capítulo 27

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Maite

Eu estava completamente chocada com a notícia de que Clara estava grávida, ela sempre se cuidou muito para que isso não acontecesse, ela estava desesperada e eu não sabia oque fazer.

Quando estavamos descendo para o estacionamento, Jean me liga e eu peço para Clara ir na frente, que logo eu chegava lá.

Maite: fala.

Jean: ja saíram do hospital?

Maite: estamos saindo agora, ouve um imprevisto.

Jean: com oque? A viagem?

Maite: não, é outra coisa, talvez a Clara te explique depois.

Jean: oque aconteceu, Maite?

Maite: preciso desligar, em menos de 1 hora chegamos ai.

Desligo o telefone antes que Jean me perguntasse mais alguma coisa, estava nervosa e com certeza se ele ficasse insistindo no assunto, eu ia acabar falando.

Desso para o estacionamento do hospital, e quando estou chegando perto do carro não vejo Clara lá, a procuro um pouco pelo estacionamento mas não havia sinal nenhum dela. Pego o meu celular e ligo para ela, fica chamando diversas vezes mas ela não atende, começo a ficar preocupada, ela não iria embora sem me avisar.

Quando estou entrando dentro do carro, piso em algo macio, e quando olho para o chão, vejo o casaco da Clara. Minha intuição começa a me dizer que tem algo de errado, entro no carro e dirijo para a casa da Clara. Coloco o celular no suporte do carro e ligo para Jean.

Maite: Jean.

Jean: oque foi?

Maite: a Clara sumiu.

Jean: sumiu? Como assim? Ela não estava com você?

Maite: estava, mas quando você ligou eu pedi que ela descesse primeiro que eu ja ia, mas quando eu cheguei no estacionamento ela não estava lá, só tinha o casaco dela no chão.

Jean: puta que pariu, Maite. E agora?

Maite: não sei, sinto que algo de ruim aconteceu.

Me da vontade de chorar, minha voz começa a embargar e o desespero aumenta.

Jean: calma Maite, para onde você esta indo agora?

Maite: para a casa dela, preciso avisar a Melinda.

Jean: ok, eu vou ir pra lá também.

Maite: ta bom.

Desligo o telefone, e acelero o mais rápido possível para chegar logo.

Chego em frente a casa dela, e quando entro procuro Melinda pela casa, a encontro em seu quarto dormindo.

Maite: Melinda.

Ela acorda e me olha sem entender oque esta acontecendo.

Melinda: Maite, oque houve?

Maite: a Clara sumiu.

Ela levanta da cama assustada e chega perto de mim.

Melinda: como assim? Ela não estava no hospital?

Maite: sim, mas quando ela desceu para o estacionamento eu fiquei falando com o Jean no telefone, e quando eu desci ela não estava em lugar nenhum.

Ela me olha preocupada, e quando olha para a minha mão, pergunta.

Melinda: esse casaco não é da Clara?

Maite: sim, quando eu cheguei lá só tinha o casaco.

Melinda: meu deus, meu deus.

Melinda começa a se desesperar, ela pega o telefone e digita o número de alguém, o coloca no ouvido e em poucos segundos a pessoa atende.

Melinda: Caique, a Clara sumiu.

Não consigo ouvir oque Caique fala do outro lado da linha, me sento na cadeira que tem no quarto e começo a repassar todo o nosso caminho e nossas conversas, para ver se me lembrava de algo que ajudasse a encontrar.

A única coisa que me lembro é da gravidez da Clara, mas ela não seria capaz de ir para uma clínica de aborto sem avisar ninguém, ou pelo menos me avisar já que eu era a única que sabia.

Melinda: vamos.

Maite: pra onde?

Melinda: na delegacia que Caique trabalha, vamos fazer um B.O.

Sigo Melinda até a garagem de sua casa, entramos no seu carro e ela acelera em direção a delegacia, quando chegamos lá, Melinda presta queixa e depois de alguns minutos esperando eu sou chamada para prestar depoimento, conto tudo que aconteceu para um investigador, menos sobre o plano de fuga da Clara.

Quando termino, é a vez de Melinda prestar depoimento, vou até o bebedouro e pego um pouco de água para tentar me acalmar.

Caique: você contou tudo que aconteceu, Maite?

Maite: sim.

Caique: tudo mesmo?

Ele me olha desconfiado, não sei se desconfia de algo que Clara e eu possa fazer, ou se desconfia de eu ter contato que ele bateu na Clara.

Maite: se esta preocupado de eu ter contato que você bateu nela, pode ficar tranquilo.

Caique: que bom.

Como pode ser tão nojento, mesmo com a "namorada" desaparecida ele só se preocupada com a própria pele.

Jean me liga novamente, e lembro que não avisei a ele que viria para a delegacia.

Jean: cadê você? Toquei a campanhia e não tem ninguém.

Maite: esqueci de avisar, eu e a Melinda estamos na delegacia, acho melhor você não vim.

Jean: por que?

Maite: por que estamos na que o Caique trabalha.

Jean: porra, Maite.

Maite: a culpa não é minha.

Jean: tudo bem, qualquer coisa me avisa, não me deixe fora de nada.

Maite: ta bom.

Termino de falar com ele, e vejo a Melinda saindo da sala de depoimento.

Melinda: eles vão abrir uma investigação.

Maite: que bom, eles vão achar ela logo.

Melinda: espero que sim.

A abraço e ficamos assim por um tempo.

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