𝚗𝚘𝚝 𝚑𝚒𝚐𝚑 𝚎𝚗𝚘𝚞𝚐𝚑

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Correr pelas ruas velozmente sem qualquer autocuidado enquanto buscava chegar o quanto antes em Hyōgo era loucura, tanto por estar colocando a si mesmo em risco quanto pela hipocrisia de tal ato em si, afinal, ambos só estavam separados por culpa dele. Rintarou tinha consciência disso, mas estando tão próximo de você, ele não poderia, nem mesmo se quisesse, deixar de ir ao seu encontro.

Seu corpo atraía o dele como um imã se atrai a um campo magnético; como uma luz que te guia em direção ao fim do túnel para lhe mostrar o que vem a diante. Cada átomo que o constituía era atraído por você. Seria árduo tentar interromper algo fadado a acontecer e também não é como se Suna quisesse isso de alguma maneira. Ter a chance de poder te ver era um sonho real demais para ele não agarrar a oportunidade de realizá-lo.

A fachada do edifício luxuoso que Kuroo morava não demorou para estar ao alcance de seus olhos. O moreno não fazia a mínima ideia de quando havia chegado na província ou até mesmo pegado o celular para colocar o endereço do prédio de seu sócio, mas o que importava é que agora ele estava ali.

Suna freou a moto bruscamente ao ter a percepção de que estava prestes a subir em cima da calçada, tirou o capacete da cabeça e seguiu a passos largos, sem demora, para a portaria do prédio.

— Kuroo Tetsurou. — ele falou rápido e ofegante demais, interrompendo o "pois, não?" que estava sendo falado pelo porteiro.

O homem de meia idade o olhou de cima a baixo, não se importando em esconder a expressão de desdém, mas Suna tampouco se importou já que estava mais incomodado com o tempo, ao seu ver insuportavelmente longo, que levara para Kuroo atender o interfone e liberar sua entrada.

— Apartamento 1578 andar na torre a direit— o porteiro começou a falar.

— Eu sei, obrigado.

O moreno o interrompeu novamente antes de romper o hall do prédio a dentro até chegar no elevador e apertar o botão correspondente ao décimo quinto andar.

Seus pés batiam inquietamente no chão e suas mãos não paravam de tremer. O coração dele batia tão forte e tão rápido que ele jurava estar tendo um ataque cardíaco. A ansiedade o devorava de dentro para fora.A cada andar subido Suna sentia cada vez mais a pressão própria pressão despencar. Nenhuma ideia formada ou pensamento claro se formava em sua mente. Era como se ele estivesse vegetando, meramente existindo naquele elevador.

Assim que o elevador se abriu Rintarou não pensou ao sair de dentro dele, dobrar o corredor à direita e ao ficar em frente à porta de Kuroo, bater contra a madeira de carvalho branco uma sequência de vezes sem se importar com o barulho que estava fazendo até que ela fosse aberta.

— Vou te fazer pagar a multa que vou levar por essa barulheira toda. — Tetsurou disse enquanto assistia seu sócio e grande amigo, apenas o ignorar e entrar em seu apartamento em disparada.

— Cadê ela? — Suna perguntou inquieto, andando na direção do moreno.

— Calma ai. — Kuroo disse o segurando pelos ombros.

— Onde ela está? — perguntou mais uma vez, sentindo o coração bater na garganta.

— Na minha cama.

— Na sua cama? — questionou com indignação escorrendo pela voz, ao tempo em que franzia as sobrancelhas.

— Sim, aonde mais estaria? — falou como se fosse óbvio, enquanto refazia o laço do roupão que cobria seu corpo.

Somente aí que Suna realmente prestou atenção no que Kuroo falava pela primeira vez na noite. A pressão atmosférica pareceu o empurrar para baixo ao fazê-lo pensar na hipótese de que você e ele tivessem transado.

𝔒𝔫𝔢 𝔐𝔬𝔯𝔢 𝔏𝔦𝔤𝔥𝔱 // 𝚂𝚞𝚗𝚊 𝚁𝚒𝚗𝚝𝚊𝚛𝚘𝚞Where stories live. Discover now