— Acho que tenho que te levar para um encontro. — Abre os olhos para ver os de Louis se iluminarem com o pedido. Seu alfa abanando o rabo com orgulho o faz sorrir. — Não temos um há muito tempo.

— Muito. — Louis concorda, sua voz um pouco triste, mas esperançosa em partes iguais. — Você quer ir amanhã?

Harry fecha os olhos, suspirando. Louis automaticamente abaixa os braços e solta um estalo que lhe diz que seu ômega sabe o que dirá.

— Ômega, tenho que trabalhar amanhã. Estava pensando em levar você hoje…

— Não acredito.

Louis balança a cabeça, impotente, e Harry apenas engole em seco quando ele o empurra, tirando as mãos de sua cintura.

Essa dor no peito de novo não, por favor.

— Amor…

— Não, pode parar. Estou muito cansado disso. — A voz de Louis, por mais furiosa que soe, não dói tanto quanto o maxilar cerrado e os olhos frios que ele jura nunca ter visto em seu parceiro.

Com ninguém.

— Cansado de quê? — E merda, ele tem que pensar antes de falar.

— Sério, Harry? — Louis olha para o lado, onde seu filhote continua absorto em sua comida. O ômega balança a cabeça e vai para a sala, onde Harry o segue como um cachorrinho perdido.

Sabe que não quer discutir na frente do seu filho. Ele não quer discutir em nenhuma circunstância.

— Espera, eu quis dizer…

— Eu não ligo. Juro que não ligo mais. — Louis se vira na sala para encará-lo, as mãos no rosto, esfregando os olhos com força. — Estamos assim há semanas e eu não vejo o fim disso, Harry. O que mais me dói é que você parece não perceber.

Claro que ele percebe, mas não deu essa importância. Estavam ocupados, é normal.

— Então é isso? Nós dois trabalhamos, não há muito tempo e estou te oferecendo para irmos jantar hoje ou o que você quiser. — Queria moldar mais o seu discurso, mas um grito inesperado de repente o silencia.

— Você nem sequer me escuta mais!

A respiração de Louis e sua voz falhando na última sílaba deixam seu alfa ansioso. Seu lobo luta para sair, choramingando de arrependimento, mas ele apenas se bloqueia. Não sabe o que fez de errado e isso o coloca na defensiva.

— Do que você está falando? — Pergunta em um tom baixo e calmo, tentando redirecionar a situação para um estado mais calmo.

No entanto, Louis não faz sua parte.

— Eu te disse que hoje eu tinha um encontro com meus colegas da cafeteria. — Droga, é verdade. — Eu te disse mil vezes esses dias e você assentia como se não fosse nada. Se importa tão pouco?

— Ômega, não vá por aí. — Uma risada irônica o faz franzir os lábios e cruzar os braços para não demonstrar vulnerabilidade.

Sim, está errado, mas não tem nada a ver com não se importar com o que seu ômega diz. Existe mesmo algo que é mais importante para ele nesta vida?

— E por onde você quer que eu vá? — Louis abre os braços em sinal de rendição. — Quer que eu fique em casa, esperando você chegar do trabalho em atividades que nem são obrigatórias, mas que você se inscreve sabe se lá Deus por quê.

— Eu… — Uma nova onda de censuras o interrompe. Seu alfa está furioso com ele, mas agora ele só quer mostrar que não fez isso por fazer.

— E então, você beija minha marca para que eu não reclame com você por isso. Não pode fazer isso. — A cabeça de Louis balança de um lado para o outro, ainda incrédulo. — Não é justo, nem para mim, nem para…

stop your crying, baby ও l.sWhere stories live. Discover now