Capítulo Dois - parte um

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Kiss Me More

Pete

Minha mãe me dizia para eu nunca dormir muito tarde para não acordar tão tarde e não perder o resto do dia. Por um tempo eu não acreditei nessa ideia e não quis obedecê-la, mas quando ela adoeceu, passei a escutar e fazer cada coisa que ela pedisse, pois não queria deixá-la mal. Então passei a dormir e a acordar cedo quase todos os dias e passei a pegar gosto nisso, pois sempre que o sol raiava, ela quase sempre estava lá de pé, com um brilho no sorriso e quase sempre tão calma. Com ênfase em todos os 'quases'.

Já se passavam das 4pm quando acordei naquele dia. Minha cabeça doía como nunca por causa da ressaca da noite anterior. Não me lembro de muita coisa, muito menos sei como fui parar na cama e, com certeza, sei menos ainda saber porquê todo meu corpo está doendo.

Levanto-me da cama usando os cotovelos que, por algum motivo, tremiam. Sem ter qualquer noção do lugar grande que estou, apenas ponho meus pés ao chão e tento me levantar, mas tem algo de errado. Minhas pernas estão tremendo! E quando me dou conta estou caído no chão frio e só de olhar que estou sobre um carpete preto e macio, percebo que não estou na minha casa.

Tento me levantar usando a cama de apoio, logo me dando conta de que estou pelado e que tem mais alguém na cama.

— Então é por isso que estou com a bunda doendo ? — falo, com a baixa para que ele não acorde.

Quem é esse cara? Como cheguei aqui? Foi ele que fez isso comigo? Ninguém nunca me deixou desse jeito antes ao ponto de me fazer cair no chão. Olho em volta pelo seu quarto e vejo que é bem maior que todo lugar que já morei em toda minha vida. O carpete no chão era todo preto e macio, já as paredes eram vermelho sangue, até que é um lugar bonito se tirar o fato de ter vários itens sexuais por toda parte. Na parede à minha esquerda tinha um mural com alguns chicotes e algemas; à minha frente tinha um tipo de altar com dois postes ao qual penso ser o lugar em que prendem as pessoas para açoitá-las. Que tipo de pessoa comeu ontem à noite? Penso. Eu é que não vou ficar aqui para descobrir.

Pego todas as minhas roupas que estão espalhadas no chão no mais completo silêncio que consigo e saiu do quarto que, felizmente, está aberto. Saio de mansinho e fecho a porta devagarinho; olho em volta para achar a porta de saída e quando encontro, vou correndo sem pensar no que poderia acontecer. O pior erro da minha vida, pois eu não estava sozinho e eu ainda estava pelado. 

— Quem é você? — perguntou.

Era um rapaz que não devia chegar perto da minha idade. Chuto que tenha uns 17 anos de idade. Ele me olhava com olhos arregalados e surpresos

— Sou Pete — digo, cobrindo minhas partes baixas com as roupas. 

— Então você deve ser mais uma vítima do meu irmão.

— Vítima?!

O garoto, que por sinal, não me disse seu nome, era calmo e sério. Não transbordava nenhum sentimento aparente, tirando a surpresa que teve ao me ver pelado. Medo.

— Sim, ele quase sempre faz isso com alguns homens que traz para casa e você não é diferente. 

— Com diferente você quer dizer o que?

— Tremedeira nas pernas.

Olho para minhas pernas e não é que elas ainda estão tremendo mesmo. Aquele cara realmente deixou uma marca na minha bunda.

— Só estou surpreso de ver um homem pelado. É a primeira vez que vejo — ele continua, pondo umas sacolas no sofá ao seu lado — Mas, tirando, essa não é a primeira vez que vejo um desconhecido na minha casa e nem será a última.

Wintertime Hot | VegasPeteWhere stories live. Discover now