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•esse capítulo tem conteúdo sensível relacionado a crise de pânico e agonia, caso não se sinta confortável, peço que não leia. Fique bem! 🤍

Bakugou Katsuki - ocean eyes

Era meados de março...
Mais de um mês que aquilo tudo aconteceu. O clima estava tão leve que nem parecia que ia surtar em janeiro.

Nesse tempo, acho que passei a detestar Todoroki Shoto casa vez mais.

-Hahaha!! —Jirou se jogou na cama, rindo. -Isso é amor, Bakugou.

-Desculpa, como? —Perguntei.

-Você não odeia ele, você está se apaixonando.

Por um segundo quis matar Jirou, mas só o que aconteceu foi um flashback de tudo que me fazia ter mais raiva dele.
Primeiro e mais importante: ele é um playboyzinho
Segundo: ou ele toma leite de amêndoas, ou somente os semi-desnatado. O que é ridículo.
Terceiro: a casa dele é praticamente um condomínio fechado e totalmente seguro.
Como descobri isso? Bem simples: voltar de táxi pra casa tem suas vantagens.

Mas, que eu sou muito melhor que ele não tem como negar.
Um: ele é muito magro. Eu tenho mais músculos, logo, sou mais forte.
Dois: agora, no segundo ano, passei quatro centímetros da altura dele, que empacou no 1,76 m.

-Não, está ficando maluca. —Só então, completei a ideia de Jirou.

Em uma tarde de sexta feira, estávamos todos de boa porque não tivemos aula prática. Todos conversavam no sofá, Mina e Hakagure tentavam colocar fogo na cozinha enquanto faziam um bolo e eu estava olhando minhas redes sociais; vez ou outra desviando pra ver Sero e Momo em uma partida acirrada de xadrez.

De canto de olho, consegui ver quando o meio a meio começou a falar com Midoriya.
Olhei pra eles... Deku estava com roupa normais, que usava nos dormitórios e o filhinho de papai ali, estava de tênis. O que indica que ele vai sair.
Midoriya parecia meio preocupado, enquanto Todoroki falava algo e colocou a mão em frente a ele.
Enfim, o meio a meio saiu.
Soltei o ar que nem percebi estar prendendo.

Continuei vendo a partida de xadrez, até Momo dar checkmate em Sero e ele trocar de lugar com Kirishima. 

Não sei quantos minutos se passaram, mas foi o suficiente pra Aizawa entrar no nosso dormitório com um guarda chuva.

-Onde está o Todoroki? —Sua voz era bem rígida.

-E-ele saiu, professor. —Deku avisou, com a voz falha.

Franzi as sobrancelhas.
Ele não tinha autorizado a saída dele?! Porra, ele tá ferrado.

Olhei pra janela e vi que caia uma chuva forte lá fora. Forte ainda era pouco, o mundo estava desabando em chuva.

-Deus do céu. —Aizawa, um ateu, disse. Ele esfregou as têmporas e provavelmente começou a rever suas escolhas. Ele pegou o telefone e olhou algo. Olhou diretamente a alma de Deku e deu um aviso: -Sabia que ele não me atende? Está caindo o mundo lá fora, e ele não atende a droga do telefone.

Então ele saiu, pisando fundo e amaldiçoando alguma coisa... ou alguém.

-Parabéns, nerdizinho inútil.

Passei por ele, indo em direção aos quartos. Peguei meu pijama e fui tomar um banho. Não tinha nada melhor pra fazer.
Mal sai do banheiro quando ouvi uma discussão na sala.
Me preparei pra me meter em o que quer que fosse.
Por fim, não passava de um metadinha com cara de pavê todo molhado e Aizawa esfregando as têmporas. Era ele quem brigava com Todoroki.

-Só... não faz mais isso. Por favor. —Todoroki se curvou a ele.
Quando se virou, vi seus olhos vermelhos. Analisei ele de cima a baixo e vi as mãos cerradas em punho, tremendo.

hello, welcome home (todobaku - bakutodo) Where stories live. Discover now