Capítulo Onze - Parte dois

197 22 0
                                    

Pete


Cheguei em casa há um tempo. Porsche e eu passamos por um dia cansativo, em mais uma semana cansativa de trabalho em uma droga de emprego cansativo. Felizmente, o mais está quase acabando e, com isso, o salário vai finalmente cair na minha conta. Cara, como eu tô muito animado para ter uma montanha de dinheiro! Mal vejo a hora de poder pagar todas as dívidas atrasadas, o aluguel, fazer a feira do mês e, quem sabe, sair com os amigos para uma boa pizzaria.

Porchay estava na cozinha, cozinhando. Ainda não entendi o que ele está fazendo aqui. O combinado era só até o Natal, e que depois disso, ele já estaria voltando para a casa da mãe. Mas parece que esse prazo se estendeu até as férias de inverno. Ninguém merece. Ok, certo. Tudo bem que eu peguei meio pesado com ele no Natal e que acabamos nos aproximando mais desde o lance com o Vegas, que me deixou mal, me deixando bastante surpreso pelo fato que o pestinha sente empatia, mas, ainda assim, Chay não deixou de ser irritante a todo momento. Pelo menos ele tem outras pessoas para atormentar as vezes.

Ignorei o garoto completamente e fui direto até meu quarto. Ouço um barulho de notificação no celular e lá estava ele, mandando mensagem, me fazendo rir, automaticamente. Canalha.

Nossa conversa começou simples e leve. Uns flertes ali e aqui. Nada de mais. Não tinha como dar errado, mas deu… Não que eu não quisesse ouvir sua versão da história depois de ter passado tanto tempo tentando não ouvir nada que saísse da boca dele. Só esperava que fosse ser… pessoalmente.

Gostaria de poder olhar em seus olhos e poder sentir cada batida de seu coração, enquanto ele é sincero comigo. Gostaria de poder marcar algum tipo de encontro com ele para poder ouvir sua história, mas agora que Vegas tem uma visita para se preocupar, acho que não seria muito gentil da parte dele deixar Olivia sozinha.

Assim que Vegas mandou a primeira mensagem do seu discurso indireto sobre seus sentimentos, ouço um grito extremamente fino de uma garotinha e um flash de luz laranja que reluziu pela porta. Levanto-me da cama o mais rápido possível, abro a porta do quarto e saio correndo para saber o motivo da gritaria e da luz.

Ao chegar no cômodo, vejo um Porchay apoiado no balcão gritando muito alto e um Porsche tentando usar um extintor de incêndio para apagar o fogo enorme que saía do forno do fogão.

ESSE BOSTINHA INCENDIOU O MEU FOGÃO!!

Vou correndo em direção ao caos às pressas, pulando por cima do sofá e quase caindo de cara no chão. Pego o extintor das mãos de Porsche que mal conseguiu usar e tento apagar o fogo eu mesmo.

— CHAMEM OS BOMBEIROS! — gritou Porchay

— COMO ISSO FOI ACONTECER? — pergunto, tentando apagar o fogo

— O CHAY TENTOU FAZER ALGUMA COISA PARA GENTE — disse Porsche, tentando proteger o irmão.

— O QUE TINHA NESSA PORRA DE COMIDA? QUEROSENE?

— A GENTE VAI MORRER — gritou mais uma Porchay, chorando, dessa vez — ESSE É O NOSSO FIM! Eu deixo tudo para o meu gato.

— CALA A BOCA, PORCHAY — Porsche e eu gritamos ao mesmo tempo, em uníssono

— CALA A BOCA, PORCHAY — Porsche e eu gritamos ao mesmo tempo, em uníssono

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Wintertime Hot | VegasPeteWhere stories live. Discover now