Capítulo 03

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P.O.V Noah

De manhã, eu acordei com o sol entrando fraco pela janela. Afastei Stiles devagar e me levantei.

Fui até a cozinha e preparei uma xícara de chocolate quente para mim. Estava morrendo de frio, e precisava de algo quente para beber.

Fui para a sala e me sentei todo encolhido no sofá. Fiquei ali tranquilo, até ouvir passos.

Me levantei e virei para ver quem era.

Mikael.

– Já de pé? – Ele pergunta surpreso.

– Me acostumei em acordar cedo. – Respondo e ele vem até mim.

– Você ainda está com uma expressão muito cansada. Poderia ter dormido mais – ele diz passando a mão em meu rosto.

– Não consegui. Então fui fazer um chocolate quente para me esquentar um pouco. Tem problema?

– Claro que não. Pode fazer o que quiser. Vem. Senta um pouco – ele se senta e eu me coloco ao lado dele. – Temos que comprar roupas para vocês. Não podem ficar nesse frio todo com apenas roupas minhas e do Niklaus. Já sei. Vamos no shopping, e eu compro roupas e tudo que vocês precisam – ele diz.

– Mikael, você já ajudou o suficiente me tirando das garras do Peter e salvando a vida do meu filho, mas não precisa gastar seu dinheiro comigo. – Digo.

– Não preciso, mas quero. Eu vou comprar coisas para vocês. – Ele dá um beijo em minha testa e ergue minha mão com a xícara. – Agora bebe e se aqueça.

– Posso te perguntar uma coisa?

– Claro. O quê?

– Ontem você disse que me conhece há alguns meses. Há quanto tempo você me conhece? E como me conheceu?

– Conheci o Peter em um cassino. A gente jogou e ele começou ganhando, mas eu acabei virando o jogo e comecei a ganhar dele. Ele perdeu tudo e ainda ficou me devendo. Eu dei um tempo para ele me pagar, mas, ainda sim, fui até a casa dele para conferir o local, caso ele tente me enganar e fugir. Aí eu te vi. Você estava indo pegar cartas. Eu comecei a ir todos os dias, naquele horário, e te via sempre, mas nunca tinha um sorriso no seu rosto. A única vez que te vi sorrindo, foi quando vi seu filho chegando na casa e você foi recebê-lo. Isso tem uns dois meses, mais ou menos. – Ele conta.

Eu fiquei sem palavras.

– Você ficava me olhando de longe?

– Ficava.

– Por quê?

– Porque eu gostei de você. Um Ômega tão lindo. – Ele diz passando a mão em meu rosto.

Senti vergonha dele falando assim comigo, e senti meu rosto esquentando.

– Você fica uma graça com o rosto todo vermelhinho – ele diz sorrindo.

– Para com isso – peço e volto a tomar meu chocolate quente.

Ele riu e ficou mexendo em meus cabelos, até eu terminar de beber. Quando terminei, fiquei segurando a xícara, e comecei a ficar com sono depois de um tempo.

– Vou te levar para o quarto, tudo bem? – Mikael pergunta.

– Não precisa... eu posso ir sozinho – digo e bocejo em seguida.

Antes que eu me levantasse, Mikael já havia me pegado nos braços, estilo noiva, e estava de pé.

– Mikael, eu disse que não precisava.

– Eu sei, raposinha, mas não custa nada. Você está parecendo exausto. – Ele diz e vai até o andar de cima comigo em seus braços.

Eu parei de reclamar no meio do caminho, e até cochilei. Acordei quando ele abriu a porta e me colocou na cama.

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