Oiiiii!!!
Meu povo, vai ser o mesmo esquema da outra. Um capítulo por semana e a cada cem estrelinhas (votos), eu posto dois por semana.
Boa leitura!!!
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P.O.V Noah
Cansado!
Essa é a palavra que mais me define.
São dez horas da noite, e eu estou limpando o chão da cozinha.
Eu estou com frio, com fome, com sono, mas não posso fazer nada, porquê o Alfa com quem eu convivo me obrigou a limpar a casa toda.
Agora, se ele me ajuda? Não. Fica pleno no sofá da sala, bebendo e assistindo jogo.
Se a gente tem empregada? Não. Eu sou o empregado dele.
– Noah – ouço a voz do Demônio e saio da cozinha.
Vou até a sala e vejo que ele estava de pé.
– Aconteceu alguma coisa? – Pergunto.
– Vamos fazer compras. – O quê?
– À essa hora?
– A gente vai na hora que eu decidir, e se eu quero ir agora, vai ser agora que a gente vai. Anda – ele estica o braço na direção da porta e eu vou de cabeça baixa.
Saio de casa com ele e a gente vai andando até o mercado, que não é longe. E como sempre, ele na frente, e eu atrás.
Por quê? Simples. Segundo ele, Ômegas não devem andar lado à lado com um Alfa. Sim, é pensa como os Alfas do século passado. Meus pais também, já que desde criança, eu aprendi que um Ômega deve ser submisso a um Alfa.
Eu aprendi a ser assim, mas ensinei meu filho a nunca se submeter a um Alfa. Sim, eu tenho um filho com esse... esse monstro.
Meu filho. Que saudade do meu menino. Desde que o Peter o obrigou a ir para a casa do sobrinho dele, tenho dias e horários marcados para vê-lo. Tem duas semanas que não o vejo.
E se acham que essa é a única coisa que eu não posso fazer, estão enganados. Tem muito mais coisas que eu sou proibido de fazer.
Ter vida e espaço pessoal são duas coisas da lista.
Bom, vou explicar um pouco sobre mim.
Me chamo Noah Stilinski Hale. Sou um Híbrido de Kitsune Celestial e Ômega Lúpus. Eu tenho trinta e sete anos de idade, e fui, basicamente, vendido para o Peter.
Desde criança, minha vida é um inferno. Sofri agressões do meu pai, minha mãe me menosprezava por eu ser um Híbrido, único da família, e eles me rejeitaram. Quando fiz dezesseis, eles me deram para o Peter como moeda de troca. Meu pai devia dinheiro, e ele aceitou um Ômega para ser o escravo dele.
Pouco depois que eu vim morar aqui, as agressões começaram. Ele me batia, ou melhor, me espancava. Já cheguei ao ponto de desmaiar de tanto que apanhei para ele. Ele me deixa passar fome muitas vezes. O maior tempo que fiquei sem comer aqui nessa casa, foram duas semanas. Duas semanas direto sem comer um prato de comida, porque eu "desobedeci" ele —não quis lavar louça às onze da noite, em um dos dias mais frios do ano—, só bebia água, escondido dele ainda.
Aquele infeliz me estuprou diversas vezes, as vezes faz isso ainda.
Já pensei em fugir dele, mas quando meu filho fez dezoito, aquele desgraçado o deu para o sobrinho dele.
Peter sabe que eu o odeio e quero viver livre dele, então usa meu filho como ameaça para me manter aqui.
– Vai comprar o que a Malia escreveu nessa lista. – Ele manda e praticamente joga o papel em mim.
