Concordei.

As perguntas continuaram a ser lançadas, e Killian parecia cada vez mais à vontade em sua performance de bad boy sarcástico. Eu, por outro lado, estava lutando para manter a aparência de normalidade enquanto a verdadeira tempestade se desenrolava dentro de mim.

Finalmente, depois de mais algumas perguntas, a coletiva de imprensa chegou ao fim. Jenna nos reuniu para um breve resumo do que esperar daqui para frente, enquanto Killian simplesmente se afastou, como se a farsa não significasse nada para ele. Eu não tinha ideia de como ele conseguia ser tão indiferente a tudo isso.

Antes que eu pudesse processar tudo completamente, Jenna nos informou que estava na hora de partir. Killian e eu nos dirigimos para fora do local juntos, a falsa atmosfera de um casal feliz e apaixonado ainda pairando sobre nós.

- Então, docinho, acho que nossa noite de casal está chegando ao fim. - Killian disse, seu tom sarcástico voltando.

Forcei um sorriso cansado.

- É, felizmente. – respondi no mesmo tom.

Ele olhou para mim por um momento, como se estivesse prestes a dizer algo, mas então desviou o olhar.

Entrei no carro, onde o motorista me aguardava.

Durante a viagem de volta para casa, os eventos da noite pareciam girar em minha mente como um turbilhão. As perguntas da imprensa, as respostas sarcásticas de Killian, a farsa de um relacionamento que não existia. Mas, acima de tudo, as fotos de Dylan e aquela garota continuavam a assombrar meus pensamentos.

Olhei pela janela do carro, observando as luzes da cidade passarem. Tudo parecia tão irreal, como se eu estivesse presa em um pesadelo do qual não conseguia acordar. Uma parte de mim queria acreditar que aquelas fotos eram falsas, que havia uma explicação plausível para o que eu estava vendo. Mas outra parte, uma parte mais dolorosa, sabia que a traição estava ali diante dos meus olhos.

Ao chegar em casa, minha mente estava uma confusão. Subi as escadas até o meu quarto, fechando a porta atrás de mim. Senti as lágrimas ameaçarem escapar, mas me forcei a segurá-las. Eu não queria chorar, não queria dar a Killian o prazer de me ver desmoronar.

Sentei na beira da cama, pegando meu celular e olhando novamente para as fotos. Era como se eu esperasse que elas de repente se transformassem em algo diferente, em uma explicação plausível para aquela traição. Mas, é claro, as fotos permaneceram as mesmas, uma imagem cruel da realidade.

Dylan e uma simples garota, se beijando. Era uma imagem queimada em minha mente. Eu sabia que tinha que confrontar Dylan, que precisava ouvir sua versão da história. Mas a mera ideia de enfrentá-lo me enchia de angústia. Nós tínhamos compartilhado tantos momentos, tantos sonhos e planos para o futuro. Como tudo isso podia ter sido destruído tão facilmente?

Minha mente voltou para Killian. Seu comportamento indiferente, suas respostas sarcásticas. Eu não o entendia, não sabia o que se passava em sua cabeça. Ele tinha suas próprias razões para aceitar essa farsa, eu sabia disso. Mas eu também sabia que ele estava escondendo algo, que havia mais por trás daquela máscara de bad boy.

Deitei na cama, olhando para o teto. As lágrimas que eu havia reprimido finalmente começaram a escorrer. Eu me sentia perdida, traída e devastada. Minha mente estava repleta de perguntas sem respostas, e meu coração estava partido em pedaços. Tudo o que eu sabia era que nada seria o mesmo depois dessa noite.

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