Maya Monroe é uma jovem professora no auge dos seus 24 anos, passando por uma crise existencial sobre suas escolhas na vida. Sem muitos amigos ou tendo sequer uma experiência amorosa, Maya decide dar uma chance para os contos de fadas e tenta achar...
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No outro dia quando acordei, o cafajeste já não estava na minha cama me abraçando.
Os dias seguintes sem ele são longos, chatos e cansativos.
Eu trabalho, dou aulas para Hailey e trabalho mais um pouco.
O final do verão se aproxima com o sol antes quente já esfriando e o clima nublado de Seattle voltando.
Limpando uma mesa, a última da noite, deixo meus pensamentos voarem algumas milhas daqui.
Será que ele está bem? Talvez está cansado demais.
Nós trocamos algumas mensagens, mas Jake sempre está ocupado e eu também. Quando estamos livres, já é hora de dormir.
Coloco as cadeiras para cima e vou bater meu ponto. Troco algumas palavras com os dois jovens antes de sair e me despeço de Trisha com um aceno.
Dirijo até em casa tentando não xingar por conta do trânsito e assim que chego, vou direto tomar banho.
Eu odeio a sensação oleosa que eu fico quando volto dessas ruas sujas. Depois de um banho rápido e quentinho, visto apenas uma blusa grande e vou comer a porção de comida que deixo pronta para a semana.
Esquento rapidamente e vou para o quarto. Como em cima da cama mesmo, assistindo um desenho no notebook.
Pego meu celular vibrando na mesinha da casa e vejo o nome da minha irmã na tela.
—Oi, mana.–Falo de boca cheia.
—Oi, como você está? Não respondeu minhas mensagens o dia todo.–Ouço um barulho de algo caindo e ela solta um xingamento.
—Dia corrido, me desculpa. Aconteceu alguma coisa?–Coloco o prato de lado.
—Não.–Suspira.—É que o Henry quer fazer uma festa de aniversário este ano. Queria que você viesse uns dias antes para me ajudar, é pedir muito?
Mordo o lábio.
—Eu trabalho no próximo final de semana, mas no outro eu já estou livre do emprego.–Informo.
—É perfeito. O aniversário dele é em duas semanas.–Fala.—Você pode vir assim que terminar no trabalho.
—Paro na sexta.–Falo.—Vou na sexta então, e volto no último voo de domingo. As aulas começam na segunda.
—Pede para sair antes. Tipo, na quinta.–Nego.
—Não dá, mana. O contrato acaba só na sexta.
Ela reclama que trabalho demais, mas aceita a proposta de ir na sexta.
Conversamos um pouco antes que eu caia no sono com o celular no ouvido.
Acordo no outro dia com a supresa de uma chuva fraca lá fora.
O que não é bom para os meus planos do final de semana.
Me levanto procurando forças e faço minha higiene matinal. Pego um conjunto de moletom confortável no meu armário, calço meus tênis, pego a chave do carro e carteira e saio do apartamento. Me olho no espelho do elevador e quase caio para trás. Meu cabelo nunca me ajuda nesses momentos.
Hoje é dia de fazer compras e lavar roupas.
Graças a Deus não trabalho esse final de semana, então aproveito para fazer tudo que é necessário.
Vou no mercado do bairro mesmo e compro algumas coisas que estão em falta.
Compro bastante fruta e alguns legumes também.
Evans me enche tanto o saco por mensagens, dizendo que eu preciso comer comidas mais saudáveis, que eu me convenci disso.
Obviamente não deixo de comprar meus enlatados e minha coca cola sagrada.
Pego alguns chocolates também, pois estou sentindo minha TPM chegar essa semana.
Que vontade de dormir nesse tempinho de chuva. Ou assistir a saga crepúsculo.
Pego meu celular ao receber uma sequência de notificações da minha irmã.
Meu coração gela.
"Que porra é essa?"
Uma foto do Jake beijando alguém.
É esse alguém NÃO sou eu.
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