capítulo 43

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                       4 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

𝕃𝕠𝕤 𝔸𝕟𝕘𝕖𝕝𝕖𝕤, ℂ𝕒𝕝𝕚𝕗𝕠𝕣𝕟𝕚𝕒

Clara.

Acabei de terminar um projeto de decoração de uma casa. Estava cansada e resolvi ir a praia, para tentar relaxar. Coloco uma toalha na areia e me sento. O sol já estava se pondo em Los Angeles, estava lindo.

 O sol já estava se pondo em Los Angeles, estava lindo

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                         (Ilustração)

Estava olhando para o horizonte, e pensando em como minha vida mudou em 4 anos. Depois que fugi do Brasil, 1 mês depois, encontraram o Caique. Ele foi preso no dia que estava marcado a data do meu casamento com Jean. Chorei o dia inteiro, de felicidade, revolta e tristeza.

2 meses depois foi seu julgamento, voltei para o Brasil para testemunhar. Caique foi condenado a 20 anos de prisão, por ter matado Jean, me agredito e por ameaça de morte. Fiquei revoltada, como alguém que interrompeu a vida de outra pessoa, pega só 20 anos de prisão?

Minha mãe lutou muito para que a pena fosse aumentada, mas infelizmente não conseguiu. Voltei para Los Angeles, 1 semana depois do julgamento. Terminei minha faculdade, e Maite também terminou a sua.

Por incrível que parece, Maite está noiva de Alex. Eles se conheceram em uma das noitadas de Maite, e deu incrivelmente certo o relacionamento deles. Alex é americano e é formado em gastronomia, eles se conheceram 5 meses depois que eu e Maite chegamos aqui. Ele vive mais no nosso apartamento do que em sua casa. Eu adoro quando ele cozinha para nois.

Viajo para o Brasil a cada 3 meses. Minha mãe esta namorando o Rodrigo já faz 3 anos. Eu estou muito feliz por ela, e consigo ficar mais tranquila em saber que tem alguém cuidando dela, enquanto eu não estou lá. Quando vou ao Brasil, sempre vou na casa dos pais de Jean, e no cemitério em que ele esta enterrado. Não podia ficar longe deles por que...

Maite: Ei, espere.

Escuto o grito de Maite, e saio dos meus pensamentos.

Maite: Anna Louise espere, eu não consigo correr tanto.

Olho para trás e dou um sorriso, quando vejo Louise vindo em minha direção. Ela vem correndo me da um abraço.

Anna Louise: mamãe.

Clara: oie meu amorzinho.

Maite finalmente chega perto de nós, estava cansada e tentando recuperar o fôlego.

Maite: essa garota corre muito. Eu não aguento.

Louise se senta em meu colo, e da risada de Maite.

Maite: um dia você ainda vai matar sua madrinha, garotinha.

Dou risada e olho para Louise, arrumando seus cabelos bagunçados.

Louise: você estava chorando mamãe?

Maite me olha, e seu sorriso vai embora. Ela olha em direção ao sol se pondo e não fala nada.

Clara: não, amor. O sol que deixou o olho da mamãe ardendo.

Louise se aconchega em meu colo e começa a brincar com as pontas do meu cabelo.

Maite: pensando nele?

Ela não me olha, continua com o seu olhar fixo no sol.

Clara: sim, é impossível não pensar.

Passo a mão levemente em meu rosto, enxugando uma lágrima que estava caindo.

Maite: eu sei, realmente é muito difícil. Ainda mais que você tem uma filha dele.

 Ainda mais que você tem uma filha dele

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                ( Anna Louise, 3 anos)

Descobri que estava grávida de Louise, quando estava com 3 meses. Foi uma gravidez muito complicada, tive que parar a faculdade quando estava com 8 meses, e só voltei depois que Louise já estava com 7 meses.

Ela me lembra muito Jean, seu sorriso é idêntico ao dele, e seus olhos também. Quando descobri que ela era uma menininha, me lembrei de quando Jean me falou, que se tivéssemos uma filha, ela se chamaria Anna Louise. E assim eu fiz, não cheguei a pensar nem em outro nome.

Ela me motiva todos os dias a nunca desistir, toda vez que olho em seus olhos, me lembro de quando Jean me motivava a fazer tudo que eu queria sem pensar duas vezes. Muitas vezes dava errado, mas o melhor era tentar.

Clara: imagino como seria diferente se ele estivesse aqui.

Maite: aposto que essa menininha, seria muito amada e mimada por ele.

Sorrimos, e algumas lágrimas teimosas voltam a cair.

Maite: vamos pra casa? Alex esta fazendo estrogonofe.

Anna Louise: esta com um cheiro muito bom, mamãe.

Clara: sério? Então vamos, quero provar logo.

Levantamos e Maite pega a toalha da areia, fico com Louise no colo e voltamos para o apartamento.

Não fazia ideia que um pedido do meu pai em seu leito de morte, mudaria para sempre minha vida. Eu comecei escolhendo o errado, e terminei no certo. Mas no final, acabei ficando sem os dois. Se eu podesse fazer tudo de novo eu faria. Começaria pelo certo e terminaria com ele.

Eu escolheria Jean em todas as vidas que me fossem proporcionadas, ele me mudou e mudou o meu jeito se pensar sobre a vida. Ele não tinha limites, sempre fazia oque vinha na mente, sempre fomos dois bobos apaixonados, que não conseguia ficar longe um do outro.

Depois que Jean morreu, eu nunca mais me interessei por ninguém, até um certo dia. Mas essa é outra história.

                                                        𝔉𝔦𝔪.

Amor Proibido Where stories live. Discover now