11.

263 26 31
                                    

Todoroki Shoto - you know it's not the same...

Que se dane o que aconteceu depois que sai da escola, é sempre a mesma coisa.
Apesar de eu ainda ter a sensação estranha de alguns dias atrás, no cemitério.
Parecia que estava sendo observado.
O que é no mínimo bizarro, já que essa sensação não desaparece nem quando estou na escola, dentro da sala de aula. E começou quando achei sentir alguém atrás de mim antes de ouvir alguém dizendo meu nome e jurar que era Touya sem sequer olhar.
Não faz sentido...

Cheguei na escola e já dei de cara com o caos. Era Bakugou brigando com Sero... o motivo da briga não parecia supérfluo, mas também não me interessei em saber.

Desde o dia em que ele me ajudou quando estava tendo um ataque de pânico, ignoro ele. Não propositalmente e sem nenhum esforço, eu só... não sei como reagir e fico sem jeito. Também não é como se ele fizesse questão de falar comigo

Desci novamente pra cozinha. Uraraka conversava com Izuku em algum cantinho. Kirishima estava concentrado no desenho animado que passava na TV, e eu estava com fome.
Procurei qualquer coisa rápida pra comer nos armários e achei um salgadinho qualquer.

Aizawa veio nos atormentar durante o dia, bebendo café, como sempre e dizendo que queria todos dispostos pra aula de amanhã.

As 7h da manhã estava de pé... sem disposição nenhuma.
No caminho pra escola pensava em como estava ignorando meus problemas e como eles voltariam com ainda mais força assim que os trabalhos com heróis se iniciassem. Eu não queria ir pra agência de Endeavor, mas se não o fizesse, seria levado pelos cabelos.

Na sala de aula, Aizawa passou a tarefa mais besta que pudesse existir.

-Vocês vão iniciar suas cartas de recomendação. Vocês vão escrever, não irão enviar. As cartas ficarão guardadas até junho, quando escreverão outra definitiva pra mandar.

-Woah, isso é tão legal... mas pra onde eu iria?
—Ouvi Midoriya resmungando.
Escrevi uma carta simples, sem citar Endeavor em nenhum momento. Mesmo que seja exatamente pra lá que eu vou.

No intervalo, todos comentavam sobre os heróis que fariam a estadia.

-O FatGun vai adorar me ver de novo. O Tamaki-senpai... que saudade dele. —Kirishima choramingou.

-Eu ainda não sei pra onde eu vou... estou considerando algumas opções. —Denki disse, com a mão no queixo.

-E você, Bakugou? —Todos os olhares foram pra ele, inclusive o meu.
Ele só deu de ombros.

-Como assim, mano? Achei que fosse escolher o herói número um, de cara.

-Queria voltar com o Best Jeanist. Mas não vai dar, então não sei.

No nosso primeiro ano, convivemos com a sociedade de heróis. Foi um experiência horrível. E olha que durou dez dias. Mas ninguém parece se lembrar do trauma que foi aquela semana em meados de setembro.

Pensei sobre o resto do dia.
O lado ruim de ser filho do herói do número um, é que você se torna apenas isso. Até seu sobrenome é associado a uma única pessoa.

Fiquei pensativo o jantar inteiro. Midoriya ainda resmungava sobre suas opções, até que ele se levantou junto comigo pra levar os pratos na pia, onde Bakugou já terminava a louça.

Encostei o quadril no balcão e cruzei os braços.

-Algum problema? —É surpreendente que ele não tenha xingado.
Izuku se virou pra nós.

-Bakugou, Midoriya, gostariam de se juntar a mim como internos do Endeavor?

Um brilho se acendeu no olhar de Izuku, enquanto Bakugou não pareceu tão feliz assim.

hello, welcome home (todobaku - bakutodo) Where stories live. Discover now