih, qual foi? Tá com ciúmes, Bakugou Katsuki? —Ele parou de sorrir pra arregalar os olhos. -Você também gosta do Shoto?!

-Para de gritar, imbecil.

-Ai meu Deus, você gosta dele. Você é capaz de ter sentimentos!

Esmurrei ele com uma almofada. Quase cogitei sufoca-lo com aquilo.

-Mas falando sério... e o Sero? —Franzi as sobrancelhas mais uma vez.

-O que tem ele?

-Ele gostava do Todoroki, vocês são amigos, ele também conversa com o Todoroki... tipo, que climão, cara.

-E o que eu tenho a ver com isso? —Cruzei os braços.

-Ah, agora que você percebeu que também tem sentimentos pelo Shoto, pode oficialmente dar um 'chega pra lá no Sero.

hello, welcome home (todobaku - bakutodo) Where stories live. Discover now