06.

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Bakugou Katsuki — best worst decision

Mas que inferno!
Eu tenho muita coisa pra fazer e mais coisa ainda pra pensar então porque diabos eu não consigo tirar aquele... maldito meio a meio da cabeça?!

-Vocês não vão acreditar! —Sero sentiu no sofá, aproveitando que só o nosso grupo de amigos estava ali. -Todoroki aceitou uma amizade colorida.

A denominação pra aquele relacionamento foi dita com deboche, o que me irritou.

-Você quis dizer um relacionamento casual? —Perguntei, quase debochando.
A cena em que flagrei os dois alguns minutos antes, se beijando estava bem viva na minha mente.
Cara, eu só queria chamar todo mundo pra jantar e me deparei logo com os dois.

-Não, não. —Ele negou com aquele sorrisinho que eu quis quebrar na porrada. -Não tem relacionamento... eu vou ficar com ele quando quiser e ele tá de boa com isso. Achei que ele ia negar ou fazer um drama, mas não. Ele aceitou muito bem.

Vi quando Todoroki subiu, com Midoriya, Uraraka e Tsuyu logo atrás. Esperei um tempo pra subir também.
Entrei no quarto e ouvi atentamente a conversa do quarto ao lado, esperando que os três idiotas saíssem do quarto. Por algum motivo, eu sentia uma necessidade muito grande de falar com o meio a meio. Porra, ele nunca tinha se apaixonado e o primeiro relacionamento é logo com alguém como Sero.
Não que ele seja ruim. Sero é alguém legal e confiável mas não pra um relacionamento casual. A definição de relacionamento casual pra ele, é obsessão. Ele quer aquela pessoa mas sabe que vai enjoar dela logo, mas pra não ficar aquela coisa chata de querer ficar e ter que pedir toda vez, essa foi a saída que ele achou

-Então você colocou o que ele sente acima do que você sente? —Ouvi a voz de Deku.
Esse foi o ápice pra mim. Sai do quarto e esperei só pra ouvir o que Todoroki iria dizer, antes de entrar no quarto.

-Sai. —Todos se viraram pra mim, confusos.

-Kacchan, estamos conversando.

-Foda-se, sai.

Quando todos saíram, percebi que o meio a meio evitava olhar pra mim. Deixou sua cabeça apoiada nos joelhos e olhava pra longe.
Antes de qualquer coisa, eu queria saber, na opinião dele, o que estava rolando entre ele e Sero.

-Eu não sei. —Foi a resposta que recebi. Respirei fundo pra não tentar meter um tapa nele.

Expliquei o que aquilo significava pra Sero e então questionei novamente.

-Por que você aceitou? —Era maluquice, entende?!

-Não parecia certo recusar.

-Então você fez isso por diversão? Pelo seu ego? Egoísta do caralho. —Eu nem sabia com quem me irritava mais.

-Eu não queria machucar ele! —Fui interrompido na metade da frase, com um olhar severo e frio. Não sei que expressão estava fazendo, mas foi explícita o bastante pra ele iniciar uma explicação.

-Eu não recusei porque não vi necessidade. Pra mim, não parece certo que sempre que ele queira me beijar, ele possa só... fazer. Mas eu não recusaria. Ele é uma pessoa intensa e eu senti isso. Eu não quero que ele se machuque. Sei que em algumas semanas ele vai se cansar e pronto, eu fiz o que eu pude e não o chateei.

-Colocou as necessidades dele acima das suas? —Eu vou socar o Sero.

Ele deu de ombros, antes de com um sorriso dolorido, me responder a mesma frase que ouvi.

-Se for pra se machucar, antes eu do que ele.

Eu não acredito que ele, que tem o mundo de garotas e garotos aos pés, elogiado a todos os cantos, prefere ter sua primeira decepção amorosa com alguém como Sero, que está nesse rolo só pra entretenimento.
E foi isso que disse a ele, mas ele nem ligou.

hello, welcome home (todobaku - bakutodo) Where stories live. Discover now