Unholy - Chanbaek

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A batida ressoou por todo o local. O show tinha começado.

As luzes vermelhas iluminavam o lugar escuro dando uma áurea sensual.

Mummy don't know daddy's getting hot

At the body shop, doin' somethin' unholy

O coro tocou, era hora de começar.
Seu corpo se movimentou instantaneamente, como se necessitasse fazer aquilo. A garota já estava acostumada com a coreografia.

Seu corpo deslizava vezes ou outra pela barra como se tivesse uma forma a mais de tornar aquilo sexual.

E logo ela viu seu alvo.O homem trajava um terno de classe mediana. Seus cabelos eram pretos e lisos arrumados num topete que agora, estava bagunçado.  Ele prestava atenção em qualquer movimento que a moça fizesse, ela não deveria se importar, ela ao menos conhecia ele, mas isso foi o suficiente para que ela se aproximasse.

Dirty, dirty boy, you know everyone is talking on the scene

I hear them whispering about the places that you've been

Ninguém ali precisava saber o que acontecia por dentro de suas vidas, isso não era interessante. E com essa ideia o beijo que eles deram foi extremamente erótico com direito a falta de ar, enquanto o homem, pai de família, passava suas mãos pelas curvas da prostituta como se fosse sua parceira.

Baekhyun estava longe, mas nunca se  esqueceria aquela cena.

Uma estranha tirava a roupa em cima de seu pai, aquilo era o cúmulo do absurdo. Estava assustado. Estava apavorado, tinha que contar pra sua mãe.

Não deveria estar ali.

Demorou pra perceber o que aconteceria em sua vida. E anos depois descobriu que aquilo ia acabar com ela.

Seus pais agora eram infelizes e sua vida estava pior do que poderia ficar. Até ver aquela cena com outros olhos.

Um dia ao se lembrar daquilo, sentiu seu corpo queimar, e foi nesse fogo ardente que seu corpo esfriou com um jato quente.

Jamais se perdoaria por se tocar pensando na mulher que acabou com o casamento dos seus pais. E quando caiu na real, percebeu que não queria estar no lugar de seu pai, e sim no da mulher.

Reprimiu pelo restante dos anos que esteve na casa dos mesmos o desejo que tinha de poder fazer a mesma coisa que a dançarina fazia. E agora, no auge dos 22 anos, conseguia realizar o seu sonho pervertido.

Era pra ser apenas mais uma noite.

A música que escolherá era representativa ao momento, era um marco em sua vida, e quando o toque ressoou no local não pode deixar de sentir a mente ficar inebriada pelo momento que lhe era guardado.

Estava excitado.

Como nunca tinha se esquecido, copiou os passos da moça, passos esses ao qual estava acostumado.

Encarava o público procurando um alvo, assim como ela fez com seu pai, e não demorou muito pra achar.

O homem de óculos, grande porte, com um terno social. Era tudo isso que precisava. E lá estava ele, prestando atenção em todos os seus movimentos.

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