13 - Inko (E Kirishima).

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[Pov - Izuku Midoriya.]

você não contou para ninguém, né?

não, Kacchan, eu juro!

hum... - o ouço respirar fundo e limpar a garganta. - é... Tchau. - e então, encerra a ligação.

Eu preciso contar isso para alguém, eu preciso contar isso para alguém...

Okay, isso vai me deixar louco. Como ele pode me pedir para manter segredo se cada segundo daqueles dias grudaram em minha mente?!

Não posso deixar de ficar minimamente magoado com a escolha de Kacchan quanto me manter em segredo, mas concordo e entendo ele, afinal; o que nós somos? o que fizemos exatamente?

o que menos preciso agora é de mais perguntas... - penso alto, em quanto ouço minha mãe chamar da cozinha.

Me levanto da onde costumava ser minha cama e
— me desculpa ter que ficar atendendo ligações bem no dia em que consigo vir aqui, mãe... - preciso abaixar a cabeça para conseguir mentir: - tenho recebidos vários trabalhos em grupo, então ficam ligando.

— não se preocupe, Izu. - Inko me conforta com um sorriso caloroso.

Ligo os pontos só depois e percebo que a pessoa que talvez deva saber sobre mim e Kacchan seja a minha mãe.

Mas isso me assusta um pouco e aproveito para respirar fundo quando ela se vira para a mesa e ajeita os pães e um grande bolo que fez exclusivamente para mim.

Talvez seja pior ficar pensando, eu conheço a mamãe, não me julgaria por isso.

— Como vai a escola, Izuku? - ela corta meus pensamentos, me chamando com a mão para que me sente na cadeira á sua frente, que é o que faço.

Sempre moramos em uma casa comum e simples, não tem nada de muito espetaculoso, está sempre cheirosa e arrumada, me permito dizer que é muito satisfatório ficar por aqui, mais pelo cheiro de casa do que por qualquer outra coisa. Faz sentido?

— vai bem! - sorrio, respondendo-a um tempinho depois.

Inko para de cortar um pedaço do bolo e seu sorriso se desfaz, mudando totalmente para uma feição desconfiada.

— o que foi?... - murmuro, me sentindo genuinamente exposto apenas com um olhar.

— o que está havendo?

— o quê? Nada, mãe! - exclamo, juntando sobrancelhas.

— me fale o que houve, Izuku!

Não consigo acreditar, é impossível que ela tenha notado diferença em mim em tão pouco tempo que estou por aqui!

Entretanto, talvez seja a melhor hora de contar o que eu tanto queria.

— É o Kacchan, mãe... - murmuro, juntando as mãos em quanto brinco involuntariamente com os dedos.

— Katsuki Bakugo? O que ele fez? Eu sei que vocês são amigos mas as vezes esse garoto saí da linha, Izuku! O que aconteceu? Eu sabia que você não devia perder todas aquelas noites aprendendo libras para o caso dele perder a audição!

— Não! Não! Ele não fez nada! - preciso repetir várias vezes para que minha mãe fique quieta e me deixe terminar. - Eu e ele...

As palavras somem de minha boca e encaro mamãe com uma certa esperança de que ela entenda.

— ... Oh. - é o que ouço, seguido de um suspiro.

O medo então corre por meu corpo e penso desesperadamente em coisas que posso dizer para cobrir isso, mas tudo parece sumir quando á ouço rir.

De um Jeito ou de Outro. - BAKUDEKU (CANCELADA) Où les histoires vivent. Découvrez maintenant