Verdade.

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Verdade 

Substantivo feminino

1.

Propriedade de estar conforme com os fatos ou a realidade.

2.

procedimento sincero, pureza de intenções.

P.O.V. Dafne

[12:37 p.m]

Abri os olhos com dificuldade, minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento e Demetria estava de pé na minha frente com um sorriso desdenhoso brincando nos lábios.

- A noite foi boa, uh? - Disse pegando um sutiã no chão e balançou a peça na frente dos olhos e jogou o sutiã encima de mim. - Dafne, sua safada.

- O que? - perguntei olhando a sala e ela estava uma perfeita zona. - Droga, o que aconteceu aqui? - murmurei.

Demetria caminhou pelo cômodo e pegou uma garrafa de vinho na mesa de centro. - Esse aqui é bom, você bebeu quantos desse?

- Eu não sei, nem lembro de ter bebido.

- Quem estava aqui com você? - perguntou sorrindo da minha confusão.

- Eu não lembro, Dee. - fechei os olhos com força por causa da pontada aguda que senti na minha cabeça. - Droga, você pode pegar um remédio para mim? - pedi.

Mas Demetria me ignorou, ela estava distraída recolhendo do chão uma camisa social. - Sexo bruto. - Murmurou rindo. - Eu não conhecia esse seu lado, irmãzinha. Sua sorte é que a mamãe não veio hoje.

- Cale a boca, Demetria. - Falei alto me levantando, fui até a cozinha e a morena me acompanhou. - Não me deixe mais envergonhada do que ja estou.

- Agora você tem amnésia pós bebedeira?

- Eu devo ter bebido demais. Eu nem ao menos me lembro do que aconteceu depois das três e trinta da tarde.

- Dafne Jones sendo Dafne Jones. Você é a única pessoa no mundo que sabe a hora exata de algo que esqueceu. - Gargalhou. - Enfim, seja lá quem for, não está mais aqui. - a morena afirmou pegando alguns frios e suco na geladeira. - A mamãe mudou toda a decoração da minha casa. - Disse incrédula. - Meus móveis que antes eram pretos agora estão todos brancos. Eu não aguento mais, Dafne. Não consigo mais nem levar garotas para dormir comigo. Acho que vou ficar louca. - sentou-se em um dos bancos em frente ao balcão. - Eu tive que alugar quartos de hotéis para conseguir transar, tem noção do quão frustrante isso é?

- Coitadinha de você. - debochei rindo.

Demetria divagou um pouco encarando a jarra de suco com uma expressão engraçada. - A sua casa é monitorada por câmeras... - Semicerrou os olhos para mim e sorriu maliciosa. - Nós poderíamos...

- Não. - a cortei envergonhada. - Eu não quero ver o que fiz ontem. E também não quero nem saber quem estava aqui.

A morena deu de ombros e voltou a focar no que comia. - Natasha vai te dar o bebê.

- Como você conseguiu isso? - questionei curiosa.

- Os meus meios não são coisas boas para uma pessoa sensata como você ouvir. Apenas saiba que eu não precisei usar dinheiro e nem ameaça-la para conseguir isso.

- Eu quero que pare. - pedi. - Eu sei que eu não vou durar muito. - suspirei soltando o ar que eu nem sabia que estava preso em meus pulmões. - Eu quero que o bebê tenha uma família, Demetria.

- Você sabe que me magoa quando insinua que vai morrer, não é?

- Eu preciso te mostrar algo. - Falei baixo. - Apareceram a alguns dias. - murmurei segurando a barra meu do vestido e o levantei até a altura dos meus seios.

E se eu partir? - Tom Kaulitz versionOnde histórias criam vida. Descubra agora