Cap 16

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O medo a muitos contextos para essa palavra. O medo te paralisa, te impede de realizar sonhos, concluir seus objetivos.
O medo tambem pode ter sido causado por algo, erro que cometemos com alguém, o medo do resultado das consequências de algo e ações que tomamos.
Esse sentimento confuso, doido, dolorido. Ele tambem é relacionado muita das vezes a algumas doenças psicologia como a ansiedade, depressão dentre outras...

Alejandro se ajeitou sobre a cama, a cabeça estava pesada, o estômago dolorido e sentia enjoos.
O grande erro pelas decisões que havia tomado, as duras consequências.

" A garrafa de álcool estava vazia, assim como a outra jogada ao lado. As cartelas de comprimidos sobre o colo.

— Desculpe mãe- Suspirei entre as lágrimas.

A solidão era ruim, desde que conhecera Anna os dias eram mais alegres. Apesar de todos os erros ao qual cometerá, ter a presença da mesma ao seu lado, olhar e conversar com ela, ja lhe trazia tamanha alegria.

— Não posso mais continuar- Murmurou retirando os comprimidos e os colocando sobre a boca- Eu tenho que deixá-la livre, Ana não seria feliz se eu ainda estivesse vivo.

Ana o odiava, não havia chance de ela o perdoar, de poderem viver juntos novamente."

- Nem ao menos isso você conseguiu- Fechei os olhos com lembrança.

- Falando sozinho?- Questionou ela ao adentrar com a bandeja recheada sobre a mãos- Trouxe algumas coisas para você se alimentar, o médico pediu para se hidrate.

- Não estou com fome- Resmunguei.
Meu corpo se arrepiou, o seu cheiro se espalhou por todo o quarto.

- Não seja mimado- Colocou a bandeja sobre o criado.

- Estou enjoado- Respondi.

- Beba um pouco de chá- Se sentou ao meu lado.

- Talvez depois- Arqueei os ombros.

Ana me olhou apreensiva, colocou as mãos sobre o colo mexendo sobre a aliança dourado sobre o dedo.

Ela ainda estava la, eu poderia comemorar?

- Quer conversar sobre algo?- Questionei.

- Porque... Porque tentou me deixar?

- Eu...- Abaixei a cabeça envergonhado- Eu só quero que seja feliz.

- E por isso tentou se matar?- Perguntou.

- Ana- A olhei- Enquanto eu estiver vivo eu não conseguirei deixar de lhe ver, conversar, te beijar- Ela corou envergonhada- E eu pensei...

- Pensou errado- Interrompeu- Não quero ter que carregar o peso da morte de alguém, ainda mais sendo...

- Sendo?

- De alguém próximo- Mordeu o lábio de canto- Você não pode voltar a fazer isso, nunca Alejandro.

- Não quero ser o responsável pela sua tristeza Anastácia.

- O passado e suas consequências não podem ser mudadas- Disse- Não nego que eu não sinta raiva, rancor, mágoa.... Mais não desejo sua morte, eu não poderia- Desviou o olhar.

- Eu sempre me condenarei por tudo - Acariciei uma de suas mãos-
No hospital você disse que...

- Não quero falar sobre isso- Disse.

- Por favor- Implorei- Disse que me amava- Lhe puxei entre meus braços.

- Eu só estava, eu não deveria- Tentou se afastar.

- Você me ama- Afirmei- Assim como eu te amo- Murmurei.

- Depois de tudo, eu não poderia- Fechou os olhos- Você me magoou.

ENTRE NÓS DOIS Where stories live. Discover now