P.O.V Noah
De manhã, eu acordei com o sol entrando fraco pela janela. Afastei Stiles devagar e me levantei.
Fui até a cozinha e preparei uma xícara de chocolate quente para mim. Estava morrendo de frio, e precisava de algo quente para beber.
Fui para a sala e me sentei todo encolhido no sofá. Fiquei ali tranquilo, até ouvir passos.
Me levantei e virei para ver quem era.
Mikael.
– Já de pé? – Ele pergunta surpreso.
– Me acostumei em acordar cedo. – Respondo e ele vem até mim.
– Você ainda está com uma expressão muito cansada. Poderia ter dormido mais – ele diz passando a mão em meu rosto.
– Não consegui. Então fui fazer um chocolate quente para me esquentar um pouco. Tem problema?
– Claro que não. Pode fazer o que quiser. Vem. Senta um pouco – ele se senta e eu me coloco ao lado dele. – Temos que comprar roupas para vocês. Não podem ficar nesse frio todo com apenas roupas minhas e do Niklaus. Já sei. Vamos no shopping, e eu compro roupas e tudo que vocês precisam – ele diz.
– Mikael, você já ajudou o suficiente me tirando das garras do Peter e salvando a vida do meu filho, mas não precisa gastar seu dinheiro comigo. – Digo.
– Não preciso, mas quero. Eu vou comprar coisas para vocês. – Ele dá um beijo em minha testa e ergue minha mão com a xícara. – Agora bebe e se aqueça.
– Posso te perguntar uma coisa?
– Claro. O quê?
– Ontem você disse que me conhece há alguns meses. Há quanto tempo você me conhece? E como me conheceu?
– Conheci o Peter em um cassino. A gente jogou e ele começou ganhando, mas eu acabei virando o jogo e comecei a ganhar dele. Ele perdeu tudo e ainda ficou me devendo. Eu dei um tempo para ele me pagar, mas, ainda sim, fui até a casa dele para conferir o local, caso ele tente me enganar e fugir. Aí eu te vi. Você estava indo pegar cartas. Eu comecei a ir todos os dias, naquele horário, e te via sempre, mas nunca tinha um sorriso no seu rosto. A única vez que te vi sorrindo, foi quando vi seu filho chegando na casa e você foi recebê-lo. Isso tem uns dois meses, mais ou menos. – Ele conta.
Eu fiquei sem palavras.
– Você ficava me olhando de longe?
– Ficava.
– Por quê?
– Porque eu gostei de você. Um Ômega tão lindo. – Ele diz passando a mão em meu rosto.
Senti vergonha dele falando assim comigo, e senti meu rosto esquentando.
– Você fica uma graça com o rosto todo vermelhinho – ele diz sorrindo.
– Para com isso – peço e volto a tomar meu chocolate quente.
Ele riu e ficou mexendo em meus cabelos, até eu terminar de beber. Quando terminei, fiquei segurando a xícara, e comecei a ficar com sono depois de um tempo.
– Vou te levar para o quarto, tudo bem? – Mikael pergunta.
– Não precisa... eu posso ir sozinho – digo e bocejo em seguida.
Antes que eu me levantasse, Mikael já havia me pegado nos braços, estilo noiva, e estava de pé.
– Mikael, eu disse que não precisava.
– Eu sei, raposinha, mas não custa nada. Você está parecendo exausto. – Ele diz e vai até o andar de cima comigo em seus braços.
Eu parei de reclamar no meio do caminho, e até cochilei. Acordei quando ele abriu a porta e me colocou na cama.
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