capítulo 36

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Clara

Clara: Jean

Ele vem para me da um abraço.

Jean: estava com tanta saudade, e morrendo de preocupação.

Clara: eu também. Mas o pânico já passou.

Ele me da um beijo, e logo em seguida vejo minha mãe entrando na sala, e soltando mil palavrões.

Clara: oque aconteceu, mãe?

Quando ela ia falar, viu o Jean e o parou.

Melinda: Jean.

jean: Melinda.

Eles se cumprimentaram e só. Não sabia como estava a relação deles depois de eu ter contado a verdade para a minha mãe.

Melinda: filha, o Caique fugiu.

Fico sem entender oque minha mãe quis dizer, por que Caique ia fugir.

Clara: como assim, mãe?

Melinda: depois que você me contou tudo, eu fui confrontar o Caique na delegacia, ele quase foi preso. Mas ele me pediu que deixasse ele encontrar você, antes dele ser preso.

Clara: canalha.

Melinda: ele fugiu durante a operação, ele só queria tempo.

Jean: covarde, desgraçado.

Maite: e agora, como vai ser?

Melinda: estão tentando encontrar ele.

Jean: a essa hora ele ja deve ter fugido para outro estado.

Depois da noticia, o médico entrou no quarto e pediu para que eu ficasse de repouso hoje no hospital, talvez por causa do aborto que eu sofri. Eu obedeci e passei a noite lá.

No dia seguinte, a tarde, eu já estava em casa. Maite e Jean ficaram comigo um pouco e depois cada um foi para a sua casa, ficamos só eu e minha mãe. Sentia que ela queria me falar alguma coisa, mas parecia não saber por onde começar. Então eu comecei.

Clara: mãe, por que a senhora nunca me contou sobre o dinheiro que o papai pegava com o Felipo?

Melinda: ele te contou tudo, não é?

Clara: sim, coisas que eu nunca pude imaginar que seria do caráter de vocês.

Melinda: minha filha, tem coisas que os pais fazem que os filhos realmente não entende.

Clara: a por favor mamãe, eu não sou mais nenhuma criança. Já tenho 20 anos e sei oque é certo e oque é errado, e isso que o papai fazia era um erro.

Melinda: seu pai começou a pegar esse dinheiro quando você tinha 10 anos, nessa época eu não estava pegando muitos casos e só o salário dele não dava para sustentar a casa.

Clara: não me lembro de ver vocês comentando sobre nada disso.

Melinda: não falávamos na sua frente. Derick aceitou ficar recebendo o dinheiro em troca da liberdade do Felipo, mas depois de 4 anos que ele estava pegando o dinheiro, eu falei para ele parar. Já tínhamos nos estabilizado financeiramente e não precisávamos mais disso.

Clara: e por que ele não ouviu a senhora?

Melinda: ele falava que queria tirar o dinheiro dele de qualquer maneira, e que não era para eu me intrometer nesse assunto, mas eu avisei para ele tantas vezes que aquilo ia acabar mal, e acabou.

Minha mãe começa a chorar e eu também não consigo me conter, ficamos caladas por um bom tempo. Até que ela quebrou o silêncio.

Melinda: e você? Por que não me falou que Caique estava te batendo?

Clara: eu já falei pra você, ele estava me ameaçado. Ele sabe o pavor que tenho de armas e usava isso ao seu favor.

Melinda: meu amor, me desculpa por não ter percebido e ter te salvado antes.

Ela me abraça e beija minha testa.

Clara: a culpa não é sua.

Melinda: e quanto ao Jean? A quanto tempo vocês estão juntos?

Clara: quase a nossa vida inteira.

Dou um sorriso e ela também sorri.

Melinda: sempre achei que vocês tinham algo, mas quando você resolveu namorar o Caique, achei que era coisa da minha cabeça.

Clara: eu e o Jean nos amamos muito, eu só aceitei namorar o Caique, por causa do meu pai.

Melinda: eu sei, filha.

Clara: eu e Jean pretendemos continuar oque sempre tivemos, e eu queria que a senhora entendesse.

Melinda: filha, eu nunca vou impedir você de ficar com alguém que você goste e te faça feliz, a sua felicidade é a minha.

Clara: obrigada mãe.

Dou um beijo em seu rosto, e me levanto para ir até a cozinha. Quando estou pegando um copo no armário, olho para a janela e vejo alguém passando do lado de fora, vou até a janela e olho, mas não vejo ninguém.

Volto para a sala onde minha mãe estava, e ficamos sentadas conversando sobre tudo que havia acontecido, meu celular vibra e quando olho, vejo uma mensagem da Maite.

Maite: Felipo está vivo, mas obviamente vai ser preso.

Clara: com certeza vai, mas fico feliz por ele estar bem.

Maite: feliz? Ele te sequestrou.

Clara: você não entenderia oque se passou durante essas horas em que fiquei com ele.

Maite: como assim? Você vai me contar tudo.

Clara: outro dia te explico.

Maite: acho bom.

Estava feliz e aliviada em saber que Felipo estava bem, mesmo ferido ele estava preocupado comigo e com a minha segurança, se ele não fosse un traficante e não tivesse me sequestrado, aposto que seríamos bons amigos.

Amor Proibido Where stories live. Discover now