— Prontos? — Sua surpresa agora é clara, e observa como seu ômega o vê se aproximando assim que termina de prender o cabelo.

— Sim, vamos treinar. — Bem, não o culpe por rir disso.

Ele já se sente culpado o suficiente quando Louis estreita os olhos e o vê cruzando os braços com raiva. A manhã continua em sua linha surreal quando Ethan olha para sua mãe e tenta imitá-lo, criando uma bagunça de braços em seu peito, mas uma carranca perfeita que ele consegue reproduzir há meses.

Ok, tentará ser o mais delicado possível.

— Amor, treinar? — Diz devagar, apreciando como seu ômega estreita os olhos cada vez mais. — Você nunca treina.

Suas mãos chegam à sua cintura e ele o olha com uma cara divertida e relaxada, esperando por uma resposta razoável sobre por que seu ômega decidiu fazer o esporte que nunca o viu fazer.

— Bem, agora sim. O Dr. Evans disse que seria bom para a gravidez.

Uma pitada de preocupação passa pelos olhos de Louis e sabe que ele levou aquele comentário muito a sério. É por isso que Harry desentorta os braços para poder segurar as mãozinhas dele nas suas e beijá-las castamente.

— Meu ômega, ele disse em geral. Você caminha todos os dias, seu trabalho exige movimento e ele disse justamente que o mais importante é você se alimentar bem porque está um pouco abaixo do seu peso ideal. — Balançando a cabeça, ele beija suas bochechas com amor. — Eu não acho que seja uma boa ideia.

— Alfa… — Louis começa a reclamar. Ethan percebe o desconforto de sua mãe e abraça a perna do ômega mais velho, franzindo a testa para ele de sua pequena estatura. Louis inclina a cabeça caprichosamente e Harry não sabe como resistir a essas duas criaturas.

Mas tem que fazê-lo.

— Não, Lou. Você pode se machucar. — Suspira um pouco, sem largar as mãos do menor, antes de continuar. — Tem muita máquina, muito cheiro e não é um ambiente para você. Eu não gosto disso, ômega. Ainda menos quando está grávido e tudo isso te afeta mais.

Tem a certeza de que Louis sabe que ele está certo.

Dois meses e meio de gravidez em relação ao tamanho do bebê não é nada, mas para o processo de gestação é um mundo. Harry sabe que é um momento chave, onde eles estão prestes a entrar no terceiro mês e tudo pode acontecer.

Ele não arriscará.

— Quero ir. — Louis dá um passo para trás e com isso desequilibra seu filhotinho, que pega nos braços no momento. — Sinto muito, meu amor. É que o papai não nos ama.

— Louis, não diga isso a ele. — Pede, com seu cenho franzido característico e os braços ainda estendidos, desejando a aproximação de seu ômega.

O ômega o olha novamente com olhos suplicantes e apertando seu bebê mais perto de seu peito. Este não hesita em apoiar a cabeça em seu pescoço, mas sem tirar os olhos dele.

— Por favor, por favor, por favor. — Deus, que difícil. Seu alfa geme, querendo dar ao mais novo tudo o que quer, mas ele tem que aguentar pelos dois. É o melhor. — Estou entediado! — Diz, exasperado. — Já acordei e quero ficar com você.

Sem se convencer, ele balança a cabeça e se vira para pegar a mochila que havia deixado na mesa antes de responder em um tom doce, mas firme.

— Prometo que estarei aqui antes das onze. Você nem notará que saí se dormir um pouco de novo.

Olhando-o com o canto do olho, uma pequena lâmpada parece acender acima da cabeça do ômega.

— Onde eu ficaria melhor do que com você? — Seu corpo congela um pouco diante disso. — Este mês estou um pouco mais tonto do que o normal…

stop your crying, baby ও l.sOnde as histórias ganham vida. Descobre agora