Game On | Supercorp

Cap10: O dia do sim

Oi, boa noite! Tudo bem?

Assim como prometido, segue o último capítulo de Game On!
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Chegamos há pouco mais de 1h no local do casamento de Nia e Brainy. É próximo de onde aconteceu o da Alex com a Kelly. É aconchegante e perfeito o suficiente para comportar as quantidade de pessoas que eles convidaram, o que não foram muitas. Aqui há uma casa grande e centralizada, com vários quartos e uma estrutura que consegue abrigar os todos os que vieram passar a noite, no jantar do casamento.

Pelo que me lembro, a lista de Nia e Brainy abrange em torno de 50 ou 60 pessoas, mas nem metade está no jantar essa noite, é algo um tanto quanto mais familiar.

"Aquela mesa de doces está te chamando, não está?" Lena me provoca mais uma vez. Eu quero ir lá pegar mais um cupcake, mas eu estou com vergonha de ir novamente. Eu já peguei dois. Cadê a Esme para pegar um docinho para a titia, hein? É a quarta vez que olho para os lados e ela não está em lugar nenhum.

Como se consegue uma criança quando se precisa de uma?

"Vou aguardar o jantar", digo ao tomar um gole do espumante e olhar melhor para a mulher ao meu lado. Um vestido marsala com um decote sutil e uma fenda que, por coincidência ou não, está evidenciando sua bota ortopédica. "Como está o seu pescoço?" observo a pele alva do local, que eu estou com muita vontade de distribuir beijos, mas não posso ainda.

"Tudo bem até agora. Apenas evitando movimento bruscos." ela responde olhando para frente e acenando para Ruby, que está na mesa de doces. Aahn, ela está lá, poderia me trazer um também, não é? "Não precisa ficar de guarda do meu lado, querida. Vá buscar mais um docinho e só volte aqui quando eu puder sentir o açúcar nos seus lábios." pisca o olho e eu simplesmente derreto com essa mulher. Ela é perfeita, não é?

Eu queria poder beijá-la agora, mas não contamos para as pessoas que estamos juntas, quero dizer, não estamos juntas oficialmente, certo? Apesar que a maioria de nossas amigas já entenderam que está acontecendo algo a mais no paralelo, mas mesmo assim é melhor não sair nos agarrando pelos cantos, afinal de contas o jantar de hoje não é sobre nós duas.

Aperto sua mão em seu colo e me levanto-me devagar ao notar que Andrea se aproxima com uma taça numa mão e um canapé de alguma coisa verde na outra.

"Kara, eu amei seu batom!" ela exclama dando mais um passo, agora em direção a mim. Eu sorrio em resposta e passo a mão na lateral do vestido. Eu confesso que nunca sei bem como reagir a elogios. "Nunca tinha visto você com um tom assim e acho que combinou bastante." ela completa.

"Na verdade é uma mistura, sabe? Eu passei um claro, mas Lena colocou um marrom avermelhado por cima, daí ficou assim." entrego a tática num tom mais baixo. Ela abre a boca, como quem se surpreende com o feito e pisca o olho apontando a taça para mim. "Lee, você está tomando remédios." flagro Lena tomando meu espumante. Ela rola os olhos e toma mais um gole. Eu me estico e pego a taça de sua mão, já não resta quase nada. "Você é tão teimosa!" finalizo cruzando os braços e ela ri, tapando a boca. "Fica de olho nela por mim, por favor?" peço para a latina sentando-se ao lado dela. Andrea apenas bate continência e ri para sua amiga de forma cúmplice.

Definitivamente não é a melhor babá. Ela tem menos juízo que Lena.

Depois de comer mais dois bolinhos eu sou puxada para conversar sobre um assunto muito sério com minha sobrinha: usar ou não usar maquiagem?

Me pareceu ser um questionamento extremamente importante em sua pequena cabecinha, pois suas duas mães estavam discordando da ideia e ela estava claramente chateada com tudo isso. Depois de dar uma mordida no meu último bolinho, ela começou a falar sobre como queria crescer rápido e se casar de véu e grinalda. Daí eu acabei percebendo que esse não era necessariamente o tipo de assunto que eu estava preparada para falar com uma criança. Na verdade, não estou preparada para nada que não se relacione a brincadeiras e roubar comidas. Eu só sei ser a tia legal.