Capítulo 24

69 12 1
                                    

Continuação do capítulo anterior

Eu havia terminado as compras, coloquei o teste de gravidez sobre a bolsa e respirei fundo antes de ligar o carro.

Alejandro ainda estava adormecido alheio a tudo, viajei durante duas horas até a cabana.
Era um lugar distante, e cercado por floresta, um lago azulado em frente.

Eu o levei até o quarto, ele se jogou sobre a cama.

Com as compras dentro, tomei um banho rápido e coloquei a camisola me deitando em seguida.

    .......

Ele me beijou e entrelaçamos nossos corpos.

- Senti sua falta- Murmurou ele beijando meu pescoço.

Ele estava pronto e eu tambem.
Sem preliminares, ali nos tornamos somente um.

- Não me deixe- Disse ele- Não vou aguentar passar por isso novamente- Arqueava o corpo em cada movimento.

- Eu amo você- Gemi em meio ao ápice do prazer.

Não demorou muito para gozarmos, nossos corpos caíram exaustos.

- Onde estamos?- Ele acariciou meu rosto.

- Não importa- Selei nossos lábios.

- Não conhecia esse lado seu- Sorriu- Isso é um sequestro?

- Você está a minha merce- Me coloquei sobre seu colo- Está pronto para mim?- Apertei seu membro inchado.

- Sempre- Gruni.

E ali naquele instante nos unimos novamente.

- O cheiro está muito bom- Beijei seu pescoço- Não conhecia esse lado seu.

- Vai passar a conhecer- Selou meus lábios- Estou preparando uma macarronada.

- Vou arrumar a mesa- Caminhei em direção ao jogo de pratos e talheres.

- Isso tudo parece um sonho- Sorriu.

- Um sonho que se tornou realidade- Gesticulo- Não poderemos ficar aqui por muito tempo, o que dirão se a funcionará nova e o chefe não voltarem?

- Não me importa- Ele caminhou levando a travessa de vidro em direção a mesa- Anna eu não quero voltar....

- Como assim?- Interrompi.

- Isso tudo esta perfeito, se voltarmos isso pode acabar- Afirmou- Eu posso controlar a empresa em outro lugar, compramos nossa casa, vamos ter a nossa família.

- Não podemos fugir do passado Alejandro- Franzi o senho- Luna é a minha irmã, por graça ou desgraça do destino- Ri- Ela sempre fará parte da minha vida, da nossa vida.

- Você está fazendo de novo- Recuou.

- Não me acuse- Senti meus olhos marejarem- Você é o causador de tudo isso, me traiu.

"Hormônios, malditos hormônios."

- Anna- Sussurrou- Eu não sei o que que fazer, não posso mudar o que aconteceu...

- Droga- Solucei- Eu... Desculpe- Passei minhas mãos sobre os olhos.

- É minha culpa- Ele tentou se aproximar e eu recuei me encolhendo- Não se afaste de mim.

- Me de alguns minutos- Segui em direção ao banheiro.
Ele seguiu meus passos e se ancorou sobre a parede- So um tempo- Fechei a porta me trancando ali dentro.

Eu desabei por alguns minutos, um sentimento de angustia e mágoa.

Porque Diabos eu estava chorando? A traição doía, mas eu havia aceitado o seu perdão, eu queria tentar.

Poderia ser a tpm chegando? Ou uma gravidez?

Elevei uma de minha mãos sobre o ventre e acariciei de leve, me olhei sobre o espelho.
Meus seios estavam maiores, eu havia engordado.

- Não, não- Neguei a mim mesmo- Deus não permita- Implorei.

- Amor- Alejandro chamou- Saia dai, vamos conversar- Implorou.

Lavei meu rosto, meus olhos vermelhos e inchados denunciando o choro.

- Vamos lá garota- Disse de maneira confiante.

Eu sai pelo banheiro e encontrei Alejandro com os olhos marejados e os lábios trêmulos.

- Anna... Você prometeu- Implorou.

Estava lhe causando tanto mal...

- Não deveria ter me exaltado- Abracei meu próprio corpo- Desculpe- Caminhei pelo lado oposto.

- É minha culpa- Observei uma lágrima solitária descer pelo seu rosto.

- Prometi que esqueceria tudo isso- Suspirei- Desculpe- Pedi novamente- Vamos ignorar esse episódio, você preparou o jantar com tanto carinho- Me sentei sobre a cadeira- Deve estar bom- Forcei um sorriso.

- Deixe me servir você- Murmurou colocando o macarrão sobre o prato.

Não senti o sabor do macarrão, apenas o sabor amargo do nervosismo.

- Tem um vinho- Alejandro depositou uma quantidade generosa sobre a taça.

- Agradeço- Recusei.

- Ana é o seu vinho preferido- Disse.

" Não seja insistente."

- Estou com dor de cabeça- Menti- Não acho uma boa combinação.

- Perdoe-me- Sussurrou- Estou fazendo tudo errado, queria que essa noite fosse especial- Exclamou.

- Esta sendo... Vai ser especial- Gesticulo.

- Você está tensa- Disse.

- Só cansaço, a comida está perfeita- Desconversei.

Alejandro me observou em silêncio, passamos o restante da noite evitando nos olhar e sequer falar.

......

- Como será nossa vida... Digo quando voltarmos?- Indagou ele.

Estávamos deitados, a unica iluminação era a claridade do banheiro.

- Não sei- Suspirei.

- Você não me deixará?- Perguntou.
Sua voz soou melancólica.

- O que...?

- Depois daquela maldita noite, minha vida se tornou um pesadelo- Desabafou- Eu fiquei imerso em amargura, eu lhe vi com outro homem- Ouvi um soluço- E eu sei que não tenho o direito em reclamar, por nada.

- Alejandro...

- Pare- Interrompeu- Anastácia você me trouxe até aqui, fizemos amor... E simplesmente tudo desmoronou de repente, não vou aguentar lhe ver partir outra vez.  Perder meus pais, perder você... Não irei suportar.

- Eu posso estar grávida- Murmurei.

Dizer essa frase em voz alta era confuso, continha nervosismo.

Um silêncio ecoou.

Qual séria sua reação? O que ele me diria?
Porque eu contei?

ENTRE NÓS DOIS Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz