Good Love

Trinta e Quatro

Você diz que sou louco
Porque você não pensa que eu sei o que você fez
Mas quando você me chama de amor
Eu sei que não sou o único
I'm Not The Only One - Sam Smith

Sorrio quando vejo o time dos Chiefs se abraçando pela televisão.

Eles ganharam do time de Los Angeles. Os Chargers. E agora só mais tem mais um time para disputarem o título de melhores da divisão.

Contra os Raiders de Las Vegas.

Jake foi novamente o mvp da partida.

Os comentaristas falaram que ele tem a chance de fazer a melhor temporada da carreira se continuar assim.

Quando o vejo com o rosto suado e as marcas de tinta manchando suas bochechas, sinto meu coração palpitar.

Ele segura o capacete com uma mão e com a outra afasta o cabelo do rosto.

—Jake, como está se sentindo sendo mvp da segunda partida dessa temporada regular?–O entrevistador pergunta.

—É bom.–Ele sorri.—Me esforcei bastante para ser o melhor esse ano.

—Na internet as pessoas estão falando que você está inspirado, seria por conta dos boatos de um suposto relacionamento?–Ele gargalha alto.

—Vamos falar sobre futebol, amigo.–Meu namorado dá de ombros. Hunter chega atrás dele acenando para a câmera como uma criança levada.—Aí cara, fala sobre o time aqui.

Jake chama o amigo.

—Um beijo, Maya. Jake tá com saudade.

Tapo a boca.

Desgraçado.

Jake empurra o garoto gargalhando.

—Filho da puta.

É a última coisa que escuto antes da televisão mostrar outro jogador.

Não é possível.

Dou risada. Esse cara é um filho da puta mesmo.

Não é que eu queira esconder o relacionamento, mas não é um bom momento para receber críticas sobre assuntos pessoais na mídia. Gosto de ser privada e sei que Jake me entende.

Claro que entende, ele não te assume para não se prejudicar com as outras.

Minha mente traiçoeira me recorda.

Desligo a televisão e me levanto do sofá para poder ir dormir.

Os dias seguintes vão passando na velocidade da luz. Eu tento me manter ocupada para não pensar demais, mas é óbvio que as vezes me pego entrando no instagram da mulher.

Hoje é sábado, estou jogada no chão da minha sala de estar, comendo pipoca e assistindo crepúsculo, já que o tempo lá fora me lembra Forks.

Edward é o único romântico que existe.

Se ele ainda quis ficar com a Bella depois de todas as vergonhas que a gata passa, o cara é muito patrão do amor.

O interfone atrapalha meu momento fanfiqueira e preciso me levantar para atender.

—Senhorita Monroe, Jacob Evans está aqui, pode liberar?–O porteiro fala com uma voz fina.

Quase derrubo o balde de pipoca no chão. Termino de me recuperar do ataque de tosse e confirmo.

Que porra...?

Olho em volta, e paro no meu reflexo no vidro da armário.

Eu estou tenebrosa.

Cabelo sujo, um moletom rosa da bela adormecida, que é mais antigo que tudo, sem contar que estou de tpm pós uma semana de menstruação.

Coloco o balde de pipoca no chão e tento correr para o meu quarto, na esperança de pelo menos arrumar o meu cabelo, mas as meias horríveis e traidoras me fazem cair de bunda no chão.

—Argh!

A sequência de xingamentos que eu profiro a seguir, faria um padre querer me exorcizar.

A batida na porta me faz suspirar derrotada.

Me levanto do chão com dificuldade e sentindo uma dor leve no meu glúteo direito. Abro a porta, mas só vejo um vulto grande entrar e me agarrar pela cintura.

Solto um gritinho pelo susto.

—Que saudade, que saudade.–Ele fecha a porta com o pé.

—Jake.–Falo assustada.

—Você está tão linda.–Sorri ladino.

Ele me beija todo o meu rosto, ainda comigo no colo.

—Jake.–Tento me soltar dele e ir para o chão, mas obviamente é impossível. Meu namorado continua beijando o meu rosto e me levando até o meu quarto.—Jake.

Chamo entre os beijos.

Ignorada.

—Podemos conversar depois?–Me joga na cama. Os olhos azuis analisam meu rosto procurando por um sinal de permissão.

Quer saber? Foda-se.

Puxo seu pescoço e grudo nossas bocas em um beijo violento.

Eu posso resolver tudo depois.